30.4.09

Periódicos: "un producto del pasado y muy arcaico"

Il y a encore pire que l'automobile américaine : la presse quotidienne (Le Monde, 28/4): «De nombreux titres ont commencé à baisser les bras. Le "Seattle Post-Intelligencer" est passé sur Internet. La fermeture guette le "Minneapolis Star Tribune", le "San Francisco Chronicle", de même que le "Boston Globe", contrôlé par le "New York Times".

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26.4.09

Sócrates pisca o olho à TVI

É uma peça deliciosa que deve ser lida de fio a pavio: Sócrates disponível para ir ao programa de Goucha (DN, 26/4): «Em São Bento, Sócrates admitiu que poderá até ir à TVI, mas só se for para falar com Manuel Luís Goucha. O recado foi entregue ontem.»
«(...) Manuel Luís Goucha explicou (...) que não tem qualquer relação especial com José Sócrates. "Em 2004 integrei a comissão de honra da sua candidatura a primeiro-ministro. É só". "Sempre votei Cavaco Silva, mas em 2005, entre Pedro Santana Lopes e Sócrates, optei pela alternativa PS." Passados quatro anos, confessa-se desiludido com algumas opções do actual primeiro-ministro.»...

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25.4.09

Para a história do pluralismo na RTP

Para a história do pluralismo na RTP: Análise de deliberações e estudos da AACS e da ERC (F. Rui Cádima, comunicação ao VI Congresso da Sopcom, 17 de Abril de 2009).

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24.4.09

Telecinco processa ERC

Telecinco processa regulador e pede suspensão da decisão (TVI24, 23/4): "A Telecinco processou esta quinta-feira a Entidade Reguladora para a Comunicação Social pela sua decisão de excluir a candidatura da empresa ao concurso do quinto canal generalista em sinal aberto, anunciou o porta-voz da queixosa. «Além deste processo principal, a Telecinco interpôs quarta-feira no Tribunal Administrativo de Lisboa uma providência cautelar, com vista a suspender todos os efeitos da decisão da ERC, até que se decida a acção principal. «Queremos que seja revista toda a decisão da ERC e pedimos que seja reposta a justiça», afirmou à Lusa Carlos Pinto Coelho, acrescentando que os juristas que estudaram o processo encontraram «uma série de ilegalidades, contradições e erros grosseiros na decisão que a ERC tomou»."

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Sócrates ataca TVI (act.)



Sócrates: Jornal Nacional é um "telejornal travestido" feito de "ódio e perseguição pessoal" (JNegócios, 22/4): «Na entrevista que concedeu ontem à RTP, o primeiro-ministro adiantou que tem o direito de processar quem me injuria e acusou o Jornal Nacional da TVI de sexta-feira de ser um espaço de caça ao homem e um telejornal travestido feito de ódio e perseguição pessoal.»

Manuela Moura Guedes processa Sócrates (TVI24, 22/4): "A jornalista Manuela Moura Guedes vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação na sequência de acusações de José Sócrates ao «Jornal Nacional» da TVI, feitas na entrevista à RTP, disse esta quarta-feira a própria à Agência Lusa."

Moniz avança com queixa contra Sócrates (TVI24, 22/4): "«O director-geral da TVI confirmou, esta quarta-feira, durante o Jornal Nacional, que já avançou para os tribunais com uma queixa contra José Sócrates. «Já avancei para os tribunais com uma queixa contra José Sócrates, não impedindo outros jornalistas de o fazerem também», revelou." Ver vídeo.

Sócrates já processou nove jornalistas (Expresso, 18/4, via CJ): «O primeiro-ministro não aceita bem as notícias e comentários dos media sobre o caso Freeport e já processou nove jornalistas: cinco da TVI, três do “Público” e um do “Diário de Notícias”. Os processados não parecem muito preocupados. Manuela Moura Guedes afirma não se sentir pressionada. José Manuel Fernandes, director do “Público”, diz que o processo «é uma forma de coacção sobre o jornal», mas que não lhe tira o sono. João Miguel Tavares entende que Sócrates tem todo o direito de o processar, tal como ele tem o direito de criticar o primeiro-ministro. Entre os juristas há opiniões desencontradas sobre o fundamento para processos desta natureza. Não é novidade e em alguns casos as opiniões mudam em função das famílias políticas».

Manuel Falcão, A Esquina do Rio/Entrevista: (Jornal de Negócios, 24/4): "O discurso do primeiro-ministro transmitido pela RTP na passada terça-feira resumiu-se a um exercício de propaganda em matéria política e económica e à afirmação de ameaças relativamente ao caso Freeport. Pelo meio ficaram verdadeiras pérolas, como a de considerar como absolutamente normal tratar as opiniões de jornalistas como calúnias passíveis de perseguição criminal. É verdade que existe uma campanha negra em Portugal - mas é a que o primeiro-ministro move contra quem o critica, é a campanha negra do Governo contra a liberdade de expressão e de informação, que foi levada ao extremo quando José Sócrates, no exercício do cargo de primeiro-ministro se armou em crítico de televisão e analista de comunicação e atacou os noticiários de um canal de televisão pelo simples facto de reportar factos que lhe são pessoalmente incómodos. Nos tempos que correm, temos um primeiro-ministro que persegue notícias e opiniões publicadas na imprensa e persegue os seus autores, ao mesmo tempo que se veste de vítima. Hugo Chávez, com quem Sócrates tem uma boa relação, também se incomodava com uma estação de televisão e, para resolver o problema, mandou encerrá-la. A cobardia política anda sempre de mãos dadas com a intolerância."

Judite de Sousa: "Não faria entrevista" se Sócrates não falasse do Freeport (DN, 24/4)

» «A especulação jornalística é parte da liberdade de expressão»
» «A presunção de inocência e a liberdade de imprensa»

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No tempo dos faraós

"Seria talvez mais rentável que o país, em vez de obras públicas faraónicas, fizesse um grande investimento na nossa massa cinzenta, de modo a que surgissem entre nós uma ou mais universidades no Top 100 europeu" (Carlos Fiolhais, "A Universidade sem-abrigo", Público, 24/4)

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21.4.09

Telcos não querem pagar TVE

Las compañías de telecomunicaciones no quieren financiar la televisión pública (Elmundo.es, 21/4): «La polémica está servida. Nadie quiere hacerse cargo de los 500 millones que RTVE dejará de ingresar en concepto publicitario con la "drástica" reducción anunciada Zapatero la pasada semana.

«Ayer, la vicepresidenta del Gobierno daba algunas pistas que situaban a las compañías de telecomunicaciones como las principales candidatas. Sin embargo, este sector ya ha empezado a movilizarse para echar balones fuera.

«El presidente de la Comisión del Mercado de las Telecomunicaciones (CMT), Reinaldo Rodríguez, ha señalado que el pago de una tasa por parte de los agentes del sector de las telecomunicaciones para financiar la televisión pública no es "coherente" en la situación actual del mercado audiovisual español.

«"La contribución para el saneamiento de la televisión pública debería proceder del sector audiovisual y no del de las telecomunicaciones", manifestó Rodríguez a los periodistas.»

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20.4.09

Partidos extraparlamentares excluídos de dabate na RTP

TVI24, 20/4, CNE lembra à RTP dever de tratar partidos «da mesma forma»: "A Comissão Nacional de Eleições (CNE) lembrou à RTP o seu «dever de tratar com isenção e da mesma forma» todas as candidaturas que se apresentam a eleições, refere a Lusa. A chamada de atenção da CNE surge depois de cinco partidos sem assento no Parlamento Europeu terem protestado - ou anunciado a intenção de o fazer - junto deste organismo eleitoral pela circunstância de terem sido excluídos do debate organizado pela RTP entre os cabeças-de-lista às eleições europeias, que terá lugar no programa «Prós e Contras»" (hoje à noite). Pela Direcção de Informação, Fátima Campos Ferreira assegurou à Lusa que "«a direcção de Informação decidirá se o debate será com todos ao mesmo tempo ou por partes» -, a jornalista assegurou que a estação pública «envolverá no debate todos os pequenos partidos e movimentos que se candidatarem»."

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Journalism Online

Seniores lançam-se na procura do jornalismo 'online' pago (DN, 19/4): «Há uma necessidade urgente por um modelo de negócio para garantir que o jornalismo de qualidade é beneficiário do eficiente mecanismo de distribuição pela Internet e não sua vítima", explicou Steven Brill, fundador com Gordon Crovitz e Leo Hindery» [do Journalism Online (JO)].

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Susan (43,682,423 views) Boyle (act.)

YouTube - Susan Boyle Britains's Got Talent [Embedding disabled by request]. Ver em:
http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY

O acontecimento irrelevante

Num artigo de referência no universo das relações entre os media e o acontecimento, Roland Barthes (1), a propósito do Maio de 68 francês, analisava a escrita do acontecimento através da palavra radiofónica difundida a partir dos postos periféricos, sugerindo a ideia de que doravante não seria à imprensa que competiria dar conhecimento da actualidade, em geral, mas sim à rádio: a história "quente" que então estava a acontecer era uma história auditiva, segundo Barthes, retomando o ouvido funções que havia perdido no universo pós‑tipográfico, voltando a ser não só o primeiro dos sentidos, mas sobretudo o sentido que funda o conhecimento.

Nessa medida, a palavra do repórter tornava‑se então o próprio acontecimento, constituindo‑se assim em discurso um outro acontecimento, cujo carácter impressivo, cuja intensidade, não correspondia a uma mudança real.

Esta distanciação natural entre palavras e mundo pode também ser analisada pela negativa: o facto de um qualquer acontecimento ter tido lugar, não o legitima, ou melhor, nao o torna imediatamente histórico. Pierre Nora constatava claramente: «Para que haja acontecimento é preciso que ele seja conhecido» (2). Trata-se portanto de uma relação excessiva que ilude constantemente uma alusão ao real ‑ alusão "violenta", como lhe chamou Baudrillard (3), que esconjura o real nos sinais de real, que dá do real a dimensão do acto mediático, e acolhe a informação sob a forma mole do pseudo‑acontecimento, ou sob a forma miraculosa da catástrofe e do fait‑divers, constituindo‑se assim o acontecimento irrelevante na «categoria cardial do nosso pensamento mágico e da nossa mitologia».

[F. Rui Cádima, “A informação televisiva. Política, actualidade trágica e "fait-divers" como legitimação”, in O Fenómeno Televisivo, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995]
.....
(1) Roland Barthes," L ' écriture de l'événement", Communications, nº 12, 1968, Paris, EHESS.
(2) Pierre Nora, "O regresso do acontecimento", Fazer História/1 , Lisboa, Bertrand,1977, pp. 243‑262.
(3) Jean Baudrillard, A Sociedade de Consumo, Lisboa, 1975, Edições 70, pp 29-30.

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15.4.09

Lei do pluralismo recauchutada

PS volta a aprovar sozinho lei do pluralismo e não concentração (Público online, 15/4): «O PS aprovou hoje sozinho as alterações ao decreto sobre pluralismo e não concentração dos meios de comunicação social, sem conseguir alcançar um maior consenso partidário, tal como desejava o Presidente da República na mensagem que enviou à Assembleia da República quando vetou o diploma.»

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TVE reduz publicidade

Crise - Tempo de publicidade na TVE vai ser reduzido (DN, 16/4): «O primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, anunciou que "haverá uma drástica redução da publicidade na televisão pública", não revelando quanto. Actualmente com 10 minutos de publicidade por cada hora de emissão, a TVE, que passou por um processo de reestruturação idêntico ao da RTP (2002-2007), vive dias mais tranquilos, com audiências relativamente positivas e investimento publicitário equivalente a esta performance.Menos tempo publicitário na TVE significa que muitos anunciantes terão de procurar outros canais, sobretudo privados, ou optar por outros meios como a imprensa, rádio, outdoor.»

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Arons de Carvalho defende tese sobre Serviço Público de TV

Alberto Arons de Carvalho defendeu hoje a sua tese de doutoramento na FCSH-UNL, subordinada ao tema “O Modelo Europeu de Serviço Público de Televisão – O Caso Português”. A tese mereceu nota máxima do júri.

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ERC multa SIC

O Momento da Verdade - ERC multa SIC por causa de programa de Teresa Guilherme: "(...)A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que em O Momento da Verdade havia «uma mercantilização ostensiva da intimidade dos concorrentes». Depois de analisar seis queixas contra o programa, a ERC decidiu levantar um processo de contra-ordenação contra a SIC. Multa pode ir até aos 150 mil euros"

Arquivo:

Do interesse público aos lixos privados dos públicos(25/09/08)

ERC avalia concurso da SIC (JN, 25.9.08): «A Reguladora para a Comunicação vai avançar com um processo de análise ao "Momento da verdade". Explorar a vida privada pelo seu lado mais negro é o que mais impressiona quem olha criticamente para o formato.» (…) Rui Ramos, psicólogo clínico: «(...) a ERC já se devia ter pronunciado. "Estamos diante de claro abuso de poder por parte de uma estação". O programa "explora o pior das nossas mentes, pois todos nós temos pensamentos e negativos", justifica. "Uma coisa é o que nos passa pela cabeça e outra o comportamento social. Este formato vai puxar o que há de mais cruel no ser humano, o lixo que está lá dentro".

Sob o signo de "A ERC pode... mas não o fará" (20/09/08)

A ERC sobre O Momento da Verdade: “Isto é uma forma de prostituição” (CM, 19/9/08) - A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) vai pronunciar-se sobre o teor de ‘O Momento da Verdade’, garante o presidente, Azeredo Lopes, que classifica o programa da SIC como "uma forma de prostituição". (…) No limite, a ERC pode exigir à SIC que retire do ar ‘O Momento da Verdade’, porém, Azeredo Lopes assegura que não o fará.»

Abaixo de cão

A televisão abaixo de zero, Fernando Sobral (CM, 19/9/08): «Desde há algum tempo que os segredos e os pecados começaram a valer dinheiro. Recompensa-se generosamente quem, em público, confessa tudo o que de mal fez, mesmo que isso magoe e humilhe uma série de pessoas que convivem com o feliz contemplado, com uns milhares de euros. Hoje em dia tudo se compra: até a honra. Essa parece ser a mensagem de ‘O Momento da Verdade’.»

13.4.09

Do TGV à Universidade

«As universidades são fundamentais para ajudar o país a criar centros de excelência necessários para dar o salto na cadeia de valor a que todos aspiram. Mas assim é difícil. Não há investigação que resulte quando se estão a contar tostões. Mais do que o TGV, aeroporto ou estradas. o país devia estar a discutir o problema da educação.» Bruno Proença, "Diário Económico", 13-04-2009.

Ensino Superior: reitores alertam para falta de dinheiro para pagar salários (Público, 13.04.2009): «As universidades portuguesas correm o risco de não ter dinheiro para pagar os salários até ao final do ano, alertam os reitores numa carta enviada ao ministro do Ensino Superior, José Mariano Gago.»

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11.4.09

No país do "respeitinho"

Procurador: "país do respeitinho" condiciona opinião (DN, 10/4): «Entre a defesa da honra e a liberdade de expressão, o que prevalece nos tribunais? O procurador Euclides Dâmaso encontra maior "inclinação" para a primeira, mas o advogado Coutinho Ribeiro considera que há uma evolução no pensamento dos juízes. Seja como for, Portugal já foi várias vezes condenado no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por este motivo.

«Em Portugal, os tribunais são mais sensíveis à liberdade de expressão ou à defesa da honra? Os processo-crime movido por José Sócrates a João Miguel Tavares, colunista do DN e aos jornais Público e SOL, e ainda a TVI, voltaram a levantar a questão sobre a oposição entre aqueles dois direitos fundamentais. Os juristas dividem-se. Os tribunais também. Só as decisões do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) têm reconhecido uma maior valorização da liberdade de expressão.»

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"respeitinho, quem se mete com o poder, leva"

José Pacheco Pereira (Altas Pressões, Baixas Pressões, Sábado, 9/4): «(...) cuidado, respeitinho, quem se mete com o poder, leva. E não pensem que eu não ajusto contas, diz a parede dos sussurros. Ajusto, ajusto. E começam a chover processos a jornalistas na TVI, no Diário de Notícias e no Público. E presumo que não se ficará por aqui, porque “ofensas” semelhantes muita gente as cometeu, a começar por mim. Pelo que, a não ser que se pretendam fazer operações cirúrgicas, mais destinadas a meter medo e pôr a gente em ordem do que a obter justiça, deverá vir aí uma enxurrada de processos pela serra abaixo devido às tempestades das baixas pressões.

«Repito, são as baixas pressões que me preocupam, as que se desconhecem, as que estão por todo o lado, as que levam muitos órgãos de comunicação a colocar o caso Freeport numa página interior, as que explicam por que razão a televisão e a rádio públicas não façam qualquer investigação autónoma no caso Freeport e se a fazem não as publicam (não conheço uma única notícia original da RTP, com a sua poderosa redacção, sobre o Freeport). É o ar fino das baixas pressões que nos adoece, que faz entrar os vírus, que deixa os mosquitos povoar as nossas águas. É a moleza do ar, não a sua dureza que nos fazem mal.»

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"Tácticas de intimidação a jornalistas ou defesa da honra? "

Tácticas de intimidação a jornalistas ou defesa da honra? (Público, 10.04.2009): «(...)É um dos artigos que não sofreram alterações na última revisão do Código Penal, publicado em 2007. No capítulo "Crimes contra a honra", o artigo 180.º define em que termos pode ser feita uma queixa por difamação e as consequentes penas: "Quem, dirigindo-se a terceiro, imputar a outra pessoa, mesmo sob a forma de suspeita, um facto, ou formular sobre ela um juízo, ofensivos da sua honra ou consideração, ou reproduzir uma tal imputação ou juízo, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 240 dias".
«Foi esta a norma invocada para a queixa-crime que o primeiro-ministro, José Sócrates, instaurou contra o jornalista João Miguel Tavares, a propósito de um texto de opinião publicado no Diário de Notícias (edição de 3/03), titulado José Sócrates, o Cristo da política portuguesa. No dia 2 deste mês, Tavares foi ouvido por um procurador do Ministério Público (MP), no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Foi ali que ficou a saber que o cidadão José Sócrates, representado pelo advogado Daniel Proença de Carvalho, o acusa de difamação, estando em causa o texto acima citado, no qual o colunista critica o primeiro-ministro pela ausência de responsabilidade política e pela reincidente teoria da vitimização. (...)
«No mesmo dia em que Tavares foi ouvido no DIAP (2 de Abril), deu entrada na 11.ª vara de Lisboa (3.ª secção) um outro processo contra jornalistas, igualmente da autoria de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. No site tribunaisnet.mj.pt, pode ler-se que a acção cível tem como réus o jornal PÚBLICO e os jornalistas Cristina Ferreira, Paulo Ferreira (director adjunto) e José Manuel Fernandes (director). O valor da indemnização pedida é de 250 mil euros. Devido ao período de férias judiciais, as notificações ainda não foram enviadas para os réus e as informações sobre o processo não chegaram ao escritório do advogado do PÚBLICO, Francisco Teixeira da Mota. Contudo, o director do PÚBLICO crê que esta acção se deve ao trabalho jornalístico sobre a discrepância de valores das habitações do prédio onde reside Sócrates (edição de 20/02).»

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"(...) condicionar o exercício da liberdade de crítica e de opinião (...)"

Manuel Falcão, A esquina do Rio (JNegócios, 9/4): «REGIME - O comportamento recente de José Sócrates, enquanto cidadão que é primeiro-ministro, indicia que a natureza do regime está em mudança. Ao patrocinar processos judiciais contra jornalistas e colunistas, processos que têm por alvo opiniões e não factos, Sócrates abriu o precedente de pretender condicionar o exercício da liberdade de crítica e de opinião. Compreendo que José Sócrates não fique satisfeito com o que lê sobre si - mas mais valia pedir contenção e juízo aos seus amigos, nomeadamente do grupo de Macau do PS, com Alberto Costa à cabeça, que se envolveram em cenas muito pouco edificantes em matéria política e de cidadania.»

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" (...) entre os jornalistas só há gente séria e sem interesses de qualquer espécie (...)"

Fernanda Câncio, A infalibilidade jornalística (DN, 10/4): « E, por acreditar no poder e na nobreza do jornalismo, acredito na necessidade da sua regulação. Não me parece desejável que ninguém guarde estes guardas - em que me incluo. Não me parece saudável que se assuma que ninguém pode criticar os jornalistas e o jornalismo sem ser acusado de tentativa de censura, silenciamento ou perseguição. Não me parece - não é decerto - saudável o corporativismo virulento que acolhe certas críticas públicas de jornalistas ao jornalismo, um corporativismo que reproduz os corporativismos que os jornalistas passam a vida a criticar nas outras profissões e que, como todos os corporativismos, protege e consagra a mediocridade e a falta de rigor, execrando como traidores os que o repudiam.

«O corporativismo que reclama a auto-regulação para nada regular, o corporativismo que clamou contra os novos poderes fiscalizadores da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (constituída por uma assembleia de jornalistas eleitos por jornalistas e presidida por um juiz) para nunca mais se lembrar da sua existência - talvez porque a Comissão nada fez até agora que se pareça com uma actividade fiscalizadora efectiva. Decerto porque não há casos de óbvia violação dos deveres de jornalistas a ocorrer à vista de toda a gente - decerto porque, ao contrário do resto da sociedade onde não cessam de encontrar motivos de escândalo e suspeitas de malfeitorias, entre os jornalistas só há gente séria e sem interesses de qualquer espécie. É isso,os jornalistas são, e todos, infalíveis. E aquilo que publicam, tudo, é só verdade. Tal qual.»

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Campanha rosa-shock(a)

Campanha negra e os interesses espanhóis (Fórum PS Lumiar, 1/3/09): «Os dois meios de comunicação que se empenham numa campanha negra e facciosa até aos limites do inimaginável contra Sócrates são a TVI e o Sol. Curiosamente, os capitais da TVI são inteiramente espanhóis e os do semanário Sol são angolanos, ambos estrangeiros, portanto. Será puro acaso?

«Não creio. A meu ver há uma campanha contra Portugal no sentido desestabilizar o País e fazer com que à crise económica que afecta todo o Mundo se junte em Portugal uma crise política.

«O que move os angolanos não sei bem dizer, a não ser, talvez, uma espécie de represália contra outros órgãos de informação e não contra José Sócrates, cuja simpatia com Angola, o seu presidente e o respectivo governo é manifesta.

«Quanto aos espanhóis é outra coisa. (...) O português está a perder a noção de Pátria e daí a TVI estar inteiramente ao mando de chefes espanhóis que, provavelmente, procuram enfraquecer Portugal e criar após as próximas eleições condições de ingovernabilidade que permitam ao capital e militares espanhóis intervirem em Portugal (...)»

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Ai Portugal, Portugal...

João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, critica as grandes obras públicas anunciadas pelo Governo, pois considera que este não é o momento e estes projectos necessitam de capital intensivo e não de mão-de-obra. Veja aqui o vídeo do programa A Cor do Dinheiro, da RTPN.

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Joaquim Ferreira do Amaral, Em nome do bom senso (Diário Económico, 04/04/09): «A questão das chamadas grandes obras públicas continua a estar na ordem do dia. Em especial o anunciado TGV preocupa muita gente e com boas razões.

«Há muito que manifesto uma opinião muito crítica sobre a oportunidade do projecto. Que aliás formei quando me encontrava ainda em funções governativas. Bem sei que isto já foi há muito tempo, mas de então para cá os dados que foram sendo conhecidos e os persistentes apertos das finanças públicas não me fizeram mudar de opinião.

«Ao longo de vários governos, quer fossem aqueles com quem tinha afinidade política, quer aqueles com os quais não tinha, fui sempre dizendo o mesmo: embarcar no projecto TGV representava um erro grosseiro que pela sua dimensão teria graves repercussões no futuro do país.»

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Crise financeira é mais um motivo para suspender grandes obras públicas (TSF, 30 SET 08): «O antigo ministro das finanças, Luís Campos e Cunha, considera que a crise financeira nos Estados Unidos veio dar-lhe mais um argumento para defender algo que já tinha sugerido.»

«Para dar mais fôlego às finanças do país e prepará-las para o futuro, Luís Campos e Cunha pensa que o governo devia suspender as grandes obras públicas que projecta construir nos próximos anos.»

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Grandes obras públicas sem dinheiro (Agência Financeira, 2008/10/07): "Daniel Bessa expressou apoio às últimas posições de Ferreira Leite. O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), assume a mudança no seu discurso ao defender um Estado orientador da economia.

"No programa Prós e Contras, na RTP, citado pela «Rádio Renascença», Francisco Van Zeller admitiu não haver dinheiro para as grandes obras públicas, «porque o crédito internacional não existe e o crédito nunca seria nacional».

"Francisco Vanzeller apresentou uma nova postura, ao concordar com o Professor Marcelo de Rebelo Sousa no que diz respeito ao liberalismo: «vale a pena fazer ainda menos de liberalismo» e «o Estado, provisoriamente, pode orientar a economia».

"«Mais vale refazer o programa todo (das grandes obras públicas)», isto porque «as empresas que concorreram a essas obras, já reconheceram (as dificuldades financeiras) e já estão a dialogar com o Governo porque não têm capacidade de se endividar», afirmou o presidente da CIP.

"O socialista Daniel Bessa, por seu lado, expressou apoio às últimas posições de Manuela Ferreira Leite ao afirmar que «tudo o que exige dinheiro está comprometido».

"O pessimismo não difere muito de Francisco Vanzeller, visto que «o que está em causa é não haver dinheiro»."

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9.4.09

2010: mais Net, menos TV

Segundo o relatório Europe Logs On - European Internet Trends of Today and Tomorrow, publicado pela Microsoft, «o consumo de Internet em 2010 será, em média, de 14,2 horas por semana ou mais de 2,5 dias por mês, em comparação às 11,5 horas por semana ou 2 dias por mês, para a TV(3). Estas estimativas reflectem as constantes mudanças na forma como utilizamos o conteúdo de TV. A televisão deixou de ser uma experiência de transmissão unidireccional, passando a ser uma experiência de ligação bidireccional e fornecida através de banda larga para vários ecrãs: TV, PC e telemóvel.»

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7.4.09

"Jornalismo irreconhecível"

‘Próxima geração terá jornalismo irreconhecível’, Jonathan Mann, jornalista e âncora da CNN (Link, 6/4)

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Um jornalista preocupado com o jornalismo

Entrevista com João Mesquita (via SJ, 12/3): «Verifica-se, hoje, uma nova escalada contra o jornalismo – pelo menos como eu o entendo –, que exige de nós, jornalistas, uma reflexão, sobretudo nas redacções, onde não há a discussão que havia e é necessário que haja. As redacções pensam pouco, agem ainda menos, e as direcções e as administrações, que julgam poder falar por nós, só pensam no lucro imediato, nem no lucro futuro pensam”. Palavras de João Mesquita, numa entrevista que revela o modo como viveu e exerceu a sua profissão. A entrevista foi realizada no âmbito do projecto Perfil Sociológico do Jornalista Português/ISCTE, a publicar, e conduzida por José Luiz Fernandes, em Janeiro de 2007.

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Primeiro-ministro processa opinião (act.)

Ferreira Fernandes, Processar uma opinião é como tentar caçar o vento (DN, 5/6): «Há cerca de um mês (a 3 de Março), João Miguel Tavares escreveu uma crónica, neste mesmo espaço que agora ocupo, que começava assim: "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina."

«Na altura, essa primeira frase pareceu-me anzol fracote para engatar leitura. Uma das funções dos primeiros-ministros é mesmo "apelar à moral na política." E sobre José Sócrates, que eu aqui já considerei o melhor primeiro-ministro que tive (aliás, errando, porque me esqueci de Georges Pompidou), não acho que tenha sido feita até agora qualquer prova de que, em matéria de moral em política, ele seja exemplo relevante de faltoso. Sócrates tem legitimidade para apelar, tem. (...)

«Voltando à frase inicial de João Miguel Tavares, achei-a tão vaga que se sustentava na monogamia de Cicciolina, pessoa de quem conheço pouco, estando nesse pouco o seu casamento com Jeff Koons. Se, ao menos, comparasse com Zsa-Zsa Gabor, de quem conheço nove casamentos, convencer-me-ia a continuar a leitura; assim, abandonei-a, o que é raro quando leio João Miguel Tavares, um bom cronista.

«Soube, esta semana, que ele foi processado por José Sócrates e por causa da tal crónica. Agora fui lê-la toda. Fiquei a saber que a crónica espelhava-se na frase inicial: "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina." Isto é, toda aquela crónica é opinião. Opinião. João Miguel Tavares, para quem os apelos de Sócrates à moral na política não são convincentes, di-lo: não são convincentes. Mal seria se não o pudesse dizer.

«É pena José Sócrates não me ter pedido a opinião. Eu teria dito ao primeiro-ministro tudo o que há para dizer sobre processar uma opinião: "Essa agora!"»

Rui Tavares, Tavares & Tavares (Público, 6/4): «Ao processar João Miguel Tavares, o primeiro-ministro comete um erro táctico, um erro político, um erro pessoal e - acima de tudo - um erro moral.

«Um erro táctico, porque a matéria é subjectiva e indecidível em tribunal. O que João Miguel Tavares acha, com razão ou sem ela, é que José Sócrates não tem credibilidade quando fala de certos assuntos. Não é um tribunal que pode decidir que João Miguel Tavares passe a admitir credibilidade onde não a vê, ou que não escreva sobre isso. E é francamente disparatado um primeiro-ministro discutir a sua credibilidade com um cronista através dos tribunais.

«Um erro político, porque o processo contra João Miguel Tavares confirma - ainda antes do tribunal - os defeitos que a crónica apontava ao primeiro-ministro. José Sócrates era acusado de só querer que se falasse do caso Freeport nos seus próprios termos; processando o cronista, José Sócrates reforça essa acusação.

«Isto é um grave erro pessoal. No caso inicial todas as suspeitas são indirectas. Há, por exemplo, um tipo que diz que entregou dinheiro a Sócrates; nada prova que não tenha sido esse tipo a ficar com o dinheiro. No "caso sobre o caso" as suspeitas são de que há pressões para que se encerre o assunto. Agindo como agiu, José Sócrates contribui para que essas segundas suspeitas "colem".

«O que escrevi até aqui relaciona-se com o lado político do caso. Mas o aspecto moral é mais grave. O erro de percurso do político preocupa-me menos do que o pecado contra a liberdade de expressão. Vindo do primeiro-ministro, este pecado acaba por infectar toda a cadeia de comando e degradar a qualidade da democracia que temos. Há valores mais altos do que a ofensa que o primeiro-ministro possa sentir; um deles é o direito de não ter medo de ofender os poderosos.
É pois uma vitória amarga para o cronista que, ainda antes do processo começar, o primeiro-ministro tenha já confirmado o essencial da crónica.»

João Miguel Tavares, Belisquem-me, que eu devo estar a sonhar (DN, 7/4): «Como é do conhecimento público, José Sócrates decidiu processar-me por difamação, devido a um artigo de 3 de Março em cuja primeira frase o seu nome coabitava com o de Cicciolina. Por muito tentadora que possa parecer a ideia de ir a tribunal discutir tangentes entre o primeiro-ministro e a ex-deputada italiana, há que fazer justiça ao engenheiro Sócrates e ao escritório de advogados do dr. Proença de Carvalho e esclarecer que fui processado por muitas frases desse artigo, mas nenhuma delas inclui antigas estrelas de cinema pornográfico. Lamento pôr em causa tanta criatividade textual e visual que saiu em meu auxílio na blogosfera, mas opiniões são opiniões - e factos são factos.»

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3.4.09

Se existisse um regulador dos media a sério...

José António Saraiva a Maria Flor Pedroso (RTPN, 3 Abril, Hora de Fecho) : «Nós recebemos várias pressões directas (do poder político) sobre as manchetes que publicámos e íamos publicar no SOL».

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Mais "razões insondáveis" na TDT

Airplus desiste da Televisão Digital Terrestre paga (Agencia Financiera, 3/4): "A Airplus, candidata à Televisão Digital Terrestre (TDT) paga que perdeu para a Portugal Telecom, desistiu de usar a via judicial para contestar a decisão que dá preferência à operadora de Zeinal Bava. E vai extinguir-se em Portugal.

"Esta foi a reacção da empresa depois de se saber que o Tribunal Administrativo de Lisboa (TAL) entendeu, no âmbito da providência cautelar, não suspender a execução das decisões finais sobre o concurso para a plataforma pay-tv da televisão digital terrestre (TDT).

"«Apesar de a acção principal não ser afectada e de a Airplus poder recorrer desta decisão do TAL, a Airplus decidiu não o fazer. É tempo de o projecto TDT poder seguir o seu rumo, sem constrangimentos ou incógnitas judiciais», refere a empresa.

"A Airplus elogia ainda a sua oferta para o referido concurso e lembra que saiu vencedora em quatro dos sete critérios de avaliação que, no entender da mesma, são «os mais importantes»: qualidade e diversidade dos canais, conteúdos portugueses e interoperabilidade de plataformas.

"«Por razões insondáveis, viu-se preterida na escolha final, pelo que entendeu dever recorrer à via judicial com vista à sua suspensão e impugnação», acrescenta, sublinhando que, uma vez que o Tribunal Administrativo de Lisboa decidiu, porém, negar a suspensão requerida, «a alegação da Airplus só poderia ser regulada na acção principal (de impugnação), com uma previsível espera de dois ou mais anos»."

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Institucionalização da corrupção (act.)

Renúncia de Domingos Névoa é «vitória» contra a corrupção (Sol online, 3/4): "O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, disse hoje que a renúncia de Domingos Névoa à presidência da Braval «é uma vitória para quem quer combater a corrupção»

"«É uma vitoria para os que, como o BE, João Cravinho, Manuel Alegre e tantas pessoas de opiniões diferentes, consideraram a nomeação um insulto à democracia e aos portugueses», afirmou, em declarações aos jornalistas, no centro da cidade de Braga."

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«Provocação e incentivo à corrupção» (TVI24, 2/4): "Manuel Alegre está indignado com a nomeação de Domingos Névoa, condenado por corrupção, para presidente de uma empresa intermunicipal.

"A nomeação de Domingos Névoa é uma «falta de respeito pelos valores do PS», afirmou esta quarta-feira à «TVI» Manuel Alegre, acrescentando ainda em seguida que «é uma provocação e incentivo à corrupção».

"O deputado socialista explicou à «TVI» sentir-se indignado com a atitude dos autarcas - do PS, PSD e CDS-PP - que elegeram Domingos Névoa, já condenado em tribunal por corrupção, como administrador da empresa intermunicipal Braval, de tratamento de resíduos sólidos."

Sá Fernandes escreve a Sócrates, Ferreira Leite e Portas (TVI24, 2/4): «Vereador lisboeta exige repúdio à nomeação de Domingos Névoa para empresa intermunicipal. O vereador da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes enviou uma carta aberta aos líderes do PS, PSD e CDS-PP a apelar que repudiem a nomeação de Domingos Névoa para uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos sólidos, refere a Lusa.»

PCP: nomeação de Domingos Névoa é «inaceitável» (TVI24, 2/4): «Jerónimo de Sousa não quer condenado por corrupção à frente de empresa intermunicipal».

Ferreira Leite repudia nomeação de Domingos Névoa (Sol online, 2/4): "A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, criticou hoje o presidente da Câmara Municipal de Braga, o socialista Mesquita Machado, pela eleição de Domingos Névoa para a presidência da empresa intermunicipal Braval.

"No final de uma visita a um centro comunitário na freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, Manuela Ferreira Leite foi questionada pela comunicação social sobre a eleição do empresário da Bragaparques Domingos Névoa, que em Fevereiro foi condenado por corrupção, para presidente da administração da Braval.

"«Reajo criticando veementemente o presidente da Câmara Municipal de Braga, que é o accionista maioritário da empresa e em relação ao qual os nossos vereadores na câmara já reagiram», declarou a presidente do PSD."

PS critica nomeação de Domingos Névoa (DN online, 4/2): «A direcção nacional do Partido Socialista considera "profundamente criticável" que Domingos Névoa, condenado por corrupção no caso Bragaparques, assuma agora a direcção da Braval, declarou à Lusa o dirigente Augusto Santos Silva.»

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RTP1: há mais política para além do centrão (seguem os foguetes...)

«Num ano caracterizado por uma forte intensidade politica, a RTP decidiu alargar o comentário político com um espaço semanal de 15 minutos, após o Telejornal, de confronto de opiniões e ideias - “ANTES PELO CONTRÁRIO”. Os quatro protagonistas de “ANTES PELO CONTRÁRIO” são personalidades representativas de correntes de pensamento e de organizações económico-sociais diferentes. Neste espaço o moderador, pivô do Telejornal, e dois analistas, comentam os acontecimentos mais relevantes de âmbito nacional e internacional da semana.» Sextas, 21h00: Site do programa: Antes Pelo Contrário

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1.4.09

Institucionalização da corrupção passa ao lado

Democracia portuguesa está "doente"(CM, 1/4): «João Cravinho está preocupado com a "saúde" do sistema democrático português, ao estranhar que o apenas o Bloco de Esquerda (BE) se tenha manifestado contra a nomeação de Domingos Névoa para a presidente da Braval, uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos.

«Domingos Névoa, administrador da empresa Bragaparques, foi recentemente considerado culpado no processo de tentativa de corrupção ao vereador da Câmara Municipal de Lisboa José Sá Fernandes e condenado ao pagamento de uma multa de mil euros.»

Não só se estranha que apenas o BE se tenha referido ao assunto, como mais ainda se estranha que os próprios media estejam a passar ao lado desta gravíssima institucionalização da corrupção pelo regime. Petição online.

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Uma dívida do tamanho do défice (de serviço público)

Conselho de opinião da RTP preocupado com possível nova degradação económica da empresa (Sol online, 1/4): "Lembrando que um dos problemas da RTP é o «elevado grau de endividamento» que, em 2008, rondava os 880 milhões de euros, o conselho de opinião considerou que «os resultados operacionais, ainda que ligeiramente positivos [8,8 milhões de euros], constituem apenas uma componente sem expressão face ao resultado financeiro da empresa».

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"TV pública mas a sério"

TV pública mas a sério (Joel Neto, DN, 1/4): « (...) É isto a RTP2 - e devia provavelmente ser isto toda a RTP. Melhor: toda a televisão pública. Como a PBS nos EUA ou a TV Educativa no Brasil. O problema é que Os Grandes Livros partilha o edifício com o Preço Certo e a Prova de Amor. E sobretudo que o Preço Certo e a Prova de Amor canibalizam quase sempre os programas com que convivem, resumindo séries como Os Grandes Livros ou A Guerra a uma iniciativa de vez em quando.»

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Situacionismo (via Abrupto)

ÍNDICE DO SITUACIONISMO (84): DOIS MUNDOS


A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.

Não posso deixar de chamar a sua atenção sobre a forma como os noticiários da noite abriram hoje. Veja : RTP / SIC . Nem parece que se estão a referir ao mesmo assunto, não é?

(Miguel)

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