24.4.09

Sócrates ataca TVI (act.)



Sócrates: Jornal Nacional é um "telejornal travestido" feito de "ódio e perseguição pessoal" (JNegócios, 22/4): «Na entrevista que concedeu ontem à RTP, o primeiro-ministro adiantou que tem o direito de processar quem me injuria e acusou o Jornal Nacional da TVI de sexta-feira de ser um espaço de caça ao homem e um telejornal travestido feito de ódio e perseguição pessoal.»

Manuela Moura Guedes processa Sócrates (TVI24, 22/4): "A jornalista Manuela Moura Guedes vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação na sequência de acusações de José Sócrates ao «Jornal Nacional» da TVI, feitas na entrevista à RTP, disse esta quarta-feira a própria à Agência Lusa."

Moniz avança com queixa contra Sócrates (TVI24, 22/4): "«O director-geral da TVI confirmou, esta quarta-feira, durante o Jornal Nacional, que já avançou para os tribunais com uma queixa contra José Sócrates. «Já avancei para os tribunais com uma queixa contra José Sócrates, não impedindo outros jornalistas de o fazerem também», revelou." Ver vídeo.

Sócrates já processou nove jornalistas (Expresso, 18/4, via CJ): «O primeiro-ministro não aceita bem as notícias e comentários dos media sobre o caso Freeport e já processou nove jornalistas: cinco da TVI, três do “Público” e um do “Diário de Notícias”. Os processados não parecem muito preocupados. Manuela Moura Guedes afirma não se sentir pressionada. José Manuel Fernandes, director do “Público”, diz que o processo «é uma forma de coacção sobre o jornal», mas que não lhe tira o sono. João Miguel Tavares entende que Sócrates tem todo o direito de o processar, tal como ele tem o direito de criticar o primeiro-ministro. Entre os juristas há opiniões desencontradas sobre o fundamento para processos desta natureza. Não é novidade e em alguns casos as opiniões mudam em função das famílias políticas».

Manuel Falcão, A Esquina do Rio/Entrevista: (Jornal de Negócios, 24/4): "O discurso do primeiro-ministro transmitido pela RTP na passada terça-feira resumiu-se a um exercício de propaganda em matéria política e económica e à afirmação de ameaças relativamente ao caso Freeport. Pelo meio ficaram verdadeiras pérolas, como a de considerar como absolutamente normal tratar as opiniões de jornalistas como calúnias passíveis de perseguição criminal. É verdade que existe uma campanha negra em Portugal - mas é a que o primeiro-ministro move contra quem o critica, é a campanha negra do Governo contra a liberdade de expressão e de informação, que foi levada ao extremo quando José Sócrates, no exercício do cargo de primeiro-ministro se armou em crítico de televisão e analista de comunicação e atacou os noticiários de um canal de televisão pelo simples facto de reportar factos que lhe são pessoalmente incómodos. Nos tempos que correm, temos um primeiro-ministro que persegue notícias e opiniões publicadas na imprensa e persegue os seus autores, ao mesmo tempo que se veste de vítima. Hugo Chávez, com quem Sócrates tem uma boa relação, também se incomodava com uma estação de televisão e, para resolver o problema, mandou encerrá-la. A cobardia política anda sempre de mãos dadas com a intolerância."

Judite de Sousa: "Não faria entrevista" se Sócrates não falasse do Freeport (DN, 24/4)

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