11.4.09

Ai Portugal, Portugal...

João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, critica as grandes obras públicas anunciadas pelo Governo, pois considera que este não é o momento e estes projectos necessitam de capital intensivo e não de mão-de-obra. Veja aqui o vídeo do programa A Cor do Dinheiro, da RTPN.

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Joaquim Ferreira do Amaral, Em nome do bom senso (Diário Económico, 04/04/09): «A questão das chamadas grandes obras públicas continua a estar na ordem do dia. Em especial o anunciado TGV preocupa muita gente e com boas razões.

«Há muito que manifesto uma opinião muito crítica sobre a oportunidade do projecto. Que aliás formei quando me encontrava ainda em funções governativas. Bem sei que isto já foi há muito tempo, mas de então para cá os dados que foram sendo conhecidos e os persistentes apertos das finanças públicas não me fizeram mudar de opinião.

«Ao longo de vários governos, quer fossem aqueles com quem tinha afinidade política, quer aqueles com os quais não tinha, fui sempre dizendo o mesmo: embarcar no projecto TGV representava um erro grosseiro que pela sua dimensão teria graves repercussões no futuro do país.»

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Crise financeira é mais um motivo para suspender grandes obras públicas (TSF, 30 SET 08): «O antigo ministro das finanças, Luís Campos e Cunha, considera que a crise financeira nos Estados Unidos veio dar-lhe mais um argumento para defender algo que já tinha sugerido.»

«Para dar mais fôlego às finanças do país e prepará-las para o futuro, Luís Campos e Cunha pensa que o governo devia suspender as grandes obras públicas que projecta construir nos próximos anos.»

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Grandes obras públicas sem dinheiro (Agência Financeira, 2008/10/07): "Daniel Bessa expressou apoio às últimas posições de Ferreira Leite. O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), assume a mudança no seu discurso ao defender um Estado orientador da economia.

"No programa Prós e Contras, na RTP, citado pela «Rádio Renascença», Francisco Van Zeller admitiu não haver dinheiro para as grandes obras públicas, «porque o crédito internacional não existe e o crédito nunca seria nacional».

"Francisco Vanzeller apresentou uma nova postura, ao concordar com o Professor Marcelo de Rebelo Sousa no que diz respeito ao liberalismo: «vale a pena fazer ainda menos de liberalismo» e «o Estado, provisoriamente, pode orientar a economia».

"«Mais vale refazer o programa todo (das grandes obras públicas)», isto porque «as empresas que concorreram a essas obras, já reconheceram (as dificuldades financeiras) e já estão a dialogar com o Governo porque não têm capacidade de se endividar», afirmou o presidente da CIP.

"O socialista Daniel Bessa, por seu lado, expressou apoio às últimas posições de Manuela Ferreira Leite ao afirmar que «tudo o que exige dinheiro está comprometido».

"O pessimismo não difere muito de Francisco Vanzeller, visto que «o que está em causa é não haver dinheiro»."

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