Diz que é uma espécie de "afunilamento do espectro de assuntos"
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da liberdade de se ver e de se não ver a ausência das coisas que a televisão dá a contemplar
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Pluralismo: Convirá entender esta questão sob dois pontos de vista que são fulcrais: sob o ponto de vista do pluralismo da informação e da independência da RTP; e sob o ponto de vista da oferta diversificada de conteúdos de qualidade que promovam prioritariamente a identidade cultural portuguesa. Em ambos os pontos os resultados são claramente insatisfatórios, pelo que a RTP não justifica (e não o justifica historicamente – o problema não é só de agora), do meu ponto de vista, o elevado financiamento público global, entre taxas e dotações directas, de cerca de 300 milhões de euros/ano. Para um resultado final como o que está patente, como português e como pai, preferiria sempre que esse dinheiro fosse aplicado na Escola pública e na melhoria das condições globais de ensino para os nossos filhos.
Independência: No plano da independência e do pluralismo, mais do que submeter a sua lógica informativa ao plano institucional habitual, onde predomina uma classe política com fragilidades preocupantes, a RTP terá que ir naturalmente ao encontro das vozes seniores do País, deve ter regularmente nos seus espaços informativos as vozes dos notáveis deste país, académicos, professores, intelectuais, políticos de elevado mérito público fora do activo, etc. E deve auscultar de forma desassombrada, verdadeiramente "o que está a acontecer" e não os mimetismos de outras agendas e o jornalismo “institucional” e burocratizado, ou seja, deve ir ao encontro da experiência social, da virtude e da sociedade civil, dos desígnios da cidadania, contribuindo assim para cumprir o seu "objecto" constitucional, que é, no fundo, o de formar uma opinião pública forte, "descolonizada" (com defendia recentemente Ramalho Eanes) e emancipada.
Qualidade: Os desafios das privadas colocavam a RTP, por lei, na posição alternativa de oferecer aos portugueses aquilo que os privados não podem oferecer. Se isso pode ser evidente, em termos de serviço público, na RTP2, na RTP1 só muito pontualmente aparecem produções que respeitam essa incumbência legal. A questão não é tanto a de perder qualidade, é talvez antes de não a ter ganho tal como a Lei de Televisão e o Contrato de Concessão a obriga.
TDT: A digitalização de uma rede de comunicações é sempre um ganho, desde que seja auto-sustentável ou que eventualmente tenha um contributo público justificado em termos de prestação de um "serviço universal", como poderá ser, no limite, o caso. Mas trata-se de um projecto que só deveria ser lançado caso fosse mesmo necessário, isto é, se houvesse estudos técnicos e económicos comparados entre plataformas IP e digitais terrestres, de forma a perceber-se se a IPTV não é hoje já uma alternativa viável à TDT. O que eu sei é que Bill Gates já disse que sim. E disse-o ao próprio regulador norte-americano. Mas tal como cá, parece que disso (como de muitas outras coisas) os políticos não querem saber.
5º Canal: Aqui coincido com os actuais operadores privados, que temem a entrada no nosso diminuto mercado de um novo canal privado. Creio que as suas implicações negativas se vão registar no plano da qualidade da oferta televisiva em geral, que já é crítica hoje em dia, mas também nas condições económicas e financeiras de outros sectores como a Rádio e a Imprensa, agravando-se uma situação que é extremamente difícil desde o ano 2000, dado que o mercado publicitário está praticamente estagnado em Portugal desde essa altura. Seria preferível que, a aparecerem novos canais, que então fossem canais com dimensão regional, afectos a mercados publicitários de grande potencial não directamente concorrenciais com os disputados pelos actuais operadores.
RTP sem Pub: No novo contexto de rápido crescimento dos ambientes digitais, o serviço público de televisão e rádio, ao contrário do que se diz por aí, terá tendência a desaparecer e não a reforçar investimentos em múltiplas plataformas. Tal como está, a sua esperança de vida é de mais 10-20 anos. Eventualmente poderão permanecer, posteriormente a isso, formas de financiamento público no sector com objectivos internacionais e de promoção global da identidade cultural portuguesa e do nosso património ancestral, também com objectivos de marketing turístico, por exemplo (uma RTPi convertida em WebTV fará eventualmente sentido). O que significa que em Portugal, o serviço público de televisão deve ser reorientado, nos próximos 10-20 anos, estrategicamente nesse sentido e não no sentido da eterna "guerra de audiências" e múltiplos mimetismos com os privados. Foi chão que deu uvas, já não devíamos estar aí. Nesse processo progressivo de reconversão do sector público, faz sentido uma reconversão das próprias estratégias de captação de publicidade que deveriam ir desaparecendo do meio clássico televisão para começarem a emergir em ambiente Web.
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[Na Rádio, como na TV...] “Os portugueses nem deviam pagar taxa” (CM, 28 Abril 2008): «José Nuno Martins, provedor do ouvinte da RDP, entrega hoje na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) um relatório polémico de 536 páginas em que questiona o serviço público de rádio. Ao mesmo tempo, anuncia que cessa funções amanhã – dia em que completa 60 anos – não assegurando assim o cargo que assumiu em Maio de 2006 até ser escolhido sucessor.
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La televisión afgana desafía a los talibán y mantiene la emisión de culebrones índios (El Mundo, 27/4): “La mayor televisión privada de Kabul ha desafiado la orden tajante del Gobierno que le instaba a sacar fuera de antena la emisión de culebrones indios, insistiendo en que se trataba de un claro deseo de las autoridades religiosas conservadoras del país que intentan 're-talibanizar' Afganistán, según ha informado el periódico 'The Times'.
“Los dramas producidos en Bombay cuentan cada vez con más y más seguidores. Historias de familia con argumentos sencillos, una actuación algo acartonada y una producción pobre, pero que han captado al público afgano.
“Los culebrones han provocado un intenso debate. La batalla dialéctica entre liberales y conservadores, ha concluido con la orden del presidente Hamid Karzai de sacarlos de la parrilla y estableciendo como fecha tope el pasado 22 de Abril (…)”.
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La compleja influencia del cuarto poder (El Mundo, 27/4): “Los moderadores desempeñan un papel decisivo en los debates televisivos; Tras el último debate, la web de la ABC recibió más de 20.000 quejas. Con casi 11 millones de telespectadores, el último cara a cara entre Hillary Clinton y Barack Obama en Filadelfia ha sido el más visto de los celebrados hasta ahora. Sin embargo, curiosamente, tras el debate, si una cosa quedó clara es que los principales protagonistas no fueron los dos políticos demócratas, sino los periodistas que les entrevistaron: Charlie Gibson, y George Stephanopoulos.”
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São 23h57 (!) e estou a ver na RTP1 Mário Soares a explicar a Clara Ferreira Alves como foi a sua passagem pelo Aljube - os curros, as humilhações em celas com presos de delito comum, os seus três anos nas prisões de Salazar, o seu regresso a Portugal no 25 de Abril... Uma grande lição de história. Mas... o Serviço Público de Televisão olha para esta lição de história e decide primeiro por Tony Carreira... E depois, ainda por Tony Carreira. Depois ainda por essa praga chamada Quem quer ser milionário. Finalmente, O Caminho Faz-se Caminhando, com Mário Soares (é a isto que se chama usar os dinheiros públicos, brincar com todos nós e fazer 'anti-serviço público'):
21:00 EM REPORTAGEM "TUDO POR TONY", (Reportagem sobre Tony Carreira)
21:25 ENCONTRO DE SONHO - TONY CARREIRA
22:00 QUEM QUER SER MILIONÁRIO
23:00 O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO (Soares , o Aljube, o 25 de Abril...)
O resultado de uma programação destas é evidente: no horário seleccionado para Tony Carreira, a audiência andará pelo milhão e pouco de telespectadores, enquanto que no horário atribuído a Mário Soares andaremos à volta de cerca de 10 por cento disso. Provavelmente, os responsáveis pelos serviço público rejubilam por Tony Carreira ter dado um dos programas mais vistos do dia... Mas não é isso que se pretende de uma televisão pública. A importância e a dignidade histórica de O Caminho Faz-se Caminhando, numa TV de serviço público, só podia ter um horário - aquele que foi atribuído a Tony Carreira. Assim continua a não ser possível cumprir a missão de serviço público na RTP1.
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Ler a entrevista de Jeff Jarvis a Pedro Ribeiro e João Pedro Pereira, no Público de 21.4.08: "No jornalismo, as boas ideias são do público". Começa assim:
P: Acha que os jornais e a imprensa radiofónica e televisiva vão acabar, ou é própria profissão de jornalista que está em risco?
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The main highlights of the consultation are:
* Audiences value competition for the BBC, but the underlying economics of commercial public service broadcasting are increasingly difficult.
* Audiences place a high value on UK-made public service programming from a mix of providers, but there is risk that this will not be provided to the same degree in the future.
* Audiences are increasingly taking advantage of new digital media to access public service content.
* A new sustainable model for public service broadcasting is needed, with a range of options for funding and provision considered.
Next steps:
As part of its review, Ofcom will consult a wide range of stakeholders, from television viewers, politicians, broadcasters and content providers, and others in the industry. Ofcom’s consultation closes on 19 June. Following this, a second consultation in the autumn will examine the possible long term models and funding options in more detail and set out specific options on the shorter term issues including nations and regions programming, Channel 4, and children’s programming.
The full consultation can be found at: http://www.ofcom.org.uk/consult/condocs/psb2_1/.
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«Apreciada uma queixa de Gisela Rocha Martins contra a RTP, alegando violação do dever legal do pluralismo, por parte daquele operador de serviço público televisivo, a propósito do programa de comentário político “As escolhas de Marcelo”, queixa entrada neste órgão em 9.02.05, a Alta Autoridade para a Comunicação Social delibera:
«a) considerar que – independentemente do facto daquele comentador ter o pleno direito de exprimir a sua opinião política – ser ele, com a sua inserção e carreira partidárias, o único comentador com um programa exclusivo na RTP, constitui uma violação por parte desta dos seus deveres legais de pluralismo e de abertura às diversas correntes de opinião;
«b) chamar a atenção do operador de serviço público televisivo para a necessidade do cumprimento rigoroso do legalmente estabelecido neste domínio;
«c) instar a RTP no sentido do cumprimento do anunciado propósito do Director de Informação, contido no seu esclarecimento entrado neste órgão em 17.05.05, de utilizar sucessivos comentadores políticos, ao longo da semana;
«d) acentuar uma vez mais – na sequência de outras tomadas de posição deste órgão relativas a debates e comentários políticos – que o pluralismo muito obviamente envolve as diversas correntes de opinião que exprimem e constituem a sociedade democrática.
Deliberação foi aprovada por maioria com votos de Artur Portela (relator), Armando Torres Paulo, Sebastião Lima Rego, José Garibaldi, Manuela Matos, Maria de Lurdes Monteiro e José Manuel Mendes e contra de Carlos Veiga Pereira (com declaração de voto).
Ler também DELIBERAÇÃO SOBRE A CURIALIDADE ÉTICO/LEGAL DO COMENTÁRIO POLÍTICO RESIDENTE NA RTP1
Sobre o documento da ERC, algumas opiniões na imprensa portuguesa:
Joaquim Vieira, Pluralismo a Metro, Observatório de Imprensa, 12 de Maio de 2007
Nicolau Santos, A ERC e a RTP, Expresso online, 1 de Abril de 2008
F. Rui Cádima, O ‘cerco’ ao Pluralismo, Público, 1 de Abril de 2008
José Manuel Fernandes, Notícias a metro, jornalismo, pluralismo e a nossa eterna RTP, Público, 2 de Abril, de 2008
José Carlos de Vasconcelos, A ERC erra o alvo, Visão, 3 de Abril de 2008.
Pedro Lomba, Que pluralismo político quer a ERC?, DN, 3 de Abril de 2008
Eduardo Cintra Torres, Non cogito, ERC sum, Público, 5 de Abril de 2008
Manuel Maria Carrilho, Pluralismo 'à la carte' ?, DN, 12 de Abril de 2008.
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Internet pode tornar-se o suporte com mais anunciantes em 2009
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Microsoft Responds To Yahoo/ Google Advertising Deal (TechCrunch, 9/4).
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La publicité à la télévision publique pourrait être supprimée par étapes (Le Monde, 9/4)
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JNegócios online (9/4): Para cumprir o "calendário de dotações de capital estabelecido no acordo de reestruturação financeira da RTP", relativo ao contrato de concessão de 2003, o Estado vai injectar mais 103,1 milhões de euros na RTP. A operação é subscrita pelo accionista Estado, contemplando dotações de 50,7 milhões de euros em 2008 e 52,4 milhões em 2009. Imaginem agora que a qualidade e a independência do serviço público de televisão crescia à velocidade do financiamento governamental...
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Quelles exigences pour la télévision publique ? (Michel Boyon, président du CSA, Le Monde 13 mars 08) : «La télévision publique ne saurait être autre chose que la télévision des citoyens».
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Hulu.com pushes to revive TV advertising on the Web (Randall Stross, iht.com, April, 6): "Long ago, in the heyday of broadcast television, when networks did pretty much as they pleased, rule No. 1 was this: Viewers shall sit still and watch commercials.
"Later, technology gave viewers the option of disregarding the network's commandments. The arrival of the remote control's mute button, and then TiVo, did their part to undermine commercials, and so has the more recent rise of YouTube. When viewers seek entertaining videos on the YouTube site, commercial breaks are not part of the picture.
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