24.2.06

Formas de Censura em Portugal no Pós-25 de Abril (act.)

ESPAÇO DE REFLEXÃO [E ARQUIVO] SOBRE FORMAS DE CENSURA NOS MEDIA EM PORTUGAL NO PÓS-25 DE ABRIL.

Últimas actualizações:

O que restará ainda de jornalismo no jornalismo?

Quando um administrador da RTP se demite… isso pode ser Serviço Público

"Ameaças" (António Barreto, via Público/CJ)

"A lógica comercial e a democratização dos media serão incompatíveis?" (Fernando Correia)

A renúncia de Artur Portela à AACS

Para que serve a Lusa? (via Contrafactos)

Entrevista a Barata-Feyo: "Jornalismo: da moda ao negócio"

"Corta!" (o caso 'Pato com Laranja' na RTP, em 1983)

Não há muita reflexão publicada sobre esta matéria. Refira-se a tese de Paquete de Oliveira, infelizmente não publicada “Formas de ‘censura oculta’ na imprensa escrita em Portugal no pós-25 de Abril (1974-1987)’, ISCTE, Lisboa, 1988.

É um tema complexo, mas de debate urgente (e continuado). Sobretudo há que inventariar as diversas situações já conhecidas, tê-las sempre bem presentes e procurar conhecer muitas outras situações.

E pensar sobre a transparência desta Democracia que estamos a construir.

Pensar se os media não são, como dizia Lyotard, um ‘novo cárcere'.

Pensar as práticas censórias nos media portugueses, a perseguição a jornalistas, as omissões editoriais deliberadas para não ferirem determinadas ‘susceptibilidades’ e interesses dentro de um mesmo grupo económico ou de media, despedimentos ou marginalização ou ‘perseguição’ no local de trabalho de jornalistas por motivos editoriais, manipulação de agendas e alinhamentos, conúbios editoriais com fontes, porta-vozes oficiais, etc., promiscuidade entre jornalismo/jornalistas e assessorias de comunicação, etc., etc., etc.

Mandem dicas, artigos, referências de Teses, links, etc., e o IRREAL TV fará aqui o arquivo dessa informação.

Casos recentes:
NA entregou abaixo-assinado contra censura económica

Abaixo-assinado contra a “perseguição censória” ao “Notícias da Amadora”

'RTP retirou da emissão insultos a Jorge Sampaio': censura ou contenção editorial?

Outro de discriminação:

Novos reguladores criticam RTP

A AACS e o comentário político na RTP

TV pública viola pluralismo

RTP voltou a discriminar partido Os Verdes

RTP reincide na violação do pluralismo

A regulação sob pressão:

O Expresso e a ERC

Lima Rego e o fim da AACS

A renúncia de Artur Portela à AACS

Sindicato dos Jornalistas contesta 'manipulação' da ERC

ERC: regulação, “contra-regulação” ou governamentalização?

Carta Aberta aos Provedores do Público, Diário de Notícias e ...

Ainda a questão da independência da Entidade Reguladora da ...

ERC: atingida à nascença a sua independência? (outro título ...

Oposição critica "negócio"

Um caso também recente (discriminação/censura nas Presidenciais):
Cobertura televisiva da pré-campanha eleitoral (Comunicado da AACS)

A AACS e a discriminação da pré-campanha para a Presidência da República

Soares contra Soares e TV's contra a Democracia

Face à discriminação dos debates dos 5...

Onde está o... sexto candidato?

No Dia Mundial da Televisão, a TV portuguesa no seu melhor...

Um tema genérico:
Censura(s) do dispositivo televisivo

E outro caso recente:
SJ repudia ingerência da administração da Lusa no domínio editorial

Lusitanas pressões

Conselho Deontológico pronuncia-se sobre notícias da Lusa

PSD e BE acusam directora da Lusa de ser "comissária política"

Para que serve a Lusa? (via Contrafactos)

E sobre as caricaturas de Maomé e não só:
“Não estamos assim tão longe de um certo Islão”

"Onde estavam eles quando suspenderam os 'Afectos' de João Carreira Bom?"

E um caso recente praticamente omitido nos media portugueses, mas de que a blogosfera (A Grande Loja do Queijo Limiano, Iluminescências, Faccioso, O Insurgente, Blogue de Esquerda, etc.) deu algum eco em diversos posts, ainda que nem sempre pelas melhores razões:
Despedimento de Joaquim Vieira da Grande Reportagem (Controlinveste)
Joaquim Vieira despedido
O Polvo
Cheiro a Piovra...
PS e controlo da comunicação social
A EMAUDIO : um novo desastre na comunicação social (1986-1990)
Bovinidade geral (1)

Para reflexão (1)
Corolários

Espiral de Silêncios : "Entre 1993 e 2003, os programas de debate e de grande entrevista dos canais generalistas não foram espaços democráticos" (cf. Tese de doutoramento de Felisbela Lopes).

E uma boa pergunta:
La censure a donc disparu ?

Outra:
O que escreveria Roland Barthes nas novas barricadas de Paris?

Ainda pressões:
Alta Autoridade conclui pela existência de pressões sobre os média

Jornalistas portugueses reconhecem pressões

Há também situações, como as seguintes, em que as estratégias de informação e de programação estão subordinadas a lógicas que implicam necessariamente degradação, exclusão, discriminação, esquecimento, censura, etc.:
A história dos jornais televisivos cruza-se com uma história de subserviência à "ditadura das audiências".

Ó RTP, chega de concursos, anos a fio! Venham de lá programas de serviço público entre as 19 e as 22 horas!

Que fazer com esta televisão? (Diana Andringa)

É preciso acabar com a lei da selva no cenário audiovisual (Vicente Jorge Silva)

A sociedade civil e a degradação de programas das TV's (José Geraldes)

Os média ao serviço do público ou do mercado? (Alfredo Maia)

Como a TV vê o Povo (Daniel Oliveira)

O desassombro de Mestrinho, ou o ‘delito de opinião’ na TVI (Fernanda Mestrinho)

E saúde-se neste levantamento o regresso de Jorge Leitão Ramos à escrita sobre TV (mas porque seria afinal que ele deixou de escrever no Expresso sobre TV?...):
13 anos depois (Jorge Leitão Ramos)

Outros casos:
Censura em Portugal!! (sobre o caso MRS)

O caso Rui Dias José (RDP)

Outros casos de Censura em Portugal no Pós-25 de Abril [via Wikipedia: Herman, Oshima, Saramago, MRS]

18, 21 e 25: Três dias que abalaram o mês de Outubro de 1997

"Declarações de Morais Sarmento Causam Mal-estar no Acontece" (do Público)

Um caso da área da cultura:
Directora do Museu Grão Vasco em Viseu acusada de censura artística

Para reflexão:
Os excessos de Abril (Luís Trindade, via blogue Barnabé)

O caos e a censura (Mário Mesquita, via Público)

Mudança vigiada no discurso de imprensa de João Maria Mendes


(em actualização...)

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parece-me que uma das "melhores" formas de censura é não censurar. É falar sobre o assunto. Assim ninguém pode dizer que foi censurado. Mas falar dando pouca importância ao assunto. Reportagens curtas, a seguir a um intervalo, mostrando a paisagem em vez dos intervenientes, pondo o jornalista a dizer as declarações, por cima das imagens, em vez do próprio interveniente... E dar os primeiros 20 minutos do telejornal à nova aquisição do Benfica, 15 dos quais são um "funcionário" (para não dizer jornalista) a encher chouriços, à espera que a vedeta chegue à sala de imprensa. Esta “nova” censura, diferente do antigo lápis azul que riscava o que não interessava, queima tempo com coisas que não interessam para não ter tempo para falar do que realmente “deveria” ser notícia. Por exemplo, o comício que juntou mais pessoas nestas últimas presidenciais, teve direito a menos de um minuto no Jornal da Tarde (RTP 1) do dia seguinte! Não censuraram! Falaram sobre o assunto! Não tiveram foi tempo para mais! Já agora, nesse minuto, as declarações do candidato que foram mostradas, eram dele a “dizer mal” do Cavaco! Quem está em casa, imagina que, se só deram aquele tempito é porque o assunto não tem importância. Se calhar podemos dizer “Manobras de Diversão” em vez de “Censura”.

12:15 da manhã  
Blogger antónio paiva said...

.....ora aqui está um bom exemplo, um blogue com nível na minha modesta opinião, e com caixa de comentários à disposição de qualquer um, para que todos possam ver o que cada um pensa, sobre o que aqui se passa, esta é também uma for de anti-censura, o meu aplauso.....

3:49 da tarde  

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