30.6.09

"Instrumentalização da RTP"

Câmara do Porto queixa-se à ERC de instrumentalização da RTP para favorecer Elisa Ferreira (Público, 30.06.2009): «O vice-presidente da Câmara do Porto apresentou uma queixa na ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social contra a RTP alegando instrumentalização da estação pública no tratamento noticioso sobre o município e sobre Rui Rio.

«Questionando os critérios jornalísticos da estação, Álvaro Castello-Branco acusa a RTP de discriminação noticiosa sobre a câmara portuense e o seu presidente. Aponta o responsável pela delegação do Porto como motor dessa parcialidade, cujo objectivo é o favorecimento da candidata socialista à autarquia, "a quem a RTP procura levar ao colo. E fá-lo ao ponto de lhe garantir espaço semanal próprio na RTPN", uma alusão ao facto de Elisa Ferreira ser comentadora na estação.

«"Analisando o comportamento da RTP nos últimos meses", diz o autarca na carta, "constata-se um vergonhoso alinhamento editorial na ausência de cobertura de actos públicos em que participe o presidente da Câmara do Porto." (...) O vice-presidente faz uma lista de "decisões, acções e actos públicos que a RTP ignorou, faltando a esses eventos, ou, se marcou presença, acabou por não os noticiar ou fazê-lo apenas na sua página na Internet". E cita o aniversário do mandato de Rui Rio, algumas inaugurações de obras, da Feira do Livro e do Sea Life Center, assinaturas de protocolos e apresentações de projectos como o da reconversão do Palácio de Cristal. (...)

Rui Rio não poupa RTP e PS (Público, 30/6): «A lista de eventos do município portuense que a RTP ignorou e que é incluída na carta datada de 23 de Junho enviada pelo vice-presidente da Câmara do Porto à ERC foi primeiro elaborada por Rui Rio na sua página da rede social na Internet Twitter, chamada Portoemprimeiro. No fim-de-semana de 20 e 21 de Junho, Rui Rio esteve especialmente crítico, alimentando regularmente a página com referências às críticas do PS e ao desprezo a que a RTP vota as suas acções. "A grande obra do PS no Porto resume-se a controlar os jornalistas da RTP, apoiando-se em alguns medíocres que lá há. Quanto ao mais, ZERO", escreveu no dia 20. "A RTP (PS) também não compareceu na Conferência de Imprensa que denunciou o desvio de fundos europeus das regiões mais pobres para Lisboa", escreveu no dia 27, acrescentando, horas mais tarde, "mantém-se a censura da RTP (PS) às notícias sobre a Câmara do Porto e da Junta Metropolitana - (por)que são presididas pela mesma pessoa".»

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27.6.09

PT/TVI: RTP não lê o Expresso

Sobre a actualização do caso PT/TVI, o Jornal da Tarde de hoje (RTP1) limitou-se a recuperar peças de ontem, mas não falou da manchete do Expresso de hoje que afirma que o governo já estava farto de saber do negócio PT/TVI... O jornalismo do "Serviço Público" continua igual a si mesmo: Lamentável, como sempre.

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PT flecte, insiste...

A PT não desiste, dizem os media... Mas não desiste mesmo? Desistiu do Canal Ciência, desistiu do Portal de Conteúdos Culturais, desistiu do CNL, desistiu da NTV, desistiu da SIC e do acordo preferencial que tinha, anunciou que os media não eram definitivamente o seu "core" e agora quer a TVI, que tem a TVI24 em exclusivo na ZON... mas porque carga de água é que os outros não serviram e este agora serviria?

PT não desiste dos conteúdos para TV (DN, 27/6) «A Portugal Telecom não desiste dos conteúdos para televisão, apesar de o negócio da compra de 30% da Media Capital ter ficado sem efeito, apurou o DN. Tudo porque os conteúdos são a grande alavanca para o Meo, serviço de televisão paga. Trata-se de uma área em que a Zon tem claramente vantagem, com os 50% que detém na Sport TV e a exclusividade de alguns canais, como a TVI 24. Esta justificação foi dada pelo próprio Zeinal Bava, presidente executivo da PT, em entrevista na RTP. "Os conteúdos são para nós muito importantes. Estamos num colete de forças no mercado português", disse. É que, como a PT não tem produção própria de conteúdos, esta é uma área em que investe muito. Segundo Zeinal Bava, são 90 milhões de euros ao ano, valor que poderia ser rentabilizado com a participação na Media Capital. Além da TVI, o grupo tem agora um grande activo nesta área, a Plural Entertainment Portugal, onde está concentrada toda a produção ibérica de conteúdos e que é cada vez mais rentável.»

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Outro a sair muito mal na fotografia PT/TVI

Moniz, de que a história se vai encarregando de mostrar como saiu muito mal na fotografia "RTP anos 80/90", afinal parece que tinha uma prateleira dourada à espera na PT da acção dourada: Depois de despedido - Moniz ia sair da TVI para a PT (CM, 27/6): «O negócio estava feito e as três partes envolvidas estavam de acordo. O CM sabe que os espanhóis da Prisa, donos da Media Capital, iam assumir publicamente o odioso do despedimento de José Eduardo Moniz e pagar-lhe uma indemnização que variava entre os 2,5 milhões e os 3 milhões de euros. (...) Zeinal Bava dava emprego a José Eduardo Moniz e satisfazia o desejo de Sócrates de o afastar da TVI»...

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A PT, a TVI, Dr Jekyll e Sister Hyde

Expresso: «Governo já conhecia negócio PT/TVI desde o início do ano» (TVI24 online, 27/6): "A publicação salienta que o Executivo liderado por José Sócrates «acompanhou todo o processo de venda de parte da Media Capital (dona da TVI) pelos espanhóis da Prisa». «Desde Janeiro que a hipótese de a PT entrar na empresa era defendida pelo Executivo de Sócrates, podendo ser feita directamente ou via Espanha, onde a Prisa pode sofrer uma recomposição accionista», frisa o «Expresso». O semanário garante que tanto José Sócrates como o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, «estiveram sempre a par» do negócio. «Os protestos contra um negócio que colocava a TVI na alçada do Estado deram cabo da transacção», refere o jornal.»

Media: Sócrates diz desconhecer eventual negócio da PT para compra de parte da Media Capital. (aeiou.pt) O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje desconhecer a eventual compra pela Portugal Telecom (PT) de 30 por cento da Media Capital, que controla a TVI, alegando tratar-se de "um negócio privado". "Nada sei disso, [porque] são negócios privados e o Estado não se mete nesses negócios. Não estou sequer informado disso, nem o Estado tem conhecimento disso", declarou José Sócrates no final do debate quinzenal na Assembleia da República.

Ferreira Leite acusa Sócrates de mentir ao dizer que desconhece negócio entre PT e TVI (Publico online/Lusa, 24.06.20099: «A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou hoje o primeiro-ministro, José Sócrates, de mentir ao dizer que desconhece a eventual compra pela Portugal Telecom (PT) de 30 por cento da Media Capital, que controla a TVI. "Não falou verdade quando disse claramente à comunicação social que não sabia de nada, não é possível não saber de nada um Governo que tem uma golden share (...) Sabe de certeza absoluta e disse que não sabia", afirmou Manuela Ferreira Leite, em entrevista à SIC e à SIC-Notícias.»

Granadeiro diz que "não falou ao accionista Estado" sobre negócios com Media Capital (ionline/Lusa 25/6): «O presidente do conselho de administração da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, garantiu hoje à agência Lusa que não falou com o accionista Estado, nem recebeu dele qualquer instrução, sobre um alegado negócio com a Media Capital.

Henrique Granadeiro salientou mesmo que esta matéria não será tratado na reunião do conselho de administração de quinta-feira - marcada desde o início do ano e com agenda definida desde a semana passada - e que "esse negócio só pode ser feito em conselho de administração especialmente convocado para o efeito".

"Toda esta turbulência não tem qualquer fundamentação. Se houvesse qualquer perspectiva de negócio com a Media Capital teria de ser resolvido no conselho de administração", disse.

Em entrevista à SIC, quarta-feira à noite, a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de mentir ao dizer que desconhece a eventual compra pela Portugal Telecom (PT) de 30 por cento da Media Capital, que controla a TVI.

Contactado pela Agência Lusa, o 'chairman" da PT disse não fazer "a mínima ideia de qual a fundamentação" da líder do PSD para fazer esta acusação.

"Eu, presidente do conselho de administração da PT, confirmo-lhe formalmente que não propus, nem informei, nem dei conhecimento a nenhum membro do Governo - nem pessoalmente, nem por escrito, nem por telefone - de qualquer iniciativa da PT na direcção da Media Capital", afirmou.

Por outro lado, Henrique Granadeiro garantiu ainda não ter recebido "nem do primeiro-ministro nem de nenhum membro do Governo, particularmente do ministro das Obras Públicas, qualquer pedido ou recomendação ou sugestão de que a PT faça qualquer iniciativa na direcção da Media Capital".

O presidente do conselho de administração da PT recusou ainda comentar as críticas de Ferreira Leite de que este poderia ser "um negócio ruinoso" para a empresa, dizendo que a líder do PSD "está a falar de um negócio que não existe".

Na entrevista à SIC, Manuela Ferreira Leite afirmou que a PT pode estar a entrar "num negócio ruinoso" caso invista na TVI, dizendo que se fosse accionista desta empresa estaria "altamente preocupada".

"Se eu fosse accionista da PT, que não sou, ficaria desconfortada com o facto da PT ter entrado neste negócio e ficaria desconfortada porque provavelemnte vinha-me à mente que, com o Governo socialista do engenheiro Guterres, a PT fez uma investida sobre a comunicação social comprando a TSF, DN e JN, negócio que se veio a mostrar altamente ruinoso para a PT, os accionistas ficaram altamente prejudicados com isso", disse a presidente do PSD.

"A minha principal preocupação e o meu principal dever é assegurar os interesses dos accionistas. Tenho o dever de realizar valor accionista", respondeu Granadeiro.

A líder do PSD disse ainda que este alegado negócio será "não só preocupante como verdadeiramente escandaloso" caso conduza à substituição do director-geral da TVI.

A este propósito, o presidente da PT respondeu: "Tenho um passado de 12 anos ao serviço da comunicação social, os jornalistas conhecem-me, o meu passado fala por mim".»

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, reiterou não ter sido consultado pela administração da Portugal Telecom, relativamente à vontade desta última adquirir uma posição minoritária na Media Capital. (Jnegocios online, 25/6)

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26.6.09

Também tu, banca de investimento...???

BPI considera negativo PT investir um montante tão "relevante" numa posição minoritária na TVI: (Jnegocios, 25/6) : «O BPI considera negativo que a Portugal Telecom vá investir um monte tão "relevante" numa posição minoritária na Media Capital, embora perceba e aceite que isto possa ajudar a estratégia da operadora em termos de conteúdos. Já a Prisa sai a ganhar, de acordo com o banco. (...) A Portugal Telecom confirmou ontem estar em negociações com a Prisa para comprar 30% da Média Capital, sendo que, segundo a imprensa, a operadora poderá pagar 150 milhões de euros pela participação.

«E se já ontem, os analistas afirmavam que a PT poderá vir a pagar demasiado pela participação, o BPI reforça hoje essa ideia.

«No Iberian Daily desta casa de investimento, o analista Ricardo Pimentel Seara explica que consideram estas notícias “potencialmente negativas” para a PT, embora percebam e aceitem o argumento de que isto possa ajudar a estratégia de conteúdos da PT, que tem como objectivo “o acesso directo aos conteúdos da Media Capital e indirectamente a outros do sector de media em Portugal (Impresa) devido ao possível aumento de poder no negócio”.

«Operadoras abandonaram há uns anos estratégia agora adoptada por PT

«No entanto, acrescenta a mesma fonte, o impacto líquido destas notícias na PT “é negativo, já que em termos de alocação de capital, acreditamos que é negativo que uma operadora de telecomunicações invista um montante tão relevante para adquirir uma participação minoritária numa empresa de media”.

«“Esta foi uma estratégia adoptada por várias operadoras de telecomunicações há muitos anos, que foi provada estar incorrecta e posta de lado algum tempo depois”, relembra o BPI.

«Já ontem, os analistas sugeriram que a PT não deve pagar mais de cem milhões, mesmo considerando que o negócio confere à empresa de telecomunicações uma nova forma de crescimento ao mesmo tempo que "bloqueia" a concorrente Zon Multimédia.

«Compra da PT poderá avaliar Media Capital em mais 185 milhões do que valor real

«Por outro lado, para a Prisa, o BPI considera o negócio potencialmente “positivo” caso o preço seja confirmado, já que é acima da avaliação.

«“Avaliamos actualmente a Media Capital em 315 milhões, enquanto que este negócio, se confirmado, poderá implicar uma avaliação de 500 milhões de euros na aquisição de uma posição minoritária”, explica o especialista.»

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25.6.09

"Insulto" à PT, ou o feiticeiro refém do feitiço

Zeinal Bava: "Sugestão de instrumentalização é um insulto para nós" (ionline, 25/6): «O CEO da Portugal Telecom negou que a eventual entrada no capital da Media Capital, da TVI, vá servir para instrumentalizar o canal televisivo. "É um insulto para nós" considerarem isso, defendeu Zeinal Bava. O líder da Portugal Telecom, em entrevista à RTP, apontou que "as insinuações que vamos instrumentalizar a TVI é um insulto para nós enquanto profissionais", lembrando que a PT foi dona de 40% da Sic Notícias, sem nunca ter influenciado as decisões desse canal.»

É provável que Bava não respondesse a Sócrates, mas se alguém acusou a PT de "instrumentalizável" foi Sócrates em 2004, ainda na oposição, a propósito do poder da PT nos media... (ver Público de 25/6/09 e Jornal da Noite da SIC de 25/6/09).

Ver a propósito "Coragem intermitente", Daniel Oliveira, Blog Barnabé, novembro 05, 2004: «(“Nunca nos passou pela cabeça que a PT pudesse ser uma empresa tão instrumentalizável”. José Sócrates) A compra da Lusomundo pela PT foi feita no tempo do governo de Sócrates. Dizer que não sabia que seria assim? Sócrates é um bocado sonso, mas há limites. Além de que o problema não é apenas a participação do Estado. É a TV Cabo estar nas mesmas mãos de quem tem a rede telefónica. É a PT ter dois dos três jornais mais importantes. É ter uma das maiores rádios. Também não se apercebeu desse perigo ou a coragem política só existe em tempos de oposição? E já agora, pretende travar a concentração da propriedade dos media dos privados, ou isso é perigoso mesmo para quem só está na oposição?»

Debate sobre concentração dos "media". PS quer "reprivatizar" império mediático da PT (Público online, 05.11.2004): «O PS vai apresentar um projecto de lei que, a ser aprovado, obrigará a Portugal Telecom (PT) a abrir mão da propriedade dos meios de comunicação social que detém através da Lusomundo ("JN", "Diário de Notícias", TSF, "24 Horas", entre outros). A intenção foi ontem anunciada pelo secretário-geral do PS, José Sócrates, que assumiu a ligação directa deste anúncio à saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI. "O caso é grave, chegou o momento de agir", disse. (...)

Continuava Sócrates: «"Fomos aprendendo muito ao longo do tempo" e "nunca nos passou pela cabeça que a PT pudesse ser uma empresa tão instrumentalizável", disse o líder socialista para justificar o facto de ter sido num Governo do PS (o segundo liderado por António Guterres) que a PT comprou a Lusomundo. Nessa altura - acrescentou ainda - "fazia sentido que empresas ligadas à distribuição tivessem também conteúdos".» Pois...

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O último a saber

Sinais de fim de ciclo (Ângela Silva, Página 1, 25.6): «Se perguntarmos ao eleitor médio quem mais tem combatido José Sócrates nos últimos tempos, a resposta tem fortes hipóteses de ser esta: o Jornal da Noite da TVI. Às sextas-feiras, Manuela Moura Guedes assumiu, em conteúdos e postura, a condução do noticiário mais cáustico para os socialistas e a ida de Moniz para o Benfica, apenas adiada (tudo indica), foi o primeiro sinal. Algo vai mudar na TV incómoda. Ontem soube-se o resto. A PT, empresa de telecomunicações que desistiu da intervenção que tinha na comunicação social quando vendeu o DN e a TSF a Joaquim Oliveira, propôs-se agora comprar 30% da TVI. Na PT, o Estado tem uma "golden share" – entenda-se, tem uma palavra a dizer nas decisões estratégicas – mas José Sócrates apressou-se a passar a ideia de que não sabia de nada. "Tinha que saber", denunciou Manuela Ferreira Leite. E, de facto, de duas, uma: ou o Estado não soube e algo de grave se passou entre a administração da PT e o Governo; ou soube e não quer que se saiba. As duas são más, mas uma é pior do que a outra: se Moniz for afastado e a PT entrar na TV que é do contra, cheira a desespero. Não faltam exemplos, no passado recente, de Governos que tentaram golpes parecidos. Normalmente são sinais de fim de ciclo.»

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A «re-nacionalização»

Cavaco Silva pede "transparência" no negócio entre PT e TVI (JN, 25/6): «O presidente da República, Cavaco Silva, abriu uma excepção para comentar o negócio da compra de 30% da TVI por parte da PT, empresa participada pelo Estado.

«“Face às dúvidas instaladas, neste momento, na opinião pública, é importante que os responsáveis pela empresa expliquem aos portugueses o que está a acontecer entre a TVI e a PT”, disse cavaco Silva. “É uma questão de transparência”, acrescentou o presidente da República.

«Recordando que já havia dito, noutras ocasiões, que “a transparência e a ética nos negócios” são duas ilações importantes a tirar nestes tempos de crise, Cavaco Silva explicou as razões que o levaram “a abrir uma excepção” para comentar um negócio.»

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speaky.tv

23.6.09

Alunos do DCC (FCSH-UNL) com prémios no Croatian One Minute Film Festival

Luis Rocha Antunes e Rui Avelans Coelho acabam de obter dois prémios no Croatian One Minute Film Festival, com os seus filmes a concurso, respectivamente "Bientôt" (foto) e "O Campeão" (Ver o filme aqui.)

São ambos alunos de mestrado do Departamento de Ciências da Comunicação (FCSH-UNL). Luis Rocha Antunes frequenta o Mestrado de Cinema e Televisão e Rui Avelans Coelho o Mestrado de Novos Media e Práticas Web.

De referir que "O Campeão", já havia obtido o primeiro prémio do Festival Pocket Films, em Paris, em 2008.

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18.6.09

TDT de outro mundo

El Gobierno justifica la TDT de pago para no quedar retrasados en Europa (El Mundo, 18/6):

- las televisiones no necesitarán una aprobación del gobierno para lanzar una canal de TDT de pago.

- la televisión pública no podrá lanzar canales de estas características, según se establece en la ley de financiación de RTVE que está en trámite parlamentario.

- Primeros apagones: los primeros apagones analógicos que se producirán el 27 y el 30 de junio y el 22 de julio afectarán a 4,3 millones de usuarios de 550 municipios de 14 comunidades autónomas, Ceuta y Melilla.

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Jean Chalaby na FCSH

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Descoberta: Serviço Público não é só a BBC...

Reino Unido quer que cidadãos financiem notícias locais e regionais (Público, 16/6): «O Governo britânico pretende que a taxa que os cidadãos do Reino Unido pagam para ter televisão em casa deixe de ser canalizada exclusivamente para a BBC e passe também a financiar órgãos de informação locais e regionais. A ideia foi apresentada esta tarde, no relatório Digital Britain, um plano do Governo para impulsionar a sociedade da informação no Reino Unido.»

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A "guerra" (?) RTP/ERC

Sandra Sousa: "A guerra entre a ERC e a RTP é muito antiga" (jpn, 8/6): «Sandra Sousa, jornalista da RTP, esteve presente, esta terça-feira, no curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto (UP) para dar uma conferência intitulada "O Corredor do Poder e o Jornalismo Político".

Na palestra, a também apresentadora do programa de debate político da RTP "Corredor do Poder" teceu críticas à postura da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que fez alguns "reparos", recentemente, à estação de serviço público. "Antes de fazer juízos de valor, é importante ponderar uma série de factores", aponta. "Uma guerra muito antiga".

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10.6.09

Tempos de propaganda

António Barreto (JN, 10/6) «responsável pela comissão organizadora (do 10 de Junho) dirigiu uma palavra aos políticos, empresários, sindicalistas e funcionários para os lembrar que "em tempos de excesso de informação e de propaganda", as suas palavras "são cada vez mais vazias e inúteis", ao passo que o seu exemplo "é cada vez mais decisivo". Ver discurso.

A sobrevivência de Sócrates (Fernando Sobral, Jornal de Negócios, 9/6): «Nenhum Botox muda a aparência de Sócrates. Ele, contrariamente ao que prometeu, não deu respostas nem à classe média, nem aos que trabalham nos sectores produtivos. Agrediu-os, cercou-os de impostos e de propaganda e não os escutou. O resultado está à vista.»

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9.6.09

Barómetro Jornal de Negócios


Das estações de TV que informação prefere?

( 04/06/2009 a 10/06/2009)





TVI
45%




SIC
36%



RTP
19%







Nº de votantes: 1905

7.6.09

Telejornais e Pluralismo nas Europeias

20h00, RTP1: depois da sondagem, Vitorino e Marcelo falam, falam, falam... promovidos a "estátuas" do monolito a que chamam "serviço público".

SIC: enquanto isso, no mesmo período de tempo, falam Pacheco Pereira, António Barreto, António Costa, Maria João Avillez, Ricardo Araújo Pereira, Luis Delgado, Ricardo Costa...

É você que quer pagar 300 milhões de euros por aquele pluralismo?

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"O que se ataca, quando se ataca Manuela Moura Guedes?"

O que se ataca, quando se ataca Manuela Moura Guedes? (Luís Carmelo, Expresso online, 7/6): «Manuela Moura Guedes tornou-se, em Portugal, num alvo a abater. Poucos outros casos encarnariam melhor a metáfora futebolística e grotesca do "tiro ao boneco". Sei que é fácil, numa comunidade de pouca escala ('conhecemo-nos todos...'), mitificar as figuras públicas de modo binário, sumário e cruel. Raras vezes, a imagem hipócrita dos brandos costumes tem sido tão arrasada. Nestas condenações públicas e abrangentes, o que está em causa não é tanto a figura que suscita o 'ódio', mas qualquer outra ferida maior, de que ela - neste caso Manuela Moura Guedes - se terá tornado moeda de troca. Creio que é isso que está a acontecer. Caberá aos psicanalistas da 'coisa pública' entender a patologia. Ao cronista, restará uma analogia e uma breve conclusão, pois não pode correr o risco de influenciar os portugueses em dia de voto e reflexão. E, já agora, de muita abstenção.

«(...) Ao abordar, numa entrevista ao jornal "i" (do último sábado de Maio) o vórtice polémico em que se tem visto envolvida, devido ao telejornal das sextas-feiras na TVI, a jornalista confessou: "Não ando aqui num campeonato de simpatia". Por trás do estilo, dos modos e das disputas de isenção, Manuela Moura Guedes alegaria ainda um princípio essencial: os jornalistas não podem apenas "ser um eco", mas sim o "descodificador".

«Talvez seja a falsa mansidão e a simulação generalizada do discurso político (um 'diz que sim' que vale por um 'diz que não') que mais irrita, hoje em dia, o grande público. E o que é opaco na relação entre nomes quase enigmáticos - como Casa Pia, BPN, Freeport, BCP, Eurojust - é o que melhor caracteriza a mornidão e a correcção instaladas. A falta de clareza, o sorriso mole e o estado geral de apatia em que se encontra o país (não apenas a que se traduz através do voto) são uma face deste abismo. A outra face é o alvo fácil. A palavra rápida. A chama acusadora e recôndita que herdamos da inquisição. Goste-se ou não, Manuela Moura Guedes está lá, atrás do balcão da feira, a levar uns tirinhos. Há foguetes, há circo, há palhaços e há sobretudo uma fila enorme de carabina na mão. Em nome da empatia. E da simpatia. Claro está.»

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Sobre o relatório em que a RTP "concede" ao PSD 18,6%

Jejum natural (J. Pacheco Pereira, Público 7/6): «Fiz uma primeira leitura do Relatório da ERC divulgado há dias sobre aquilo a que chama o “pluralismo político-partidário” da RTP em 2008. Tenho sido muito crítico da informação da RTP e no que tenho publicado existem numerosos exemplos do que me parece ser a evidente governamentalização da RTP, em particular nos seus noticiários das 13h00 e 20h00, já para não falar de outros programas de informação não-diária.

«(...) Começa pelo facto de o conceito de “pluralismo político-partidário” da ERC ser pouco mais do que um equilíbrio estatístico do tempo noticioso e do “tom” noticioso, uma avaliação puramente formal daquilo que se está a julgar e que, não esqueçamos, é o jornalismo da televisão pública, da televisão do Estado, da televisão paga pelos contribuintes e governada pelas escolhas governamentais. Como já tenho dito, é José Sócrates o último decisor da RTP, passando a cadeia de comando por Santos Silva, como antes era Durão Barroso-Morais Sarmento. O presidente da ERC, a quem já critiquei esta concepção de “pluralismo político-partidário” pobre, antecipa estas críticas na introdução, prometendo um novo relatório a apresentar à Assembleia da República e que versará outras “dimensões do pluralismo.” Bem terá que ser, porque por aqui não se chega a lado nenhum, só se confunde.

«O relatório tem cerca de 400 páginas e vou-me limitar apenas a um aspecto, o que penso ser mais crítico, da informação diária da RTP1. Ficarão de fora outros, como seja a informação não-diária, igualmente relevantes e que afectam o equilíbrio geral. E se o que já se conhecia da actividade da ERC era preocupante quanto à omissão face à governamentalização da RTP, agora fica confirmado. É como se houvesse duas realidades que se tocam mas não aderem nem interferem, nem se espelham: a ERC e a informação da RTP.

«Consultando quadros estatísticos sobre quadros estatísticos percebe-se como a parafernália dos números e a sua aparente cientificidade nada nos dizem sobre o real, porque, como toda a gente compreende, os casos mais graves de manipulação televisiva ou estão, como o Diabo, nos detalhes, ou estão lá brilhando como um farol, mas disfarçados por cem mil faróis menores que enchem as colunas de números. Pura e simplesmente, uma análise que é pouco mais que quantitativa, mesmo quando parece ser qualitativa, é completamente desadequada para analisar “conteúdos” e momentos. Direi mais: conteúdos cirúrgicos em momentos cirúrgicos, sobre um pano de fundo quotidiano de ausência de escrutínio da governação. A manipulação dificilmente apareceria nestas estatísticas.

«Comecemos pelo que aparece, pelo raio de verdade que atravessa as nuvens dos números enganadores. No “sumário executivo” do relatório retrata-se uma informação que minimiza o PSD (”presença do PSD encontra-se abaixo dos valores-referência (…) A situação repete-se analisando os valores obtidos no registo de presenças do PSD por canal - RTP1 e RTP2″). Em complemento, o PP e o BE estão sobrevalorizados, têm uma presença acima dos valores-referência. O PSD é também o partido que, embora esteja na oposição, é sujeito a maior número de peças hostis. No seu conjunto, este é o retrato claro daquilo que eu tenho chamado situacionismo: críticas preferenciais ao PSD, em detrimento dos outros partidos da oposição, visto que este é o único que pode ser alternativa de governo, sub-representação da sua voz, e valorização do PP e do BE, como alternativas. Avaliado no seu conjunto, o que a ERC nunca faz, isto é um programa político intencional.

«A ERC passa um atestado de imparcialidade à RTP (”operador público observou, em geral, uma posição de neutralidade”), porque existe um equílibrio estatístico entre a oposição e Governo+PS, mas não devem ter visto os mesmos noticiários que eu e muita gente. Porém, quando se observa com mais atenção, mesmo esta estatística mostra um resultado anómalo que revela a presença dos “momentos Chávez”, ou seja, a contínua exibição na RTP de sessões de propaganda governamental que nenhum jornalismo edita, com a estação a colocar o pé do microfone diante do poder: 54,1% das peças sobre a acção governativa não tem qualquer referência crítica. Estes valores mostram a forma sui generis do jornalismo da RTP. Desde quando é que o reporting jornalístico em qualquer democracia é assim tão “neutro”? É que a palavra “neutro” aqui significa deixar o Governo falar sem mediação.

«Não é também normal que áreas decisivas da governação quase não tenham escrutínio crítico da RTP. Se se compreende o predomínio da “educação” (18,5%), já é difícil de entender que na tabela dos temas das peças com crítica ou contestação à acção governativa, as políticas para a saúde sejam 4,2%, as da economia 2,2%, as da justiça 0,8% e uma categoria crucial, o “envolvimento de políticos em escândalos/irregularidades”, tenha apenas 0,6%. Embora o caso Freeport ainda surja pelo menos no último mês da análise, ele apareceu sempre na televisão pública mais tarde e com menos cobertura, o que será interessante de analisar no Relatório de 2009, se bem que a ausência de perspectivas comparativas com os outros noticiários das televisões impeçam muitas conclusões.

«Em muitos outros aspectos de detalhe, é onde mora o Diabo. Por exemplo, escolhe-se para análise as eleições internas do PSD, mas omite-se a dissidência de Alegre. Por exemplo, faz-se uma soma Governo+PS que é ilusória, porque na verdade cabe ao Governo a parte de leão dessa soma e, se houvesse uma dissociação, ver-se-ia mais claramente a omnipresença do Governo. Seria interessante também conhecer a presença do “discurso directo”, não editado, comparando entre Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Portas e Louçã, que revelaria também distorções enormes que beneficiam Sócrates, Portas e Louçã, em detrimento de Manuela Ferreira Leite, mesmo descontando os meses em que não era líder. Claro que aqui também os números podem ser enganadores e esconder que Sócrates fala na RTP de palanque e sem edição, a Louçã é atribuído o papel privilegiado de comentador dos outros e Manuela Ferreira Leite é deixada para uma fala fragmentária que exclui o raciocínio e o argumento, mesmo quando está a apresentar documentos de fundo. Aí Sócrates é rei e senhor: fala sempre com princípio, meio e fim e diz o que quer na RTP. E, se acrescentássemos Santos Silva, os números seriam ainda mais reveladores.

«A estação de televisão que sai deste relatório não é a RTP que nós conhecemos. O exercício analítico e estatístico não é inútil, mas é demasiado escolástico para nos fornecer os resultados mais sensíveis que implicavam análises de caso que a ERC se recusa a fazer. Eu troco duzentas notícias inócuas “equilibradas” pelas que são manipuladas em casos particularmente sensíveis e isso nunca aparece nos relatórios da ERC, embora apareça nos ecrãs da RTP. Não me interessa saber que em x por cento das notícias da RTP aparece o contraditório, se isso for a tradicional e inócua - do ponto de vista informativo -, ronda dos partidos na Assembleia da República. O que me interessa é saber se, numa matéria de propaganda governamental, a notícia é dada “limpa” dois noticiários antes de ter resposta, ou se a RTP me enfia Santos Silva, entrevistado em casa se preciso for, para responder de imediato (e ter a última palavra) numa notícia particularmente crítica para o Governo.

«Ora nada disto aparece nas análises estatísticas da ERC, e isto é o quotidiano da informação da RTP. Como Camilo dizia de um seu adversário, “comi os seus miolos ao pequeno-almoço e encontro-me em jejum natural”. Li o Relatório da ERC e estou em “jejum natural”.»

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6.6.09

Venenotícias para curar o povo

Venezuela: Fisco multa televisão crítica de Hugo Chávez em 1,67 milhões de euros por ceder espaços à oposição (Expresso online 6/6): «A estação venezuelana de televisão privada Globovisión, crítica do regime do presidente Hugo Chávez, foi sexta-feira notificada que foi multada em 1,67 milhões de euros por impostos correspondentes a mensagens transmitidas pela oposição..

«"Toda a doação implica impostos e a Globovisión não os pagou", explicou Fanny Márques, representante do Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (SENIAT).

«Em causa estão mensagens transmitidas durante a greve de empresários e trabalhadores que, nos finais de 2002 e começos de 2003, paralisou o país durante 63 dias em protesto pelas políticas do presidente Hugo Chávez.

«O director da Globovisión, Alberto Frederico Ravell reagiu à multa, afirmando tratar-se de uma "agressão" que atribuiu ao "terrorismo judicial, fiscal e governamental" no âmbito de acções para limitar a liberdade de expressão no país.

«Nos últimos meses, o governo venezuelano tem intensificado as críticas contra a Globovisión, canal que acusa de servir o "império norte-americano" e de fazer "adoecer" o povo. Vários ministros e parlamentares têm insistido que o canal deve ser encerrado.

«A Globovisión, o principal canal de notícias da Venezuela, tem vários processos na Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) que poderão levar ao seu encerramento temporário ou definitivo. O próprio Presidente da República já sentenciou o fim do canal, sublinhando que, caso contrário, deixaria de chamar-se Hugo Chávez Frías.

«Segundo fontes não oficiais, a estação de televisão poderia ser encerrada nos próximos meses para dar origem à Venenotícias, um novo canal estatal.»

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Predadores "dentro"

Predadores sexuais «dentro» da TV: (tvi24 6/6): «Jovem de 14 anos seduzida em chat de teletexto. Esteve dois meses desaparecida».

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"As pessoas têm o direito de o fazer e nós (RTP) de não divulgar"

Pelo direito à informação. Censura não, obrigado.

Jornalista ganha processo à RTP (CM, 6/6): «Maria João Barros, jornalista da RTP da delegação de Viseu, ganhou um processo em tribunal contra a estação pública, num caso que remonta a 2006 e que lhe valeu uma suspensão de dois dias. Na época, a profissional sofreu um processo disciplinar por difundir imagens dos populares de Canas de Senhorim a baterem palmas e a chamarem mentiroso ao então Presidente da República, Jorge Sampaio. "Sempre estive tranquila, porque sempre soube que tinha razão", afirmou Maria João Barros ao CM.

«Do processo disciplinar – levantado pela direcção de Informação de Luís Marinho, que respondia à administração de Almerindo Marques – resultou uma suspensão de dois dias, cumpridos em Agosto de 2007. A jornalista recorreu ao Tribunal de Trabalho de Lisboa, que lhe deu razão. A RTP terá agora de pagar os dias em que esteve ausente e limpar-lhe o cadastro.

«O diferendo entra a jornalista e a RTP intensificou-se porque depois de as imagens terem sido divulgadas Maria João Barros recebeu instruções para não voltar a emiti-las. Segundo fonte oficial da estação pública, Luís Marinho disse então que "a RTP não deve divulgar insultos ao Presidente. As pessoas têm o direito de o fazer e nós de não divulgar". A RTP recebeu ontem a notificação do tribunal e vai analisá-la para decidir o que fazer.»

'RTP retirou da emissão insultos a Jorge Sampaio': censura ou contenção editorial?

Vigília de apoio à jornalista Maria João Barros (RTP)

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Será que o pior está mesmo no intervalo?

ERC reprova conduta da RTP no intervalo do programa "Prós e Contras": «O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou "reprovar a conduta da RTP" e determinar-lhe a "observância escrupulosa da integridade dos valores jurídicos e éticos como a integridade dos programas e a ética de antena que é própria do serviço público". A decisão do Conselho Regulador reporta-se à emissão do programa Prós e Contras do dia 5 de Janeiro de 2009 e em causa está a participação feita pelo deputado do PSD Luís Campos Ferreira contra a RTP, por considerar excessivo o tempo de intervalo do referido programa, que teve como tema "2009, o ano de todos os perigos?", dedicado à crise económica internacional e suas consequências para Portugal.

«O participante considera que não é "eticamente admissível" que o intervalo tivesse a duração de "cerca de 16/17 minutos" e que, "para espanto e desespero dos telespectadores, durante o intervalo e incluído nele" a RTP tivesse procedido "[à] emissão de um outro programa (...), uma reportagem sobre o Rali Dakar". Acrescenta ainda, na sua participação à ERC, que em consequência "o programa Prós e Contras recomeçou muito para além das 24h", e teve "uma acentuada quebra de audiências entre a primeira parte do programa e a segunda".

«Na deliberação, o Conselho Regulador considerou que a inclusão do Dakar 2009 no intervalo do Prós e Contras atenta contra o princípio da integridade dos programas e não respeita as exigências impostas pela ética de antena que é própria do serviço público. Deliberou ainda "reprovar a conduta da RTP e determinar-lhe a observância escrupulosa dos valores jurídicos e éticos acima referenciados".

ERC reprova Dakar no ‘Prós e Contras’: (CM, 5/6): «A Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) “reprova a conduta da RTP” relativamente à “inclusão do Dakar 2009 no intervalo de ‘Prós e Contras’”, de 5 de Janeiro, apresentado por Fátima Campos Ferreira. A deliberação surge após a queixa do deputado do PSD Luís Campos Ferreira. “É uma condenação grave. Demonstra leviandade dos responsáveis da RTP”, diz ao CM o deputado do PSD sobre a deliberação. Esta considera “que a inclusão do Dakar no intervalo atenta contra o princípio de integridade dos programas.”»

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O Portugal obsceno

Portugal em risco de se tornar "revista cor-de-rosa gigantesca", alerta realizador Pedro Costa (Público online 4/6): «O realizador Pedro Costa considera que Portugal está em risco de se tornar uma "revista cor-de-rosa gigantesca", deparando-se com problemas sociais graves, falta de mobilização cívica e com uma classe "burguesa" que é "obscena na sua ostentação".

«O cineasta lamenta a situação actual do país, considerando que a sociedade, e ao contrário do que acontece noutra capitais europeias, mobiliza-se pouco, sendo pouco interveniente e activa. "Há um problema social qualquer e em qualquer capital europeia mobilizam-se centenas de milhares de pessoas e temos uma reacção cívica. Em Portugal aconteceu o 25 de Abril e nem se sabe bem como", disse.»

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Millions Face Blank Screens

Millions Face Blank Screens in TV Switch (NYT, 5/6): «Millions of households will lose television reception next week when about 1,000 broadcasters around the nation shut off their analog signals and complete their conversion to digital programming, federal officials say.

«The government has spent more than $2 billion to ease the transition to digital television, and in the last few months has cut in half the number of households that are unprepared for the final conversion on June 12. But the latest survey by the Nielsen Company indicates that as of the end of May, more than 10 percent of the 114 million households that have television sets are either completely or partly unprepared.»

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4.6.09

RTP: pluralismo partidário em défice

Oposição diz que relatório de regulador dos media mostra que RTP favorece governo (ionline, 4/6): «Os partidos da oposição consideram que o último relatório do organismo regulador dos media sobre pluralismo político-partidário na RTP mostra um favorecimento ao governo, mas a estação afirma-se satisfeita com a qualidade do seu jornalismo.

«Os deputados do PSD, Luís Campos Ferreira, e do CDS-PP, Pedro Mota Soares demonstraram preocupação com os dados apresentados pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) num relatório.

«"O PSD, ao ler o relatório atentamente, sublinha que o serviço público de televisão não tem estado à altura daquilo que é o seu contrato de concessão", disse Campos Ferreira, acrescentando que a RTP "tem prejudicado de forma pública e notória aquilo que é o PSD, em favor de um maior destaque ao partido do Governo e ao próprio governo".

«Após uma primeira análise do relatório, o deputado do CDS-PP denota uma "ausência de critério de pluralismo em segmentos muito importantes da informação da RTP", que considera "mais grave ainda em ano de eleições".»

RTP acusada de não respeitar pluralismo dos partidos (Sol online, 4/6): «"Há várias áreas onde se detecta um esforço muito grande da RTP em melhorar, há outras em que não", disse hoje à Lusa José Azeredo Lopes, na sequência da entrega à Comissão de Ética, Sociedade e Cultura do relatório do pluralismo político-partidário no serviço público de televisão.

«A "reiterada sub-representação do PSD", a "sub-representação do Governo nos Açores" e a "ausência total - reprovável - do CDS-PP e do PCP no programa 'Prós e Contras' e, em menor medida, na 'Grande Entrevista'", são algumas das críticas apontadas por Azeredo Lopes.»

Espaços informativos diários da RTP dão predominância ao Governo (Negócios online, 4/6): «O Governo é a entidade com maior presença nas peças dos espaços de informação diária da RTP1 e da RTP 2, segundo o relatório do pluralismo político-partidário no serviço público referente a 2008, elaborado pela ERC.

«O Governo é a entidade com maior presença nas peças dos espaços de informação diária da RTP1 e da RTP 2, segundo o relatório do pluralismo político-partidário no serviço público referente a 2008, elaborado pela ERC.

«De acordo com o documento, o Governo teve 562 presenças distribuídas pelo Telejornal, o Jornal da Tarde e o Jornal 2, mais de o dobro que o principal partido da oposição, o PSD, que contabilizou 250. Já o partido socialista esteve presente 133 vezes nas várias peças dos jornais analisados nesta análise, o mesmo número que o CDS/PP e menos um que a CDU.»

Informação da RTP volta a não cumprir pluralidade política (DN, 5/6): «Avaliação da ERC dá quase empate entre notícias diárias sobre Governo e PS e oposição parlamentar. Por partidos, o PSD está subrepresentado. Principais críticas vão para programas de debate e de comentário político.

«As notícias sobre o Governo e o PS emitidas pela informação diária da RTP, entre Setembro de 2007 e o final de 2008, representam 50,98% e as relativas à oposição parlamentar atingem os 48,49%, revela o Relatório do Pluralismo Político-Partidário no Serviço Público de Televisão, ontem divulgado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). No entanto, por partido político, os valores relativos à presença do PSD atingem os 18,6%, encontrando-se a abaixo dos valores de referência, fixados nos 27%, mesmo tendo em conta a margem de erro do trabalho que é de 6,8%.

«Em comunicado, a direcção de informação da RTP afirmou que "está satisfeita com a qualidade do jornalismo que o relatório evidencia" e com algumas mudanças no método de análise feito pela ERC em relação ao relatório do ano passado, o primeiro do regulador. No entanto, destaca o facto de o trabalho sobre a informação diária ser feito com base numa amostra e não na totalidade das peças jornalísticas, considerando que o relatório "se organiza em função de um modelo de representação noticiosa que decorre de valores de referência no mínimo subjectivos".»

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Young Children's Exposure to TV

Young Children's Exposure To Audible Television Has Implications For Language Acquisition And Brain Development (ScienceDaily, June 2, 2009)_ «In a new study, young children and their adult caregivers uttered fewer vocalizations, used fewer words and engaged in fewer conversations when in the presence of audible television. The population-based study is the first of its kind completed in the home environment, guided by lead researcher Dimitri A. Christakis, MD, MPH, director of the Center for Child Health, Behavior and Development at Seattle Children's Research Institute and professor of pediatrics at the University of Washington School of Medicine.»

Journal reference: Christakis et al. Audible Television and Decreased Adult Words, Infant Vocalizations, and Conversational Turns: A Population-Based Study. Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, 2009; 163 (6): 554 DOI: 10.1001/archpediatrics.2009.61

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TV e financiamento dos partidos, segundo Canotilho

Má qualidade das leis custará ao Estado pelo menos 7,5 mil milhões de euros por ano (Público 27/6): «O constitucionalista Gomes Canotilho é contra a recente revisão da Lei do Financiamento dos Partidos. Diz que o timing escolhido, em ano de três eleições, é mau, preferindo fazê-lo com mais reflexão. Embora se assuma defensor do aumento das quotas privadas, diz que o alargamento do pagamento em cash (dinheiro vivo) deveria ser mais bem estudado. E devem ser contabilizadas todas as formas de financiamento. “É que não é só a pasta com notas, são as notícias que dão acerca de um ou de outro, as entrevistas, quem tem comentadores na TV e quem não tem. Seja a coberto ou a descoberto, tudo isso é financiamento.”

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3.6.09

Democracia de "audiência"

"Vivemos uma democracia de audiência", diz Conceição Pequito (Público, 1/6): «"Vivemos uma democracia de audiência, feita de comunicação social, sondagens e líderes, em que há uma espécie de sondocracia, de videocracia e de lidercracia", resume Conceição Pequito, explicando as novas condições em que é exercida a política: "As sondagens funcionam como um escrutínio permanente ao eleitorado e é desse escrutínio que saem as ofertas políticas que os partidos direccionam, como produtos no mercado, para rentabilizar votos. Depois há a questão da videocracia, com o peso da comunicação social, que personaliza, por sua vez, os líderes. Tudo isto se vai afunilando, até que torna a sociedade civil claustrofóbica". (...) "Quando o que interessa é o líder e os dirigentes de topo e o palco é a TV, os partidos servem para quê?"»

Maria da Conceição Pequito, autora da tese de doutoramento "O Povo Semi-Soberano. Partidos Políticos e Recrutamento Parlamentar em Portugal" (2008), publicada pelas Edições Almedina.

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A canção inconveniente

Censura aos Xutos e Pontapés? (CJ, 3/6): «O que é que aconteceu à canção “Sem eira nem beira “, dos Xutos e Pontapés? Há ou não há censura na rádio? Esta questão, levantada por ouvintes da RDP e entretanto abordada na imprensa escrita, ocupará boa parte do próximo programa semanal Em Nome do Ouvinte.»

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2.6.09

Um ruidoso silêncio da ERC

José Pacheco Pereira, Se Portugal fosse um país a sério (Público, 30/5): «Se Portugal fosse um país a sério indignar-se-ia, repito a palavra, indignar-se-ia, pelo silêncio e complacência da Entidade Reguladora da Comunicação com a governamentalização da informação da RTP, que contrasta e muito com a rapidez com que vem condenar a TVI. A TVI tem certamente muitos aspectos condenáveis, mas vive do valor das suas audiências e é privada. A RTP é do Estado, existe em nome de uma afirmação de superioridade moral do seu jornalismo, o "serviço público", e é paga, e muito bem paga (a RTP é recordista dos apoios do Estado às empresas públicas e isso não é por acaso) pelos contribuintes. Se existe um resquício de legitimidade na acção da ERC, seria o controlo da comunicação social pública, enquanto ela existir e não houver um governo que tenha a coragem de a extinguir, mesmo contra os interesses egoístas em que todos tem vantagens em escolher as pessoas que controlam os telejornais e as horas de circo que a televisão pública passa para distrair o povo da escassez do pão.»

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O «f» que resta, promovido a "serviço público"

Fernando Sobral, Futebol como serviço público (CM, 29/5): «O futebol tornou-se o oxigénio da RTP1. É ele que define os contornos da sua programação e que lhe dá peso. O problema é que hoje a definição de serviço público, para a RTP, passa pelo futebol. Porque o resto pouco mais é do que uma ficção.»

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Minar a independência dos media

Manuela Moura Guedes e o Poder (Camilo Lourenço, Jornal de Negócios online, 1/6) : «(...) Numa das suas últimas entrevistas, Manuela deixou no ar uma pergunta: "Se a informação em Portugal não fosse tão subserviente, o primeiro-ministro podia fazer aquele número inacreditável, dirigindo-se ao país para criticar um jornal da forma como fez"?

«Vale a pena pensar na pergunta. Porque são raros os casos em que um chefe de Governo se assanha desta maneira com a Imprensa (há excepções: Berlusconi, que só os italianos levam a sério, Nixon, que acabou às mãos da própria Imprensa). E porque a pergunta faz mesmo sentido. É duvidoso que Sócrates tratasse assim a Imprensa se ela não estivesse tão vulnerável (política e economicamente). No fundo, o que Manuela está a dizer é que devido a essa fragilidade, os jornalistas põem-se a jeito... e o Poder aproveita.

«É inquietante. Porque embora haja casos de resistência a este estado de coisas, a pressão nunca foi tão forte. E é por isso que os ataques a Moura Guedes nos devem preocupar.

«Podemos não gostar do que ela faz (ou de tudo o que faz), mas ela fá-lo por convicção e independência. E o julgamento do seu trabalho deve caber ao público e aos tribunais. Nunca ao Poder. Sob pena de por essa forma se estar a minar a independência dos media.»

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1.6.09

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