30.6.06

O Parlamento estará satisfeito com esta RTP1?

Diário Digital/Lusa: "Director RTP: Vigilância da ERC junto dos privados é benéfica". Pelo relato da Lusa, Nuno Santos transbordou 'serviço público' na Assembleia da República. E deve ter sido tão exuberante que parece não terem havido questões difícieis sobre a RTP1... e as perguntas inflectiram para a dita (impropriamente, embora internamente praticada) 'concorrência', SIC e TVI...

Se a audição tivesse sido no Tribunal de Contas, outro galo, porventura, cantaria... Ver, por exemplo:

TC 'regula' a RTP...

TC: 'Continuam a existir falhas em matéria de fiscalização do Serviço Público de Televisão

(nesta matéria, aguarda-se a resposta da RTP à solicitação do TC)

A seu tempo virão os relatórios aprofundados da ERC sobre o desempenho do serviço público de televisão em Portugal, que, esses sim, obrigar-se-ão à máxima extensão, objectividade e transparência.

Os maus exemplos da actual grelha de programas, que apresenta regularmente vários tipos de problemas, não permitem classificar a RTP1 como 'serviço público', nem aceitar que o canal diga que está a cumprir o Contrato de Concessão com o Estado, a saber, nomeadamente:

- a obsessão audimétrica/comercial da RTP1;

- a não subordinação das grelhas a estudos qualitativos estruturados em função da missão e das atribuições e competências enunciadas no Contrato de Concessão;

- a duração dos TJ's e sua utilização em práticas de contraprogramação (Luis Marinho esteve também na AR mas as questões da chicana política substituiram-se às questões pertinentes);

- as práticas miméticas e burocráticas na informação, jornalismo 'sentado', subserviente, etc;

- a falta de aprofundamento sobre as realidades críticas do país, nomeadamente na área da educação, onde não parece haver sequer um editor especializado no TJ, ao contrário do futebol onde parece haver uma equipa completa;

- a submissão editorial à agenda política e protocolar, à agenda do futebol, à actualidade trágica e à catástrofe e a tudo o mais que 'vende';

- o défice de debate democrático no comentário político;

- a fidelização horizontal e vertical do prime time;

- a consequente 'monocultura' assente em concursos;

- o défice de diversidade e de pluralidade de géneros televisivos;

- a inexistência de magazines sobre as artes, o património, a língua e a cultura portuguesa;

- a inexistência regular de programas de divulgação e de formação para a cidadania;

- a inexistência regular de documentários;

- a inexistência de cinema e teatro português;

- a inexistência das outras artes do palco portuguesas, de programas eruditos, etc,

- e os programas infantis e juvenis à semana, cadê eles?

etc, etc, etc...

Revisão da matéria dada: O Serviço Público de Televisão Não Pode Esperar

E ainda: Descubra as diferenças entre o Contrato de Concessão da RTP e a Programação da RTP1

Futuramente: será aceitável e legítimo que um ministro, ou o Parlamento, decidam sobre modelos de programação e grelhas de programas dos canais do serviço público de televisão, institucionalizando o álibi que deu origem às piores práticas da RTP1 durante as últimas décadas? Ver: Santos Silva como Moniz, ou os 'ghettos' da RTP

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28.6.06

ERC salva a face do Estado com um mini caderno de encargos para SIC e TVI

Já online Deliberação 1-L/2006 - "Renovação das licenças para o exercício da actividade televisiva dos operadores SIC e TVI", com o seguinte Sumário:
I. Introdução. O processo de renovação das licenças televisivas e o sentido da regulação
II. Identificação dos requerentes e outros elementos técnicos
a. Sociedade Independente de Comunicação, SA (SIC)
b. Televisão Independente, SA (TVI)
c. Condições de cobertura
III. Enquadramento jurídico
IV. Metodologia de análise da programação
V. Análise da programação da Sociedade Independente de Comunicação, SA (SIC)
VI. Análise da programação da Televisão Independente, SA (TVI)
VII. Conclusão geral
a. Obrigações do operador SIC
b. Obrigações do operador TVI


Revisão da matéria dada: Renovação de licenças de TV e monitorização da 'ética de antena' .

DN: Desempenho da SIC e TVI "pouco satisfatório"

DD: ERC defende definição de obrigações dos operadores de TV

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27.6.06

Observatório do Jornal Nacional (da Globo)

Uma bela ideia, lembrada ao Irreal TV, que agradece: Observatório do Jornal Nacional - observatório do diário televisivo de maior repercussão do país (Brasil). "Chega a atingir 40 milhões de pessoas e tem um poder de repercussão que pode atingir qualquer cidadão, entidade ou governo"...

Hitch no Google?

Google Video em fase de testes para a difusão de vídeos gratuitos: "O principal motor de busca da Web lançou uma fase de testes para a difusão gratuita de conteúdos de vídeo na Internet através do Google Video. Entre os títulos disponíveis contam-se vídeos de música, de programas televisivos ou de filmes antigos - onde se destacam nomes como Alfred Hitchcock ou Charlie Chaplin. Os desenhos animados também marcam a sua presença neste espaço."

La télévision entre grand spectacle et mobilité

100 milhões na TV móvel

26.6.06

Santos Silva como Moniz, ou os 'ghettos' da RTP

Segundo o Público, que cita Santos Silva, pretende o governo clarificar "qualquer ambiguidade do que é o serviço público de televisão", pelo que irá voltar ao modelo de dois canais generalistas, "um para o grande público e o outro destinado a públicos mais específicos"...

Quem tem alguma memória destas coisas lembrar-se-á que esta é uma velha estratégia dos anos mais negros da RTP no pós 25 de Abril (anos 80), de má memória, estratégia que foi essencialmente a responsável pela forte descaracterização do serviço público de televisão em Portugal. Com marcas evidentes, ainda hoje, na RTP1, quase trinta anos depois. A degradação do conceito de 'serviço público' e bem assim das práticas da RTP1 ao longo destas quase três décadas, fez-se sempre com base nesse álibi, que, vendo bem, é uma evidente perversidade: um canal para o 'grande público', outro para os 'públicos específicos', este que é, aliás, um conceito que não existe verdadeiramente em televisão generalista.

Desta forma mantém-se uma dupla discriminação, negando-se o conceito de 'serviço público' de forma idêntica, equilibrada e qualitativamente coerente para todos os telespectadores em ambos os canais: ao dito 'grande público' são-lhe fornecidas na RTP1 grelhas de programação de reduzida diversidade e de forte fidelização vertical e horizontal, e se estes quiserem "desgraçar-se" no ghetto da cultura, do documentário, da ficção, da divulgação etc., etc., (dir-se-ia, de um verdadeiro serviço público) então que mudem de canal, que há um ghetto cultural para isso mesmo...

Que esta estratégia se tivesse imposto nos anos 80, ao tempo do programador José Eduardo Moniz, nada se estranharia. Que ela regresse muito requentada, ainda uma vez, e desta feita pelas mãos de um homem de cultura, ministro socialista (mas não propriamente director de programas), Santos Silva de sua graça, já é algo, aparentemente, um pouco mais insondável. O homem faz, o monólito televisivo do Estado desfaz…

Eu show Chávez

Anacom aprova a alienação de uma das redes fixas da PT

DD/Lusa: "No que diz respeito à separação de uma das redes fixas da PT, cobre e cabo, a autoridade considera que 'poderia resultar, face à situação actual, em benefícios para os consumidores, nomeadamente ao nível dos preços, da inovação e da diversidade da escolha'." Certo, mas... de boas intenções está o Inferno (neste caso o mercado de telecomunicações em Portugal) cheio e bem cheio.

25.6.06

Hoje vamos dormir melhor: vão acabar as ambiguidades sobre o serviço público... Haja Deus!

Cable could get cheaper: House approves TV deregulation

TMCnet: "The state House gave overwhelming approval Thursday to a measure that would deregulate television service by allowing companies to start selling cable TV without permission from cities or counties."

Are you ready?

Channel 4 to simulcast online and on TV

TV Digital 'nipo-brasileira'

23.6.06

"Mundial domina telejornais"

DE: "Numa semana, o Mundial da Alemanha teve mais de 19 horas de notícias, ocupando cerca de 40% do tempo dos noticiários televisivos portugueses, segundo a Marktest." Ver gráficos no webjornal.

21.6.06

Licenças SIC/TVI: a montanha reguladora terá parido um rato?

Parece ter chegado ao fim o telenovelão da renovação de licenças dos operadores privados de Televisão. O Conselho Regulador da ERC em nota à Imprensa, acaba de enunciar, com data de 20 de Junho, o seguinte: "O Conselho Regulador da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social deliberou por unanimidade, ao abrigo do artigo 24.º, n.º 3, alínea d), dos Estatutos aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro, renovar as licenças televisivas aos operadores de televisão SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. e TVI – Televisão Independente, S.A., no que se refere aos serviços de programas denominados, respectivamente, SIC e TVI, nos termos e condições que constarão dos correspondentes alvarás."

Aguardemos então os termos dos alvarás, esperando que não se repita a vergonha de há 15 anos atrás (vejam-se as "Condições Gerais" constantes dos alvarás atribuídos à SIC e TVI em 1992).

Para rever o telenovelão e algum do seu anedotário: Renovação de licenças de TV e monitorização da 'ética de antena' .

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Estatuto do Jornalista na 2:

Às 23h30, na 2:, as alterações ao Estatuto do Jornalista em discussão no Clube de Jornalistas: Augusto Santos Silva, Alfredo Maia e Eduardo Dâmaso, moderados por João Paulo Meneses.

Ler entretanto o PARECER RELATIVO AO ANTEPROJECTO DA PROPOSTA DE LEI QUE ALTERA O ESTATUTO DO JORNALISTA da ERC.

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Não me gritem (act.)

SIC Mulher acaba na TV Cabo

TV Cabo acaba com o canal SIC Mulher no final do ano : Mas... "Ainda antes do projecto SIC Mulher, a TVI tinha iniciado negociações com a PT Multimédia em 2001, propondo fornecer um pacote de canais temáticos em que se incluía um destinado ao público feminino, denominado Mulheres Activas - TVI LUX. Tal como os restantes quatro canais (de economia, turismo, infantil e masculino), também o TVI LUX foi ficando pelo caminho ao longo destes anos de negociações."

E ainda: Media Capital negoceia com TV Cabo lançamento de dois canais.

E mais: Sonaecom fez queixa da TV Cabo à Concorrência.

20.6.06

Dança Comigo: qualidade premiada

Não contando com o Portugal-Irão (2,875 milhões de telespectadores, 30,4% de audiência média, 83,1% de share), o grande espectáculo da final da primeira série do Dança Comigo (RTP1), sábado à noite, foi o programa mais visto do dia, com 1,295 milhões de seguidores (13,7% se audiência e 40,5% de share). Venham mais cinco...

19.6.06

"E se a televisão pública não tivesse publicidade?"

Manuel Falcão: E se a televisão pública não tivesse publicidade? (Diário Económico): "O Estado quer mais poder de controlo, ao mesmo tempo que é ele próprio parte interessada – na realidade, o objectivo do Estado é que a RTP tenha o máximo de receitas publicitárias possíveis e isso, em larga medida, não é compatível com uma definição de serviço público que se baseie na complementaridade de conteúdos e na apresentação de uma oferta alternativa à das televisões privadas".

De facto, se o Estado errou ao conceder duas licenças de TV privada em 1991, "desregulando" toda a comunicação social em Portugal, provavelmente a única forma de se redimir é essa mesmo... Até porque a desvantagem financeira que daí retira pode ter ganhos muito substantivos para o país, começando desde logo numa regulação séria dos privados.

A verdade sobre o investimento publicitário em TV

Televisões só facturam 13% dos preços de tabela: "As receitas publicitárias da RTP1, SIC e TVI estão longe dos valores dos preços de tabela publicados pela Marktest, avança hoje o Jornal de Negócios. Uma análise aos dois indicadores mostra que a facturação real corresponde apenas a cerca de 13% dos dados calculados a partir da tabela de preços publicitários das estações." Ler ainda sobre a falta de transparência no sector.

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17.6.06

Vídeos "para parecerem notícias" e vice-versa...

DN: "Oficialmente chamam-se VNR, ou melhor, Video News Releases. Uma designação que pode traduzir-se por Lançamento de Notícias em Vídeo e esconde a sua verdadeira natureza: vídeos publicitários que são realizados para parecerem notícias e que são emitidos nos telejornais dos Estados Unidos como se fossem reportagens."

Por cá é um pouco ao contrário: vão-se fazendo notícias que parecem VNR's...

Herman, a 'mesa 500' e os nossos pequenos deuses caseiros

Herman não ficou nada bem neste 'plano' do CM: "Herman tinha fonte de dentro na instrução do processo Casa Pia". Os tribunais se encarregarão de esclarecer o caso, mas o que será de Herman depois destas denúncias? E o que será de nós?

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16.6.06

Net sem controlo

Estudo: jovens portugueses utilizam Net sem controlo parental. Vítor Reis Baptista, Neusa Baltazar e Samantha Mendes, da Universidade do Algarve, realizaram a parte portuguesa do estudo divulgado esta semana em Bruxelas sobre a «Apropriação dos Novos Media» pelos jovens (11-19 anos), realizado em nove países pela consultora Meddiappro.

Children's use of new media, e-Inclusion, etc.

Safer Internet Forum 2006: This plenary session of the Safer Internet Forum, open to all interested, will focus on two topics: "Children's use of new media" and "Blocking access to illegal content: child sexual abuse images". See also: Insafe website.
Internet for all: EU ministers commit to an inclusive and barrier-free information society: A pan-European drive to use information and communication technologies to help people to overcome economic, social, educational, territorial or disability-related disadvantages was endorsed by ministers of 34 European countries in Riga (Latvia) on 12 June. "e-Inclusion" targets include halving the gap in internet usage by groups at risk of exclusion, boosting broadband coverage in Europe to at least 90%, and making all public web sites accessible by 2010. See also: Information and communication technology for an inclusive society - Frequently asked questions.

África TV

Países africanos analisam criação de televisão continental: "Os ministros africanos da Informação iniciaram quarta-feira em Addis Abeba uma reunião de dois dias paracriar as bases práticas da criação duma rede africana de rádio e televisão. 'A União Africana (UA) está convencida de que chegou o tempo de parar de se queixar e fazer algo diante do défice de cobertura de África ou da cobertura maioritariamente negativa do continente', declarou o
vice-presidente da Comissão da UA, Patrick Mazimhaka."

15.6.06

Novas da portuguesa república televisiva das bananas (act.)

E assim continua a Televisão paga em Portugal: entre o 'quase monopólio' da PT e as 'práticas restritivas da concorrência' da SIC e da TV Cabo.

A Manchete do Público de ontem refere que a Autoridade da Concorrência prepara multa à parceria entre a SIC e a TV Cabo. Lembrando que o regulador analisa um processo que vem desde 2001 por "práticas restritivas da concorrência", SIC e TV Cabo sujeitam-se agora a uma multa até 10 por cento do volume de negócios por restringirem a concorrência no mercado da TV por cabo.

Sabe-se que as administrações da Media Capital e da PT continuam ainda (ao fim de vários anos de conversas de surdos, dado o alegado acordo de exclusividade entre a SIC e a PT) a negociar a entrada de novos canais na rede por cabo. A aposta da TVI será na Informação e o objectivo é concorrer com a SIC Notícias e a RTPN. Segundo o texto do CM - TVI Notícias avança, "depois de vários adiamentos – que poderão ser justificados com um eventual acordo de exclusividade assinado entre a SIC, a TV Cabo e a PT Multimédia –, o projecto poderá estar no ar até ao final deste ano ou no início do próximo. A coordenação do futuro canal de notícias caberá ao jornalista Henrique Garcia."

Entretanto, na TV Digital Terrestre, um estudo do BCP defende que Portugal deve investir "o mais rápido possível" nesta área, embora reconheça que os custos da TDT vão ser maiores do que o esperado e que "se o grupo PT se mantiver como está neste momento, poder-se-á manter um 'quase monopólio' da PT Multimédia no sector da televisão paga".

Ainda do Diário Económico, um pequeno ponto de ordem à mesa: "O executivo entende que é preciso avaliar se há, ou não, interessados numa altura sensível nas telecomunicações. O Governo assumiu que a OPA da Sonae sobre a PT pode adiar o concurso de televisão digital terrestre (TDT). “Temos que ser sensíveis porque o mercado está muito absorvido com a OPA da PT e temos que saber se os operadores estão interessados em concorrer ou não”, disse o secretário de Estado das Obras e Comunicações, Paulo Campos durante o IV Fórum Infra-estruturas organizado pelo Diário Económico."

'Pedagogia' ERC após queixa PSD contra RTP

Reflexão da ERC após queixa do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata contra a RTP - Deliberação 3-Q/2006: "O Conselho Regulador, de uma forma preventiva e pedagógica, entende que a RTP deverá rever os critérios gerais por si adoptados na cobertura de eventos de natureza partidária, uma vez que estes – e com forte probabilidade – poderão colidir, quando aplicados, com as especiais obrigações que lhe cabem de promoção e garantia do pluralismo político."

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14.6.06















[back to business... salvo seja]

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10.6.06























[uma janela aberta sobre o mundo]

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Défice democrático na RTP1 vs. défice interventor da ERC

Senhor Regulador, quando estará a pensar intervir sobre o défice democrático na RTP1 no que respeita, em particular, ao comentário político?

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9.6.06

Desregular, dizem eles

eContent

Workshop on the study "Interactive content and convergence; implications for the information society" : The objective of this study is to identify and assess the impact of the potential economic, technical and legal roadblocks that may hinder the development of the interactive content market over the next five years. During this workshop, the consortium in charge of the study will present its preliminary findings and discuss them with a wide range of stakeholders.

eContentplus - Draft versions of Work Programme and Call for Proposals published
(Deadline: 19/10/2006) The eContentplus programme has the overall aim of making digital content in Europe more accessible, usable and exploitable. A new call for proposals will be launched in 2006. The Work Programme 2006 and the call for proposals are now online as drafts. The provisional date for publication of the final versions is July 2006. The provisional deadline for receipt of proposals will be 10 October 2006.

eContentplus Call 2006 Information Day
An Information Day will be held for the second call for proposals of the eContentplus programme

Television Advertising of Food and Drink to Children

Ofcom is today publishing an update to its consultation on television advertising of food and drink products to children published on 28 March 2006. The consultation will close on 30 June 2006. Television Advertising of Food and Drink to Children: Options for new restrictions [pdf] .

8.6.06

Durão digital-tardio, ou não tanto...

União Europeia: Brasil poderia ter padrão euro-brasileiro de TV digital.

Gil defende decisão sobre a TV digital só após as eleições: (FolhaNews) "O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu o adiamento da escolha da tecnologia de televisão digital para depois das eleições (...) A questão eleitoral é crítica em relação às comunicações. Os interesses envolvidos, tanto dos proprietários como da sociedade, são tão grandes que a comunicação num ano eleitoral pode ter papel de pressão sobre as formas de ver, sobre as formas de analisar e de decidir." Gil participou de debate na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), ao qual não compareceu o representante da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais da Globo, conforme anunciado. Sem a presença dos radiodifusores, defensores do padrão japonês, Gil expôs com tranqüilidade suas posições divergentes. Disse que os sistemas de televisão digital que estão em debate – japonês (ISDB), europeu (DVB) e norte-americano (ATSC) – têm pouca diferença do ponto de vista tecnológico, e defendeu a realização de um grande debate público sobre aspectos que não estão em evidência, como o uso de parte do espectro de radiofreqüência para a transmissão de canais universitários, canais comunitários e outros de interesse público."

Freeview overtakes analogue television

Ofcom today publishes its Communications Market: Digital Progress Report for the first quarter of 2006 (January-March). The report shows that digital television was viewed by 72.5% (18.2 million) UK television households - up from 69.5% at the end of 2005. Take-up of digital television is growing faster than expected. Ofcom’s last Digital Progress Report forecast that an extra 1.7 million homes would take-up digital television in 2006. By the end of March almost 800,000 extra households had already done so. The number of free-to-view digital households (Freeview plus free-to-view satellite) is estimated to have grown by 9.7% from January to March to over 7.7 million. Freeview overtakes analogue television.

Quando o SPT sai da toca...

Ainda a câmara oculta da RTP: "Parecer jurídico sustenta reportagem polémica". (deixem-se de hipocrisias - e de TGV's e quejandos - e ataquem mas é os problemas da Educação em Portugal).

Tapar o sol com a peneira... ou calar o Serviço Público de Televisão quando ele quer sair da toca

Números da Pub

Lá vem o fatídico volume de negócios das agências de publicidade, estimado em 1,2 mil milhões. É curioso que estes números reaparecem assim que se começa a falar em Entidade reguladora... Como se reinasse a transparência no sector. A procissão ainda agora vai no adro... O sector da publicidade muito terá que penar para demonstrar a sua absoluta e clara transparência, coisa que nunca fez perante as entidades que em Portugal observam, de um ponto de vista quantitativo, o sector.

(DE): "A criação da entidade reguladora para a publicidade, definida no anteprojecto do Código do Consumidor, implica um pagamento de seis milhões de euros anuais pelas agências de publicidade, afirmou ontem o jurisconsulto e publicitário João Loureiro. “Ao cobrar 0,5% sobre o volume de negócios das agências de publicidade, a taxa arrecada cerca de seis milhões de euros anuais”, disse João Loureiro, durante o debate “direito à publicidade”, realizado ontem em Lisboa, sobre o anteprojecto do Código do Consumidor. (...) A actividade ligada aos media das agências refere-se ao investimento destas empresas nos órgãos de comunicação social tradicionais (televisão, imprensa, rádio, outdoors, cinema) para divulgar a marca e o produto dos anunciantes que são seus clientes. No entanto, as agências também produzem outro tipo de actividades como o marketing directo ou os eventos de relações públicas. “De acordo com os relatórios elaborados pela consultora Delloite e pelas centrais de meios, o volume de negócios das agências de publicidade apenas ligados aos media é de cerca de 700 milhões de euros”. Ver ainda no CM as lágrimas de crocodilo das agências: Taxa de 6 milhões ameaça agências

Pub em Portugal: um sector que vive de mistérios e de falta de transparência

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7.6.06

Não é uma abertura de telejornal

Michael Jackson Faces

6.6.06

The Times plans to launch internet television service

The Times newspaper, aiming to increase its online audience by supplying video news clips, said on Tuesday it planned to launch an internet television service this week.Third-party providers will initially provide news clips for the new service, Times TV, which plans in the longer term to encourage its readers to contribute newsworthy videos, the British daily said.

Public Hearing: Audiovisual media services directive

Revisão da Directiva TSF

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Daniel Herz, ou uma ideia de democracia para os media

Daniel Herz, um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, deixa-nos aos 51 anos: A homenagem da EPTIC. E leia-se a entrevista: TV digital: "Um retrocesso que a sociedade não pode aceitar". Herz foi um dos fundadores do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), foi professor de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi o autor do livro A História Secreta da Rede Globo. O Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina suspendeu as aulas desde quarta-feira (31), em homenagem à memória de Daniel Herz. Ele foi o primeiro chefe de Departamento de Jornalismo da UFSC, na época chamado Departamento de Comunicação, no início da década de 80. Em pleno regime militar, instituiu o funcionamento democrático do Curso, com a implantação de um conselho paritário de professores e alunos, até então inédito no Brasil. Além disso, instituiu eleições diretas para todos os cargos de chefia. O curso de Jornalismo da UFSC tornou-se conhecido nacionalmente, quando Herz organizou o lançamento da Frente Nacional de Luta por Políticas Democráticas de Comunicação, causa pela qual trabalhou sem cessar pelo resto de sua vida." (Carta Maior).

Brasil proibido (act.)

Brazil: Beyond Citzen Kane, de Simon Hartog (1993), o documentário sobre a Rede Globo, da BBC. Por mais incrível que pareça, continua proibido para aqueles que seriam os principais interessados: os telespectadores brasileiros (Observatório da Censura). "Além do Cidadão Kane", proibido no Brasil por decisão judicial - trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário polí­tico brasileiro. Os cortes efetuados na edição do último debate entre Luiz Inacio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleição de 1989. Censura a artistas, como Chico Buarque que por anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora. Criação de mitos culturalmente questionáveis e veiculação de notícias frívolas e tolices em programas de auditorio. Depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira. Todo brasileiro deveria ver Alem do Cidadão Kane. Veja aqui o documentário/ faça download.

Da 'coluna vertebral' dos media

Ler em aberto, via Clube de Jornalistas, o dossier da Xis, de Ana Vieira de Castro, Público de 3 Jun 06, sob o título Media ou contrapoder?
Dossier Media - Media ou contrapoder?
Entrevista com António Francisco Cluny
Entrevista com José Rebelo
Entrevista com Ricardo Costa

5.6.06

O "diário audiovisual do Governo"

Eduardo Cintra Torres no Público (via Clube de Jornalistas): "15 notícias, 11 ministros", ou "este é hoje o Telejornal da RTP1: o diário audiovisual do Governo".

O 'futebolês' das TV's

Felisbela Lopes e Sara Pereira, investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, são as coordenadoras do livro A TV do Futebol, que a Campo das Letras acaba de lançar no mercado.

"PT será desmantelada pelas regras europeias"

Diário Económico: "PT será desmantelada pelas regras europeias". E ainda faltará muito? E haverá retroactivos para os consumidores? E... as regras europeias serão assim tão diferentes das portuguesas???...

Se eles já o fazem nos media, por que não fazê-lo antes nos corredores do poder?

"Moralidade no vai e vem dos assessores" (Blogouve-se): "Acabo de ler na Lusa que a nova proposta de lei do Estatuto do Jornalista prevê aquilo que designa por um período de carência de seis meses, 'em que [o jornalista e ex-assessor] não poderá trabalhar na esfera editorial da sua actividade anterior'. É pouco tempo (um ano, no mínimo), mas é um (bom) princípio."

Concordo que há um avanço, mas o ideal seria mesmo que a lei desmotivasse claramente o retorno à profissão dos serventuários do poder. Tem que se chamar os 'coisos' pelos nomes. E a verdade é que uma reserva de seis meses continua a ser um convite à serventia política desses ditos "jornalistas". Como alguém disse, também se pode colocar a questão de outra forma: mas se eles já o fazem nos media, por que não fazê-lo antes nos corredores do poder? É uma boa questão... Mas então que fiquem por lá.

Ainda as incompatibilidades do Jornalismo

Ainda sobre questões relativas ao Estatuto dos Jornalistas, e apesar de parte das questões aparentemente ultrapassadas, importa reler um texto de Manuel Pinto, "Estatuto do jornalista em debate público", então Provedor do Jornal de Notícias, que já se manifestava sobre a questão da carência : "(...) Mas porque será que a incompatibilidade se mantém até três meses depois de cessar essa actividade no caso da publicidade e não no caso das assessorias de imprensa, por exemplo? Será credibilizador para o jornalista e para o jornalismo deixar uma função dessas, que em alguns casos pode envolver alguma visibilidade, e retomar a actividade sem um período de “nojo”?

..."Mas esta absoluta promiscuidade chegou a receber o apoio da classe"...

Miguel Sousa Tavares, no Expresso ("Jornalismo, modo de vida"): "No passado, insurgi-me várias vezes e publicamente contra o facto de haver supostos «jornalistas» que eram simultaneamente articulistas de opinião em jornais como o Expresso e patrões de agências de comunicação. Mas esta absoluta promiscuidade chegou a receber o apoio da classe, com o próprio Sindicato dos Jornalistas a propor que se equiparassem os profissionais das agências a jornalistas, com carteira profissional e tudo." (...)

A T(G)V que Portugal precisa

A TV 'grand vitesse' que Portugal precisa é a da denúncia do caos. Sobretudo do caos educativo, onde quer que ele exista. E o TGV que o país precisa não é um comboio Lisboa-Porto em duas horas, mas sim um 'TGV' que comece na pior escola e acabe na melhor e permita que professores e alunos se possam reencontrar em salas adequadas, motivados, empenhados, integrados num novo processo educativo, mediático e político.

Tapar o sol com a peneira... ou calar o Serviço Público de Televisão quando ele quer sair da toca

Um ruído no olhar

Desabafos de uma jornalista sombria, Sofia Pinto Coelho (Expresso online): "Agora já não consigo disfarçar. Nem com uma boa maquilhagem. Se quiser continuar a trabalhar em televisão, tenho de cortar os papos nos olhos que - como se diz na gíria televisiva - fazem demasiado «ruído» na imagem. Acabei de chegar aos quarenta anos e, pelos vistos, o meu prazo de validade está a terminar."

3.6.06

Mistérios à volta do novo Estatuto dos Jornalistas

Quem entrar no Portal do Governo na página dedicada ao Anteprojecto da Proposta de Lei de alteração ao Estatuto do Jornalista - 2.ª versão, encontra em itálico as alterações em relação à 1.ª versão e do lado esquerdo um link para um: [Veja também] Dossier Estatuto do Jornalista. Clicando neste, encontrarão:





A página solicitada não existe ou não pode ser visualizada.

???... Mistérios...

Mas não desesperem... o IRREAL TV fez o seu próprio dossier, onde dá umas dicas sobre questões estatutárias e não só...

Tapar o sol com a peneira... ou calar o Serviço Público de Televisão quando ele quer sair da toca

Ministério contra reportagem RTP. A eventual "ilegalidade" na captação de imagens não será um argumento menor quando o que está em causa é o tremendo drama do caos nas salas de aulas e a degradação e abandono das instituições de ensino?

Enquanto cair chuva numa sala de aulas...

'Vigilâncias' do jornalismo

Fernando de Sousa no DN: Federação de jornalistas denuncia cultura de vigilância na UE: "A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) escreveu ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a pedir que investigue alegações de vigilância sistemática de repórteres por serviços de segurança de vários países, incluindo a utilização de informadores pagos. Este pedido segue-se à denúncia da perseguição de jornalistas na Dinamarca, Alemanha e na Holanda." Já se tinha ouvido falar de patrões, editores, etc., etc., junta-se agora também a secreta...

Não me gritem

Paula Brito, no DN: "Televisões 'gritam' a publicidade nos intervalos". Um caso que necessita de monitorização regular com a devida informação pública. Continua a ser evidente que há desníveis inaceitáveis entre programas, auto-promoções e publicidade.

SPT = 'player activo' ?

Nuno Santos ao CM: RTP 1 já é um player activo. Serviço Público de Televisão = "player activo" = "interveniente de peso no mercado"? O "mercado", na TV pública, será igual a "interesse público"?

A pub e a criança, segundo a APAN

Publicidade e criança, segundo os anunciantes (APAN).

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A angústia do director-adjunto perante o penalty

2.6.06

Aprovado novo Estatuto dos Jornalistas

Pensando bem: alguém viu por aí o debate público - entre a classe, nas páginas dos jornais, na net, etc. - sobre a proposta de Lei agora aprovada? (aceitam-se dicas, links, referências... a gerência agradece). Aliás, peço desculpa, há uma de que me lembro: no site do Sindicato dos Jornalistas a última (única) coisa que lá está tem data de 24/10/05...

Aprovada ontem, dia 1, em Conselho de Ministros, a Proposta de Lei que altera a Lei n.º 1/99, de 13 de Janeiro, referente ao Estatuto do Jornalista (conhece-se para já o que vem no comunicado do Conselho de Ministros):

"Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, visa estabelecer medidas de protecção da independência dos jornalistas, reforçando a sua autonomia profissional face a intromissões em matéria editorial de pessoas estatutariamente não habilitadas, assim como clarificando as circunstâncias de invocação da cláusula de consciência pelos jornalistas.

"O diploma pretende, ainda, estabelecer medidas de protecção do direito de autor dos jornalistas através da adaptação do regime vigente e da previsão de um sistema célere de resolução de potenciais conflitos. É também clarificado o direito ao sigilo profissional dos jornalistas, cuja quebra apenas se admite em último recurso, devidamente fundamentado pelo tribunal, e em situações que envolvam a violação grave de valores penalmente protegidos.

"Do mesmo modo, restringe-se a emissão da carteira profissional aos profissionais com capacidade editorial e que exerçam a sua actividade de acordo com finalidades exclusivamente informativas. Impõem-se regras de controlo do estágio profissional dos jornalistas, cuja duração passa a contar para o cálculo da sua antiguidade. As incompatibilidades profissionais são alargadas à generalidade dos titulares de órgãos de soberania ou de outros cargos políticos e aos deputados nas Assembleias Legislativas Regionais, e abrangerão as funções de assessoria, política ou técnica, a tais cargos associadas.

"Por último, a Proposta de Lei prevê um sistema auto-regulador de verificação do cumprimento de deveres dos jornalistas, através da intervenção da Comissão da Carteira Profissional do Jornalista, que passará a ser composta por jornalistas seniores e por um jurista".

Ver também (Portugal Diário): Carrilho lança proposta para jornalistas

1.6.06

Pub em Portugal: um sector que vive de mistérios e de falta de transparência

O sector da Publicidade em Portugal não vive só num profundo mistério - e em completa falta de transparência -, como desde sempre o fez em estranha cumplicidade com anunciantes e meios. Aparentemente, um estado de coisas que interessa a quem 'segura' os mistérios do negócio (menos ao Estado, que, a bem dizer, nunca se quis preocupar com o assunto e menos, também, aos anunciantes, que certamente teriam melhores planos de meios e melhor preço/resultado se existisse transparência no sector).

DE: "Portugal é um dos países onde a diferença entre valores publicitários reais e valores de tabela é maior. Segundo os dados da Marktest, o mercado português recebeu investimentos na ordem dos 3,64 mil milhões de euros, quando na realidade ronda os 800 milhões. Os descontos podem chegar a 70% ou 80% e são diferentes de meio para meio".

Como é possível que o sistema de media em Portugal seja gerido com este tipo de dados? Para além de que, contabilizada a publicidade na imprensa local/regional e os anúncios classificados da imprensa diária e semanal, a quota da TV generalista desce para níveis muito próximos do global da imprensa...

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TV Cabo da Sonae vs.TV Cabo da PT

Televisão da Sonae já tem mais canais que TV Cabo (Jornal de Negócios): "A oferta de televisão digital da Sonaecom, que recebeu o nome de SmarTV, tem já 87 canais na sua oferta contra os 74 disponibilizados actualmente pela TV Cabo."
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