30.7.09

BBC compartirá sus vídeos con los diarios

La BBC compartirá sus vídeos con los diarios de mayor tirada del Reino Unido. La cadena pública ofrecerá contenidos audiovisuales 'online' gratuitos (EFE - Londres - 28/07/2009): «La cadena pública de televisión BBC compartirá a partir de hoy sus vídeos con cuatro de los diarios nacionales de mayor tirada del Reino Unido, que podrán incorporarlos a sus páginas web de forma totalmente gratuita. Según ha informado hoy la propia cadena, esta iniciativa marca un antes y un después en las relaciones de la entidad con los medios privados y responde a la necesidad de potenciar la función de servicio público de los rotativos.
«En concreto los internautas podrán ver los vídeos de la BBC en los sitios web de The Guardian, The Independent, The Daily Telegraph y The Daily Mail, aunque otras cabeceras podrían sumarse al acuerdo próximamente.»

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23.7.09

O Jornal da Tarde (RTP1) só dá Sócrates

A informação da RTP continua igual a si mesmo. No dia em que uma personalidade de grande prestígio como Abel Mateus dá uma entrevista ao Jornal de Negócios, mostrando um elevado receio relativamente ao contínuo endividamento do país e às obras faraónicas do governo, o Jornal da Tarde da RTP1 ignorou essas declarações e só mostrou reuniões de Sócrates a propagandear TGV's & companhia...

Abel Mateus: O próximo Governo vai herdar uma situação económica sem paralelo (Jornal de Negócios, 23/7): «Abel Mateus refere, ainda, que não encontra "nenhuma folga para grandes investimentos, nem hoje nem nos próximos dez anos". "Fiz uma pequena estimativa do que isso implicaria, somando a dinâmica externa que existe actualmente com os grandes projectos de investimento: isso resultaria num endividamento externo de 240% do PIB em 2020", acrescenta.

«Abel Mateus acredita que há o risco de Portugal ficar sem dinheiro, tal como aconteceu com a Islândia. "Há, sim, com níveis de endividamento externo de 200% do PIB, com certeza haverá muitos problemas»

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18.7.09

Walter Cronkite (1916-2009)

Uma fábrica de cimento na Lua

20 de Julho de 1969 [é] uma das datas que marcaram o século XX: pela primeira vez o Homem dava os seus primeiros passos na Lua. Para a história da Televisão em Portugal, no entanto, esta data ficaria "histórica" por um segundo motivo: o carácter marcadamente oficial da informação televisiva faz com que o telejornal privilegie como primeira notícia da noite, não a chegada do Homem à Lua, mas mais uma das visitas do Presidente da República: «O Chefe do Estado presidiu esta manhã em Pataias à celebração das bodas de Prata de uma empresa de cimento (...)». A segunda notícia falava de uma visita do ministro da Justiça ao distrito de Aveiro; a terceira notícia referia uma deslocação do subsecretário de Estado do Trabalho e Previdência a Santarém; a quarta notícia falava da visita do Governador Civil da Faro a Olhão... E assim por diante... Finalmente, à décima quinta notícia, primeira do internacional, entra o slide com o emblema da Apollo ll: «O homem chegou à Lua! Nos momentos em que procedemos à leitura deste noticiário, Armstrong e Aldwin vivem os seus primeiros minutos na superfície do nosso satélite natural! O sonho milenário da humanidade, acaba de converter-se numa realidade testemunhada por mais de 500 milhões de seres humanos!». [Citação do meu livro Salazar, Caetano e a Televisão Portuguesa, Lisboa, Ed. Presença, 1996], ou de como é o próprio registo protocolar da informação que se torna "acontecimento" ao abrir o telejornal de 20 de Julho de 1969 com uma visita de Américo Tomás a uma fábrica de cimento…

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9.7.09

8.7.09

LES PORTUGAIS DE FRANCE FACE À LEUR TÉLÉVISION

LES PORTUGAIS DE FRANCE FACE À LEUR TÉLÉVISION - Médias, migrations et enjeux identitaires, de Manuel Antunes da Cunha. Préface de Rémy Rieffel, Presses Universitaires de Rennes (352 p.)

Les télévisions des diasporas sont investies de passions et de préjugés. Au pire, les images d’immeubles truffés de paraboles résonnent comme une alerte vis-à-vis de communautés dont on présume qu’elles prennent fait et cause pour des nations aux intentions équivoques. Au mieux, les fidèles des «chaînes du pays» sont regardés avec plus ou moins de condescendance comme des nostalgiques invétérés. Plutôt discrets, les Portugais de France sont traditionnellement considérés comme une population «bien intégrée» et qui «ne pose pas de problèmes». Tandis que certains érigent «l’invisibilité» lusitanienne en parangon du creuset républicain, d’autres y voient une véritable société parallèle profondément enracinée dans le pays d’origine. Au Portugal, l’émigration est devenue, au fil des siècles, un marqueur de l’imaginaire collectif. «Le Portugal n’est pas un petit pays» s’évertuaient à dire, jusqu’en 1974, les cartes de l’empire colonial disséminées dans les classes primaires. Depuis l’avènement de la démocratie, la grandeur de la nation se mesure à l’aune de la mobilisation d’une diaspora évaluée à près de cinq millions de personnes. C’est à la croisée de la sociologie des médias et des migrations que s’inscrit cette étude transversale de la chaîne satellitaire RTP Internacional. Il s’agit à la fois de rendre compte du phénomène télévisuel dans son ensemble (production, discours et publics) et de l’inscrire au coeur des espaces publics et privés (représentations politiques, histoire des Portugais en France, pratiques culturelles, dynamiques familiales et réseaux transnationaux). Les discours et les pratiques d’appartenances traduisent des enjeux identitaires complexes que l’on ne peut ni réduire à l’analyse d’un média, ni soustraire du contexte historique et sociopolitique dans lequel ils prennent sens.

Manuel ANTUNES DA CUNHA est docteur en Sciences de l’Information et de la Communication (Institut Français de Presse - université Paris II) et vient de conclure un post-doctorat financé par la Fundação para a Ciência e a Tecnologia(Lisbonne). Il a enseigné à la faculté de Sciences sociales de l’université Catholique Portugaise (Braga) et travaillé comme journaliste dans la presse écrite au Portugal et en France. Actuellement, il est membre associé du Laboratoire «Communication et Politique» du CNRS (Paris). Ses recherches portent, entre autres thèmes, sur les discours médiatiques, la réception et les publics, ainsi que la population d’origine portugaise.

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A RTP E O SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO

A RTP e o Serviço Público de Televisão, de Alberto Arons de Carvalho, Almedina, lançado ontem em Lisboa: «O serviço público de televisão desempenha um papel de indiscutível importância, cultural, social, económica e mesmo política. Embora seja doutrinariamente inquestionável a existência de um modelo europeu, a sua criação, bem como o seu desenvolvimento, seguiriam modelos diversos, bem evidentes caso se analisem comparativamente as experiências dos operadores dos diferentes países europeus. O objectivo deste estudo consiste em encontrar os traços caracterizadores essenciais da especificidade portuguesa no quadro desse modelo europeu.Deste modo, são detalhadamente descritas as épocas marcantes do desenvolvimento da RTP - a sua fundação, o fim do monopólio com a consequente era da concorrência e a era digital -, bem como os traços essenciais dos seus modelos de governação e de financiamento.»

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7.7.09

Novo capítulo da novela dos 22 mil milhões

Auxílios estatais: a Comissão actualiza as regras em matéria de financiamento pelo Estado dos organismos públicos de radiodifusão

A Comissão Europeia adoptou uma nova Comunicação relativa aos auxílios estatais destinados ao financiamento de organismos de radiodifusão de serviço público. A comunicação estabelece um enquadramento claro para o desenvolvimento dos serviços públicos de radiodifusão e reforça a segurança jurídica no domínio do investimento por parte dos meios de comunicação social, tanto privados como públicos. A nova comunicação substitui a Comunicação da Comissão relativa à radiodifusão de 2001 (ver IP/01/1429 ). As principais alterações têm em vista assegurar uma maior ênfase na responsabilidade e no controlo efectivo a nível nacional, incluindo uma avaliação transparente do impacto global dos novos serviços de comunicação social financiados por dinheiros públicos.

A Comissária Neelie Kroes, responsável pela concorrência, declarou: «A nova comunicação estabelece um justo equilíbrio entre os interesses dos meios de comunicação social públicos e privados, de modo a garantir uma concorrência sã no contexto dos meios de comunicação social em rápida mutação, em benefício dos cidadãos. Os organismos públicos de radiodifusão estarão em condições de tirar proveito do desenvolvimento da tecnologia digital e dos serviços baseados na Internet, a fim de oferecer serviços de elevada qualidade em todas as plataformas, sem por isso falsear a concorrência em detrimento de outros operadores da comunicação social.»

A Comissária Viviane Reding, responsável pela Sociedade da Informação e pelos Media , declarou: «A adopção desta comunicação conferirá maior segurança jurídica ao sector da comunicação social na Europa e garantirá uma concorrência leal entre os organismos públicos de radiodifusão e os meios de comunicação social privados. Um dos principais objectivos da Comissão consiste em preservar um quadro mediático dinâmico, no contexto dos serviços em linha, nomeadamente garantindo que as ofertas em linha dos organismos públicos de radiodifusão não falseiem a concorrência em detrimento das ofertas dos serviços em linha e da imprensa escrita. A comunicação adoptada hoje responde a este objectivo de uma forma clara e eficiente.»

As principais alterações da nova comunicação dizem respeito:

  • ao controlo prévio de novos serviços importantes lançados pelos organismos de radiodifusão de serviço público (equilibrando o impacto no mercado destes novos serviços com o seu valor para a sociedade);

  • a clarificações no que se refere à inclusão dos serviços mediante pagamento na missão de serviço público;

  • a um controlo mais efectivo da sobrecompensação e à supervisão do cumprimento da missão de serviço público a nível nacional;

  • a uma maior flexibilidade financeira para os organismos de radiodifusão de serviço público.

A comunicação destina-se a garantir uma elevada qualidade dos serviços públicos de difusão em várias plataformas, que vão desde a Internet aos ecrãs em lugares públicos. Além disso, os cidadãos europeus e as partes interessadas poderão formular as suas opiniões em consultas públicas antes de os organismos públicos de radiodifusão colocarem no mercado quaisquer novos serviços. Por último, os cidadãos, na sua qualidade de contribuintes, beneficiarão de uma utilização mais responsável, mais transparente e mais proporcionada do financiamento público concedido a este sector.

A adopção da comunicação vem na sequência de uma ampla consulta pública (ver IP/08/24 , IP/08/1626 e IP/09/564 ) e assenta nos princípios fundamentais do financiamento do serviço público de radiodifusão estabelecidos no Protocolo de Amesterdão (ver a seguir, nos antecedentes). Em especial, a comunicação reconhece aos Estados-Membros uma certa latitude na definição da missão de serviço público confiada aos organismos de radiodifusão de serviço público e centra-se no papel da Comissão de velar pela manutenção de uma concorrência leal.

O texto da comunicação pode ser consultado em:

http://ec.europa.eu/competition/state_aid/legislation/specific_rules.html#broadcasting

Os organismos europeus de radiodifusão de serviço público recebem anualmente mais de 22 mil milhões de EUR através de licenças ou de financiamento público directo, o que torna este sector o terceiro maior beneficiário de auxílios estatais, após a agricultura e as empresas de transportes.

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3.7.09

O descrédito da democracia em Portugal e o débil pluralismo nos media

Se a grande maioria dos portugueses não estão/nada satisfeitos com a qualidade desta nossa estranha democracia (51% não satisfeitos e 16% nada satisfeitos) - o que coloca a questão de saber se estamos a falar ainda de democracia ou de qualquer coisa que já não é de facto uma democracia -, em matéria de pluralismo, enquanto 19 por cento dos inquiridos discordam da afirmação que diz que as "televisões privadas proporcionam informação imparcial", 30 por cento concordam com esta frase. Os mesmos 19 por cento estão em desacordo com a ideia de que "televisões públicas proporcionam informação imparcial" e 22 por cento concordam, o que significa que as pessoas acreditam mais nas televisões privadas do que na televisão pública (!), que, curiosamente, continuam a financiar (300 milhões de euros/ano) sem pestanejar... E relativamente à questão - "os media reflectem a pluralidade de opiniões na sociedade", 30 por cento dos inquiridos discordam e 33 por cento concordam. O balanço é de facto muito crítico. É de facto o descrédito da democracia portuguesa. De bom fica o estudo da SEDES e o diagnóstico feito (A Qualidade da Democracia em Portugal: A Perspectiva dos Cidadãos), que afinal nos compromete a todos. Mas que fazer quando 82 por cento dos cidadãos dizem discordar da afirmação “a justiça trata ricos e pobres de forma igual” e 79 por cento discordam da ideia de que “a justiça trata de forma igual um político e um cidadão comum”???

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1.7.09

O horror televisivo

«Sobre a televisão» (Paulo Tunhas, ionline, 1/79: Dias e dias em frente à televisão mergulham um ser humano numa infelicidade intensa. O melhor é mantê-la a uma distância prudente. Há algo que não estou disposto a perdoar facilmente a este jornal. É o tempo - semanas - que por causa desta coluna me impus passar em frente da televisão para tentar perceber melhor os nossos queridos políticos. Desde essa altura, os meus únicos momentos razoáveis são quando, em estado de desespero, transito para um canal de animaizinhos e vejo, pela milésima vez, um bando de crocodilos a mordiscarem delicadamente uns simpáticos búfalos que atravessam o rio em manada. Ou girafas. Ou térmitas. Ou varanos-de-komodo. Disso gosto, confesso. O resto é o horror. E não me refiro apenas às doses cavalares de notícias sobre futebol, que neste momento giram, não só em torno de Ronaldo, mas também dos "reforços" dos clubes. Sobretudo do Benfica. É sempre sobretudo do Benfica, mas nesta altura do ano é sobretudíssimo do Benfica. Nem aos minuciosos detalhes da carreira e da morte do horrível Michael Jackson. Falo também dos políticos. Tomemos o exemplo dos debates parlamentares. Por uma convenção tácita qualquer, ninguém faz perguntas directas e curtas, que pressionariam o primeiro-ministro a responder à questão.»

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ERC, RTP, PSD, PS: comadres e compadres desavindos

Sociais-democratas marcam audição com director da RTP na AR. Governo acusado de “silenciar” PSD nos noticiários da televisão pública (Público online, 01.07.2009): «O PSD denunciou hoje o “silenciamento escandaloso” do partido nos noticiários do serviço público de televisão e pediu a audição do director da RTP, José Alberto Carvalho, na comissão parlamentar de Ética.

«O deputado Agostinho Branquinho levou o relatório sobre pluralismo político-partidário da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) para uma conferência de imprensa no Parlamento para mostrar que os social-democratas tiveram menos 36 por cento de tempo do que o PS e o Governo nos serviços noticiosos.

«Para já, Branquinho quer ouvir as explicações do director da RTP, mas tem uma opinião sobre o que está por trás desta atitude de “silenciamento” — passar “a ideia de que, sobre questões importantes para o país, o PSD não tem posição sobre elas”.

«A culpa é do Governo? Agostinho Branquinho dá uma resposta genérica, mas aponta o dedo ao Executivo de José Sócrates: “A estratégia de condicionamento e a tentativa de controlo da comunicação [por parte do Governo] dá frutos”.»

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