3.6.09

Democracia de "audiência"

"Vivemos uma democracia de audiência", diz Conceição Pequito (Público, 1/6): «"Vivemos uma democracia de audiência, feita de comunicação social, sondagens e líderes, em que há uma espécie de sondocracia, de videocracia e de lidercracia", resume Conceição Pequito, explicando as novas condições em que é exercida a política: "As sondagens funcionam como um escrutínio permanente ao eleitorado e é desse escrutínio que saem as ofertas políticas que os partidos direccionam, como produtos no mercado, para rentabilizar votos. Depois há a questão da videocracia, com o peso da comunicação social, que personaliza, por sua vez, os líderes. Tudo isto se vai afunilando, até que torna a sociedade civil claustrofóbica". (...) "Quando o que interessa é o líder e os dirigentes de topo e o palco é a TV, os partidos servem para quê?"»

Maria da Conceição Pequito, autora da tese de doutoramento "O Povo Semi-Soberano. Partidos Políticos e Recrutamento Parlamentar em Portugal" (2008), publicada pelas Edições Almedina.

Etiquetas: ,

Site Meter