31.1.06

Sindicato dos Jornalistas contesta 'manipulação' da ERC

SJ contesta manipulação partidária na escolha dos membros da ERC (Comunicado da Direcção, de 27 de Janeiro): "O Sindicato dos Jornalistas considera que, a confirmarem-se as notícias vindas a público sobre a escolha concertada - pelo PS e pelo PSD - do quinto elemento do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), está posta em causa "a transparência e o rigor do processo exigidos pela Lei e pela decência política".

(...)

"d) A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República deve avaliar de imediato a transparência e o rigor do processo exigidos pela Lei e pela decência política;

"e) Na eventualidade de se confirmarem as suspeitas que impendem sobre o processo, a eleição marcada para 2 de Fevereiro deve ser cancelada e os elementos propostos devem apresentar a sua resignação à candidatura."

O SJ já havia tomado uma outra posição relativa à ERC no passado dia 24: "SJ sugere questões para o Conselho Regulador da ERC".

Morangos com (e sem) Açúcar

Via Indústrias Culturais/Palavras Soltas. Via DN: "A ficção é uma responsabilidade" (João Lopes).

Ainda a questão da independência da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC)

Uma nota que penso que merece alguma reflexão. Qual a legitimidade do Estado, como importante proprietário de meios de comunicação social (RTP, RDP, Lusa), enquanto "regulado", portanto, nomear os reguladores das suas próprias empresas? Mais: que legitimidade em nomeá-los, tendo tido eles funções relevantes, ou sendo funcionários, desses mesmos meios de comunicação social do Estado?

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Obrigado ao Provedor do DN

Agradeço ao José Carlos Abrantes o destaque que deu ontem, no DN ("Sobre a entidade reguladora"), à Carta Aberta aos Provedores.

Concordo com a sua observação final (de que outras personalidades haverá). Noto, no entanto, que no meu entendimento um regulador sectorial deve ser equilibrado, na sua constituição, com pessoas de elevado e inquestionável mérito público, independentes dos partidos e dos grupos económicos e de media, e, seguramente, com académicos "seniores" que conheçam as grandes questões da Comunicação Social, como sucede com um conjunto alargado de professores catedráticos, investigadores coordenadores, associados com agregação, que estudam a área da Comunicação Social nas universidades do Estado (outros também nas privadas) e nos quais o erário público investe em formação, nalguns há quase 30 anos, mas que, aparentemente, pelos vistos, não têm perfil para a nobre função de regular o sector da Comunicação Social...

The end of TV

The end of TV as we know it: A future industry perspective (IBM Institute for Business Value study): "Television has an inspiring past, ripe with innovation and popular culture influence. Since its coming of age mid-20th century, generations of TV viewers happily embraced their broadcast experience. For the industry, making a connection with consumers was a pretty straightforward, one-to-many experience...until recently."

Three challenges for Europe’s ICT and media industry

A “Triple Play” for Europe (Viviane Reding): "It is in this sense that I call for a political Triple Play for Europe to allow Europe’s digital economy to catch up with its competitors. This political Triple Play must consist in my view of three elements: Innovation, Investment and Integration." Traduzindo para português (pouco) corrente, o que Viviane quer é um 'triple play' para o sistema de media centrado em três palavras-chave: mercado, mercado e mercado. Com a Cidadania à espera, a Europa vai ter também que esperar...

TV Digital no Brasil: difícil escolha

Viviane Reding de DVB-T ao peito. E ainda: TV digital: emissoras se desentendem sobre sistema japonês. Um conflito nos bastidores mostra que não há consenso entre as redes de TV sobre o padrão de TV digital. Desentendimento no governo pode atrasar TV digital. Entretanto... Empresas fazem coalizão para escolha de TV digital.

Soljenitsyn escreve para TV aos 87 anos

29.1.06

Carta Aberta aos Provedores do Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias

Caros Provedores,

Suponho que está na agenda pública, política e mediática, com carácter de prioridade, o tema da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC).

Digo suponho, porque, ao ler a imprensa, em geral, não consigo ver essa prioridade com total evidência. Mas, nem por isso o tema deixa de ser absolutamente prioritário, designadamente pelo seu elevado interesse cívico, político e mediático.

Nestes últimos dias, tanto quanto consegui acompanhar, em termos de grande imprensa – e, em particular, quanto às questões da cooptação do último membro do Conselho Regulador e da Presidência do novo regulador da Comunicação Social –, o tema começou por ser referido pelo Diário de Notícias e pelo Correio da Manhã, depois pelo Público. Não vi referência no Jornal de Notícias, no Expresso deste fim-de-semana tão pouco.

A questão fundamental, quanto à matéria, é agora o que envolve o ‘quem’ – isto é, quem (como, quando, etc.) é que os membros já propostos pelo PS e PSD para o Conselho Regulador designarão como “cooptado”? (Artº 17º - “Cooptação” - da "Lei que cria a Entidade Reguladora para a Comunicação Social", do Anexo "Estatutos da ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social").

A 26 de Janeiro, aquando da audição dos membros indigitados pela Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da AR, o Diário de Notícias, referia:
“Nenhuma boca se abriu para revelar o nome do quinto elemento da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), mas uma coisa é certa, será ele o presidente do novo conselho regulador que irá substituir a Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) em Fevereiro.”

No mesmo dia 26 de Janeiro, no entanto, o Correio da Manhã avançava:
“Azeredo Lopes é o último nome que faltava para fechar o conselho regulador da entidade (ERC) que controlará os media. A escolha do professor universitário terá sido acertada ao mais alto nível político, apurou o CM”.

Ora, sabe-se que só no próximo dia 2 de Fevereiro a Assembleia da República aprovará os primeiros nomes propostos por PSD e PS para o Conselho Regulador, a saber: Estrela Serrano, Rui de Assis Ferreira, Elísio Cabral de Oliveira e Luís Gonçalves. E estes é que cooptarão o 5º membro…

Sabe-se também, pela Lei (Artº 17º - “Cooptação” - da "Lei que cria a Entidade Reguladora para a Comunicação Social", do Anexo "Estatutos da ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social"), que “1 - No prazo máximo de cinco dias contados da publicação da respectiva lista na 1.ª série-A do Diário da República, os membros designados reunirão, sob convocação do membro mais velho, para procederem à cooptação do quinto membro do conselho regulador.” E “2 - Após discussão prévia, os membros designados devem decidir por consenso o nome do membro cooptado.”

Aparentemente, portanto, antes ainda de a Lei o permitir, o que a imprensa diz é que alguém "ao mais alto nível" já o havia decidido. É o que resulta da leitura das diferentes notícias.

Acrescentava o Público de 27 de Janeiro, no texto intitulado "Azeredo Lopes é o presidente da Entidade Reguladora" que “O nome de Azeredo Lopes, formalmente cooptado pelos restantes membros, foi objecto de negociação entre os dois maiores partidos parlamentares”. A frase contradiz-se a si própria e provavelmente quer referir-se a alguma reunião informal – e não formal – dos membros indigitados.

Donde se extrai, em função das notícias, que antes ainda da reunião formal dos indigitados, como impõe a Lei, já existe nome para a Presidência do Regulador, personalidade assim previamente acordada entre os líderes do bloco central, nome que aparenta ainda, por coincidência ou não, estar consensualizado entre os indigitados. O Correio da Manhã – que tem dado a este caso uma atenção maior que os diários de referência – chega mesmo a escrever que “o nome foi ‘sugerido’ pelo PS e PSD e não ‘imposto’”.

Ora, o facto é que, como resulta da Lei, o nome em causa teremos que sabê-lo rigorosamente da boca dos indigitados, após a reunião que virão a ter até cinco dias depois da publicação em DR da sua nomeação.

E vamos sabê-lo, certamente, com total transparência de procedimentos, honrando a República e o Regime.

Honrando também os cidadãos deste país, que depositam alguma esperança nesta ERC, findos largos anos de ‘desertificação’ do regulador e de uma quase inexistente monitorização do sector da Comunicação Social em Portugal.

Presume-se assim, legitimamente, que na reunião a realizar pelos membros indigitados, para a escolha do 5º membro (cooptado), vários nomes de personalidades de prestígio do sector estejam sobre a mesa, apresentados pelos próprios membros indigitados, como se infere da Lei.

Que a par dos nomes, estejam os seus Curricula, actualizados, de preferência, para que a decisão seja o mais consciente e informada possível.

Que esses nomes e esses curricula sejam devidamente discutidos e analisados pelos membros indigitados.

Que os diferentes nomes discutidos e a análise e eventual seriação que daí resultar, fique narrada em Acta (que, naturalmente, deverá ser depois divulgada aos media), na salvaguarda da total transparência que se exige para este processo de elevada importância para a Comunicação Social portuguesa, o mesmo é dizer, para o País.

Da seriação, presume-se que surgirá o convite à(s) personalidade(s) em causa. Este é, aliás, um procedimento absolutamente normal em entidades como o Conselho de Opinião da RTP, e também o foi no da RDP, conselhos de reduzidas competências vinculativas, ao contrário, naturalmente, da ERC, que é um regulador sectorial. Donde, por maioria de razão, se exige aqui um procedimento de grande rigor, de absoluta transparência. Só assim será, como deve ser, incensurável.

Sem querer desenvolver muito mais esta questão (pretendendo apenas dar algumas pistas para uma melhor cobertura e esclarecimento do caso por parte dos media), gostaria de acrescentar o seguinte: há em Portugal um conjunto de personalidades que, na minha opinião, não podem estar afastadas à partida deste processo de selecção. Refiro-me, nomeadamente, aos catedráticos e académicos que trabalham, alguns há 3 e 4 décadas, no (e sobre o) sector. Correndo o risco de esquecer alguns colegas, e embora não tendo procuração deles, permitam-me que aqui os nomeie:

Professores Catedráticos de Ciências da Comunicação:

Adriano Duarte Rodrigues (Universidade Nova de Lisboa)
António Marques (Universidade Nova de Lisboa)
Nelson Traquina (Universidade Nova de Lisboa)
João Sàágua (Universidade Nova de Lisboa)
Aníbal Alves (Universidade do Minho)
Moisés de Lemos Martins (Universidade do Minho)
António Fidalgo (Universidade da Beira Interior)

Outros Professores da área, de elevados méritos públicos:

José Manuel Paquete de Oliveira (ISCTE)
José Rebelo (ISCTE)
José Bragança de Miranda (Universidade Nova de Lisboa)
Manuel Pinto (Universidade do Minho)
Mário Mesquita (ESCS)

Mas muitos outros professores e investigadores de grande mérito se têm destacado na área das Ciências da Comunicação e da Comunicação Social nos últimos anos, sobretudo no quadro dos investigadores doutorados. Temos algumas dezenas de académicos e investigadores de grande mérito na área, a nível nacional, e seria importante – e natural – que muitos deles tivessem os seus CV’s em cima da mesa, pelo menos em cima da mesa dos membros indigitados, na altura da discussão e da decisão sobre o membro cooptado.

Esperemos que assim seja, em nome da 'meritocracia' e não tanto da 'partidocracia' ou dos grupos de interesses, e em nome também da total transparência de procedimentos, garante elementar da própria independência da ERC e da sua futura credibilidade.

E permitam-me ainda referir que, ao contrário do referido membro cooptado ‘avant la lettre’, segundo a imprensa, nenhum dos nomes por nós sugeridos é, tanto quanto é público, como Azeredo Lopes, especialista em “assuntos internacionais”, nem tão pouco terão colaborado estrategicamente com o gabinete do Ministro Morais Sarmento, o que porventura, quem sabe, poderá ser uma inultrapassável desvantagem. É o que importará também apurar.


Caros Provedores do Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias,

Como certamente concordarão, as questões que aqui invoco são questões de Cidadania, de transparência, de lisura de procedimentos, de interesse público e da sua rigorosa ‘pilotagem’ e agendamento por parte dos media.

A narrativa mediática que até agora nos chegou sobre todo este caso, é muito insuficiente, contraditória e, portanto, preocupante.

Um Regulador fragilizado pelo anátema da falta de independência, é sempre um regulador permissivo e dificilmente imporá o seu programa mínimo face aos elevados objectivos e desígnios que a Cidadania exige do seu sistema mediático e mais em particular do seu sistema público mediático (julgamos que a Lei também é solidária nesta matéria, mas tem porventura alguma letra morta).

Longe de nós pensar que é essa fragilidade, um tanto cinicamente, o secreto desejo dos media ao se descartarem da investigação jornalística devida, procurando com isso deixar que as coisas mudem de fachada, para que tudo fique na mesma. Mas fica sempre a suspeita.

Solicito-vos assim o vosso melhor empenho no sentido de contribuírem para um mais cabal esclarecimento das questões aqui enunciadas, ainda algo obscuras, e também de procurarem incentivar, dentro das vossas competências, os profissionais dos órgãos que têm servido de forma empenhada (com relevantes serviços prestados por parte dos actuais e anteriores provedores), a trazerem até nós uma informação clara, contextualizada, aprofundada, em particular, portanto, sobre o processo de constituição da Entidade Reguladora da Comunicação Social.

A imperiosa necessidade de uma ERC forte, independente e desassombrada dos espectros que sobre ela já pairam, assim o exige.

Resta saber se ainda vamos todos a tempo de evitar o paradoxal risco, sempre possível neste sector – e com alguma tradição neste país, diga-se de passagem – de acabar por ver os regulados (por vezes associados à tutela) a pilotar o próprio regulador e não, justamente, o contrário.

Vosso,
Francisco Rui Cádima

28.1.06

IPTV: só tu nos salvarás do 'lixo' generalista?

La télévision sur le point d'entamer sa révolution IP: "A l'occasion du salon TVoDSL organisé à Paris, les géants des TIC ont présenté les nouvelles plates-formes de la télévision de demain. Elle sera IP et personnelle, ou ne sera pas."

EUA querem Brasil com sistema ATSC de TV Digital

Americana ATSC diz que seu padrão de TV Digital é o melhor: "Os detentores do padrão americano (ATSC) de televisão digital ainda tentarão convencer o governo brasileiro de que seu sistema pode atender aos requisitos exigidos pelo governo brasileiro para implantação da TV Digital no País." Ler também: Os Estados Unidos vão oferecer ao Brasil contrapartidas comerciais e financeiras para convencer o governo a adotar o padrão norte-americano de TV digital.

Réformer la télévision publique

26.1.06

ERC: atingida à nascença a sua independência? (outro título possível: quem já tem saudades da AACS?)

Diz o CM que a ERC já tem o elenco completo: Acordo: PS e PSD completam lista de conselheiros. Azeredo Lopes na ERC.

Revendo a Lei promulgada pelo Presidente da República - "Lei que cria a Entidade Reguladora para a Comunicação Social", sobretudo o Artigo 4.º - Independência - do Anexo "Estatutos da ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social" lê-se o seguinte: "A ERC é independente no exercício das suas funções, definindo livremente a orientação das suas actividades, sem sujeição a quaisquer directrizes ou orientações por parte do poder político, em estrito respeito pela Constituição e pela lei."

No Artigo 17.º - Cooptação -, o legislador aprovou o seguinte: "1 - No prazo máximo de cinco dias contados da publicação da respectiva lista na 1.ª série-A do Diário da República, os membros designados reunirão, sob convocação do membro mais velho, para procederem à cooptação do quinto membro do conselho regulador"; 2 - Após discussão prévia, os membros designados devem decidir por consenso o nome do membro cooptado." Note-se que a respectiva lista ainda não foi à AR para ser aprovada...

A ser verdade o que diz o CM estamos perante uma situação extremamente grave: a cooptação aparece previamente orientada pelos líderes do bloco central, retirando a quem de direito essa decisão, descredibilizando desde logo a própria ERC e ferindo ainda a autonomia, a dignidade e a independência dos membros já indigitados, ontem presentes na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Se a ERC começa 'instruída' desta maneira, se na sua origem está já uma grave ilegalidade de procedimentos, se para a presidência está já indicado pelo poder político, contra os próprios estatutos, um estimado colega universitário especialista em "assuntos internacionais", se..., se..., se..., que nos resta a nós, cidadãos deste país, senão rezar aos santinhos para que iluminem os nossos líderes, Sócrates & Mendes, de modo a que este seu, porventura, inestimável afã de pilotar o regulador não os desgaste demasiado, fazendo-nos ter saudades da AACS e da sua proeminente desregulação dos regulados...

Tergiversações do Serviço Público de Televisão (1)

Relembrar um artigo de João Soares Louro, ‘Não subestimem o serviço público de TV’, publicado no DN, de 11/5/2002:

"A RTP aguentou até 1993, sensivelmente, a concorrência dos novos operadores privados, mas não se reposicionou nem soube criar uma estratégia que marcasse fortemente a sua vocação de serviço público. Envolveu-se, de forma menos perspicaz, na "guerra das audiências", nas respostas à "contraprogramação"; tergiversou em matéria de conteúdos; não soube capitalizar a sua experiência de muitos anos; assustou-se; procurou muitas saídas e nenhuma.”

Outras 'Tergiversações do Seviço Público de Televisão' se seguirão, ainda na continuação da leitura do livro Televisão e Cidadania (Coord: Manuel Pinto).

Aprender a ver TV - da infantil ao secundário

Cinco centros docentes de Lugo enseñan a ver la televisión: "El proyecto audiovisual en las Aulas 'Au2005' se aplicará este año en 20 nuevos centros de enseñanza Infantil, Primaria y Secundaria que se suman a los 40 participantes en las dos ediciones anteriores, para formar a los escolares en materia audiovisual y, con la nueva fase que comienza, pretende enseñar a los alumnos a ver la televisión".

Television a love-hate relationship

TVE apoia cinema espanhol

La télévision politique était faite pour des moments de cette nature

"La télévision politique était faite pour des moments de cette nature": Président de la Public Sénat, Jean-Pierre Elkabbach analyse la diffusion des auditions de la commission d(23/01/2006) d’enquête sur «les dysfonctionnements de la justice dans l'affaire dite d'Outreau et les moyens d'éviter leur renouvellement» sont intégralement filmées et diffusées par les chaînes LCP-Assemblée nationale et Public Sénat et sur leurs sites Internet. Une première historique en France, dont se félicite Jean-Pierre Elkabbach.

Las cadenas de TV trasladan a las cocinas la batalla por las audiencias

25.1.06

Novos reguladores criticam RTP

TV Digital e resistências políticas latino-americanas

Mobile DTV Alliance

Reuters: "Mobile phone giant Nokia has teamed up with other technology firms to promote the DVB-H technology standard for mobile TV (...). Other firms in the alliance include Intel Corp., Motorola, Texas Instruments and Modeo. The tie-up, called the Mobile DTV Alliance, aims to encourage open standards for TV broadcasts to mobiles, focusing on the North American market. DVB-H (Digital Video Broadcasting - Handheld) technology bypasses mobile networks and broadcasts directly to handsets from TV masts, allowing millions of phone users to access the service at the same time."

Télévision sur ADSL

TELEVISION SUR ADSL : un foyer sur 6 en 2005: (...) Un foyer sur six reçoit désormais un bouquet de chaînes via sa connexion internet. Par ailleurs, relève l’étude, près de la moitié des internautes se disent prêts à quitter France Télécom, jugeant l’offre de téléphonie proposée par leur FAI suffisamment fiable." Entretanto: 30 canais de TV por 7 Euros por mês... "Ce bouquet est accessible gratuitement aux internautes à condition de souscrire un abonnement au service MaLigne TV, qui donne accès à la télévision sur ADSL moyennant 7 euros par mois."

Comunismo chinês rende-se à TV

La compagnie chinoise «Great Wall Industry» et la Corporation chinoise de Communication de satellite (ChinaSat) ont signé un contrat vendredi 20 janvier à Beijing pour placer en orbite le satellite ChinaSat 6B, capable de transmettre 300 chaînes de télévision.

México: Ombudsman, precisa-se

Ombudsman para vigilar a la televisión: "Televisa tiene, a su vez, más de 30 concesiones para radio. Lo que significa que el poder audiovisual y de estaciones de radio está en poquísimas manos y su abuso de poder ha llegado hasta a desafiar al Congreso federal, al Poder Judicial y Ejecutivo, porque a través de sus medios han llegado al golpismo contra esos funcionarios. Televisa y TV-Azteca son intocables. El presidente de la República en turno, desde el priísmo al panismo, les temen y prefieren contemporizar con ese superpoder a cambio de que en sus noticieros y demás actividades radiofónicastelevisivas los elogien y nunca sean objeto de críticas."

24.1.06

A TDT (e a PT) que se cuidem...

Boom annoncé de la télévision numérique en Europe (Reuters): "L'économie numérique européenne sera dominée d'ici 2010 par les services basés sur la télévision, révèle une étude qui estime qu'à la fin de la décennie 60% des foyers la recevront via internet. La prochaine génération de services télévisés devraient générer plus de 100 milliards d'euros d'investissements, dont 100.000 nouveaux emplois, selon le cabinet d'études en stratégie et technologie Booz Allen Hamilton." A long terme, les gagnants seront les acteurs qui offriront aux consommateurs le 'triple-play', c'est-à-dire l'internet, la télévision et la téléphonie à partir du même canal et à des coûts avantageux".

La investigación internacional sobre televisión digital

La investigación internacional sobre televisión digital, texto de Fernando Tucho, com referências bibliográficas.

TC: 'Continuam a existir falhas em matéria de fiscalização do Serviço Público de Televisão''

AUDITORIA À RTP – Seguimento das Recomendações formuladas pelo Tribunal de Contas em 2002 (Dezembro 2005):

"(...) no tocante às suas missão e obrigações de programação revela carência de objectivos ou metas quantificáveis, isto ao nível da concessão geral e da especial. Neste contexto, refira-se que é intenção do Governo tal como consta no seu Programa ‘rever o actual contrato de concessão de serviço público de televisão’ tendo em vista quantificar as obrigações de programação e estabelecer critérios de avaliação ‘de forma a fixar exigentes padrões de qualidade’. Acresce, ainda, aliás que não se constata qualquer referência a tempos obrigatórios a cumprir, ou a percentagens de certo tipo de programas relativamente ao geral da programação. Assim, não é, por exemplo, possível aferir de forma objectiva, o seu cumprimento pela concessionária, nem a sua correcta fiscalização exterior, tanto mais que a compensação financeira do Estado deverá corresponder à contrapartida do cumprimento efectivo das obrigações de SPT pela empresa."

Quanto ao controlo do SPT

"Ao nível do controlo do cumprimento do contrato de concessão, continuam a existir falhas em matéria de fiscalização do SPT, não obstante, em termos formais, o novo contrato prever a celebração de um Protocolo entre a RTP e a IGF para assegurar o controlo do cumprimento das obrigações de SP, bem como os respectivos fluxos financeiros associados. Em Novembro de 2005 ainda não tinha sido outorgado. O actual contrato revela-se também omisso quanto a poderes fundamentais de controlo estratégico do concedente, nomeadamente os relativos à modificação unilateral do contrato, ao sequestro, à rescisão e ao resgate, sendo certo, que a dualidade de papéis do Estado face à empresa (accionista e concedende) influi negativamente este tipo de disposições contratuais, com a agravante, de o Estado poder a qualquer momento impor alterações unilaterais do contrato à concessionária, bastando para tal deliberar em Assembleia-Geral da RTP nesse sentido. Nesta fase, os mecanismos de controlo implementados têm-se consubstanciado, fundamentalmente, na elaboração de documentos avulso, com base nas orientações da tutela." (...)

"A ausência de pareceres de entidades com responsabilidades para aferir do cumprimento efectivo das obrigações qualitativas de serviço público revela as lacunas ainda existentes quanto ao sistema de controlo do contrato de concessão de serviço público."

Serviço Público francês: 5 mil horas de documentários em 2006

Patrick de Carolis, PDG de France Télévisions (serviço público francês): "France Télévisions est à la fois le premier investisseur et le premier diffuseur de documentaires, qui sont, à mes yeux, le symbole de notre action en faveur d'une télévision publique associant qualité et audience". France Télévisions diffusera, sur ses quatre chaînes, 5 000 heures de documentaires en 2006. Le groupe public prévoit d'investir 71,5 millions d'euros en 2006 (+11 % par rapport à 2005), dont : FRANCE 2 : 20,5 millions d'euros (+4,2 millions d'euros); FRANCE 3 : 19 millions d'euros (+ 1 million d'euros); FRANCE 5 : 28,7 millions d'euros (+1 million d'euros).

22.1.06

La “telebasura” (o telelixo): un fenómeno social preocupante

La “telebasura”: un fenómeno social preocupante, de Manuel Parés i Maicas: "La tarea es muy ardua: educadores, intelectuales y líderes de opinión, por una parte, y gobernantes y políticos, por otra, tienen una importante responsabilidad ante ellos mismos. En una palabra, es un problema que afecta a nuestra sociedad civil y nadie puede escapar de tener una clara conciencia sobre la gravedad del problema. (...) Hago votos para que se consiga una autorregulación efectiva que sea respetada por todos los actores implicados."

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RTP: 50 anos de História, 50 anos de desencontros com 'o que está a acontecer'

A RTP está a pouco mais de um ano do seu cinquentenário. Nestes quase 50 anos de história destaca-se sobretudo a regular instrumentalização da RTP, a mais recente submissão da estratégia informativa à 'ditadura das audiências' e, em regra, a imagem de um falso estiolamento cultural e cívico da sociedade portuguesa.

Até 1974, sob a batuta de Salazar e Caetano. Do 25 de Abril à AD, com um controlo desmesurado, por vezes surreal, por vezes absurdo, quer do PC, quer da esquerda revolucionária. Durante a AD e nos governos do ‘bloco central’, primeiro com Cunha Rego e depois com Proença de Carvalho, a RTP foi submetida a um dos momentos mais negros da sua história em matéria de controlo político da informação. Antes das privadas, com Cavaco Silva, os tempos do PSD e do Governo (do PSD) no Telejornal, superavam mais de 50% do total do tempo do sistema político-partidário, incluindo o referente aos parceiros sociais.

De Cavaco para cá, na era da concorrência, a manipulação, ou o controlo mais grosseiro, dão lugar a formas não menos problemáticas de agendamento e alinhamentos televisivos, a saber: a actualidade trágica, os múltiplos telelixos informativos, os acidentes e as catástrofes, histórias pessoais do foro criminal que os jornais tratam como 'breves', o fogo como espectáculo, os fait-divers, os telejornais de 1 e mesmo 2 horas de duração ‘enchidos’ como chouriços, etc., etc.

Uma estratégia informativa que se instalou nas TV’s generalistas (e mesmo nas temáticas) como uma para-Censura, na medida em que, através destas práticas burocráticas, protocolares e miméticas, através do ‘jornalismo sentado’ e da via aberta aos porta-vozes oficiais e ao mundo do futebol, foi-se continuando a excluir aquilo que verdadeiramente ‘está a acontecer’, substituindo o valor-notícia da virtude civil, da experiência social e da Cidadania, pelo ‘infotainment’, pelo tabloidismo e por vezes mesmo pelo sensacionalismo.

Instituiu-se assim um modelo - que está aí - mais determinado pelos ‘people-meters’ do que pela ética do jornalismo e de antena. Pelo que, esta ‘comunicação’ serve, sobretudo, para a dissimulação da informação.

É altura, pois, de trazer este (dito) 'jornalismo' à razão, levando a RTP, o Serviço Público de Televisão, a erradicar esta estratégia perversa, de modo a recusar definitivamente o país do 'people meter', adoptando as boas práticas da ética profissional e do desígnio do jornalismo cívico e de serviço público, e começando a olhar, através de um olhar verdadeiramente à altura dos homens, para Portugal e para a sua pulsão de futuro. Não será tarefa fácil. Mas essa é a sua missão, é afinal essa a dimensão maior do jornalismo, a sua grande responsabilidade social.

La audiencia infantil en España

"La audiencia infantil en España. Cómo ven los niños la televisión", de José Ramón Pérez Ornia y Luis Núñez Ladevéze: "El presente artículo muestra los resultados de recientes investigaciones en España dedicadas a indagar el uso que los telespectadores infantiles hacen de la televisión y medir “la cantidad y calidad de la programación infantil”. El trabajo pone de manifiesto una escasa preocupación por parte de los programadores por la audiencia infantil: faltan contenidos adecuados a las necesidades de los niños y programas emitidos en horarios razonables."

21.1.06

Serviço Público de Televisão como prática de Cidadania, ou o desafio histórico da ERC

Televisão e Cidadania – Contributos para o debate sobre o serviço público, livro coordenado por Manuel Pinto (2005), com participação alargada da equipa da Universidade do Minho é, sem dúvida, uma obra que se desejaria na 'mesa de cabeceira’ dos novos reguladores. Nos próximos dias deixaremos aqui algumas notas e citações desta obra de grande importância, que ajudaria naturalmente à ‘descoberta’ do Serviço Público da Televisão por parte da RTP, sendo certo que “(…) uma reforma profunda do serviço público de televisão implica uma mudança radical daquilo que foi a RTP: do seu modo de gestão e funcionamento, dos seus conteúdos, do seu modo de encarar os telespectadores”.

O Serviço Público de Televisão, de facto, ou se configura globalmente, na sua programação e na sua informação, como uma prática de Cidadania, tal como exige o seu Contrato de Concessão, ou jamais encontrará o seu caminho. Ao fim de 50 anos de história, é mais do que tempo de exigir que a RTP1 vá ao encontro desse caminho, através de uma inequívoca Ética de antena e de um inequívoco Serviço Público prestado aos Cidadãos deste país.

Esta é sem dúvida uma tarefa prioritára da nova ERC (Entidade Reguladora da Comunicação), a par de um licenciamento exigente e uma rigorosa monitorização das TV's privadas. Os primeiros 15 anos pós-liberalização estão perdidos. Importa agora recuperar o tempo perdido sem tibiezas. Ou a ERC ganha este desafio, ou não terá sentido histórico.

The Ofcom Review of Public Service Broadcasting (PSB) Television

Ofcom has completed its review of Public Service Broadcasting. Relevant documents are listed below.

Digital Local - Options for the future of local video content and interactive services Research Published 19/01/06

Ofcom review of public service television broadcasting Phase 3 - Competition for quality Consultation published: 08/02/2005

Project Terms of Reference Published 11/05/05

Presentations from PSB seminar Seminar 2 December

Speech to Westminster Media ForumOfcom Review of Public Service Broadcasting Ed Richards, Senior Partner, Strategy & Market Developments

Live audiocast: Ofcom review of public service television broadcasting: Phase 2 - Meeting the digital challenge Webcast streamed live from Riverside House on 30 September 2004

Ofcom review of public service television broadcastingPhase 2 - Meeting the digital challenge Original consultation document Consultation published: 30092004 Consultation closed: 24/11/2004

Public service broadcasting: Statements of programme policy and self-assessment reviews Original consultation document

Ofcom review of public service television broadcasting (PSB) -Phase 1
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Ofcom reports The Ofcom review of public service broadcasting (PSB) television

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20.1.06

Sobre a estratégia de programação da RTP1

A ler: "Estratégias de programação das televisões públicas de Espanha e Portugal", artigo de Fernando Sabes Turmo (Prof. da Universidade Autónoma de Barcelona), na última Trajectos (Out. 2005): "TVE1 e RTP1 são dois claros exemplos de televisões públicas de carácter comercial e desenvolvem uma luta diária pela audiência em concorrência directa com as televisões privadas, ainda que, no caso da portuguesa, não esteja definido como objectivo ocupar o primeiro lugar no ranking de audiências. À luz deste conceito, definem as suas grelhas de programação e oferecem-nas aos telespectadores na expectativa de alcançar o maior público possível, esquecendo, por vezes, nessa ânsia de conquistar audiências, a função de serviço público entendida como oferta alternativa e cultural."

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Diffusion obligatoire de TF1, M6 et TMC sur la télé par ADSL?

A Directiva TSF ou a "Ley del Fútbol a la europea"

El Mundo: "La reforma de la directiva comunitaria de 'Televisión Sin Fronteras' incluye en su anteproyecto, presentado por la Comisión Europea el pasado diciembre, garantías para la emisión en abierto en territorios de la UE de los eventos considerados de interés general, lo que el especialista de PriceWaterhouseCoopers (PWC), Raúl Rubio, comparó con una "Ley del Fútbol a la europea".

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19.1.06

Habemos Papa!

Entidade Reguladora eleita a 2 de Fevereiro. Uf!, a paróquia já tem governo... À porta já estão certamente as tradicionais queixas hiper-paroquiais de todos os ofendidos pelos pasquins regionais. O Audiovisual que espere... Queira o altíssimo que nos enganemos ou, não havendo uma Alta Autoridade para o Audiovisual, os novos reguladores perder-se-ão entre as minudências impressas e dificilmente impedirão o audiovisual público e privado de continuar a reinar... sem rei nem roque. Esforço hercúleo. Fica a esperança: 15 anos depois da liberalização da Lei da Televisão em Portugal, será agora que o Estado de direito chega ao audiovisual e se vai iniciar uma regulação séria e exigente da TV pública e privada?

A 'salvação' da TV

Bispos franceses procuram salvar canal católico de Televisão... Mas não foi Você (Igreja) que pediu insistentemente uma TVI/Quatro em Portugal? Cadê ela? Ah, foi vendida a americanos, colombianos e agora a espanhóis... Estou a ver... Internacionalismo católico, com certeza.

Greenpeace rendida à Pub

18.1.06

'Televisão é mesmo mentira?'

Alex Possendoro, colunista, cidadão brasileiro: "(...) E nós lá: discutindo TV. Até hoje eu não vi Justiça mandar fechar escola pública porque aluno fuma maconha na classe. Porque professor tem que dar aula de porta aberta porque senão é ameaçado de morte. Porque a escola não tem condições mínimas de ensinar nada a ninguém. Porque tá faltando livro na biblioteca. Porque não tem biblioteca... Deixa a escola pra lá. Ela tá lá, quietinha, vamos discutir a TV, né? Tente conversar com um professor da rede pública de ensino - ele te conta coisas que vc não acredita...Olha: se discutíssimos mais a educação, quem sabe um programa como o do João Kleber sequer existiria. Ou, se existisse, iria durar pouquinho, pois ninguém iria assistir...Quer saber de uma coisa: desliga esta TV e vai ler um livro!"

Opinião da EPTIC

Por uma TV Globo pública (01/02/2005) - Murilo César Ramos

TV pública, diversidade e financiamento (28/02/2005) - Valério Cruz Brittos

Globo 40, comemoração e frustração (29/04/2005) - Valério Cruz Brittos

98 Tiros de Audiência

Lendo Televisão: "(...) Já os autores de dramaturgia muitas vezes pegam carona na curiosidade do público por suas novelas. Aguinaldo Silva, por exemplo, recentemente relançou o livro Prendam Giovanni Improtta – publicado há 20 anos com o nome de O Homem que Comprou o Rio –, por conta do sucesso do personagem do ex-bicheiro interpretado por José Wilker em Senhora do Destino. Este ano Aguinaldo se prepara para lançar um livro de ficção que aborda os bastidores da televisão: 98 Tiros de Audiência. “Ele se passa nas coxias de uma novela das oito. Vai dar ibope”, brinca o autor."

'Telespectador comandará TV digital'

itvt.com

How Ofcom may interpret the meaning of...

Consulta Ofcom: «This consultation invites stakeholders to comment on Ofcom’s proposal to issue new guidelines on how Ofcom intends to interpret the existing regulatory conditions that apply to those operators of digital TV platforms that are required to provide access to Conditional Access, Access Control and Electronic Program Guide technical services on regulated terms. Ofcom has adopted the term “Technical Platform Services” (“TPS”) to jointly describe these technical services and refer to such regulated providers as a “TPS Provider”.»

Sony launch Media Center

Angola: exploração de TV a concurso público

TC 'regula' a RTP...

Tribunal de Contas pede melhoria do serviço público de televisão. Já que o regulador sectorial nunca o fez, que venha então o Tribunal de Contas fazê-lo: "(...) O TC deu hoje seis meses ao conselho de administração da RTP e ao accionista Estado para a apresentação de medidas que permitam melhorar o controlo da qualidade do serviço público, que considera (...) existem 'algumas carências' ao nível do estabelecimento de metas quantificáveis na programação"...

O 'adCenter Incubation Lab' da Microsoft, ou a melhor prenda de Natal de Viviane Reding

As coisas que a TV pode fazer... (à China)

Grupo PRISA rendido ao 'milagre da multiplicação dos ratings'

"TVI: Prisa em Lisboa para acção de formação - Moniz ensina fórmula". Percebe-se que a TVI tenha alguma coisa para ensinar em matéria de estratégia de programação comercial. O mesmo não se aplica em matéria de informação... Quando esta se submete àquela, quem perde é o jornalismo.

17.1.06

Viewers spent more on TV

TV in the bedroom halves your sex life

Afinal de que é que os media precisam?

Será que 'os media «precisam de menos restrições»', conforme diz Pinto Balsemão? Ou será que os media precisam sim de ser repensados na sua ética jornalística, na sua ética de antena e na sua responsabilidade social? Recorde-se Werner Meier, «MEDIA GOVERNANCE. A VALUABLE INSTRUMENT FOR RISK DISCOURSE ON MEDIA CONCENTRATION?».

Como a RTP ajuda a ‘enterrar’ este País

O Jornal da Tarde de hoje, no melhor tom sensacionalista, editou na abertura o tema do homicida barricado no Sobral de Monte Agraço.

Meia hora depois, às 13:32 (!), deu duas notícias de grande relevância para o País:

- uma sobre um projecto da Microsoft - ‘Tecnologia e Inovação’, que pretende ajudar a combater o desemprego através da formação. Nos termos do programa vão receber formação de competências básicas em TIC 3 mil funcionários do sector têxtil do Val do Ave, que se encontram desempregados;

- outra, sobre o investimento da IKEA numa fábrica de Ponte de Lima, que gerará centenas de empregos na região.

Os editores do Jornal da Tarde continuam assim empenhados em ‘esconder’ nos alinhamentos o que é importante para Portugal e dar notoriedade de abertura a qualquer ‘breve’ do foro criminal que lhes caia na secretária.

Quem continuará interessado em ‘pagar’ este 'serviço' anti-jornalístico, ‘anti-serviço público’ e anti-patriota da RTP?

Novos livros

Novos livros (via blogue Jornalismo e Comunicação): A Tragédia Televisiva, de Eduardo Cintra Torres e Jornalismo, Grupos Económicos e Democracia, de Fernando Correia.

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Para que os Media possam fazer (ainda) alguma coisa pela Ideia de Europa (e pela UE)

Amanhã, no ISCTE, pelas 11 horas, na Ala Autónoma, Auditório António Silva Leal, defesa da tese de mestrado "A Imagem da Administração Europeia na Imprensa Escrita Portuguesa - um estudo de caso sobre o Alargamento ds UE". Para se perceber um pouco melhor as razões da crise da Europa e das crises da Cidadania.

Duas citações para que os Media possam fazer (ainda) alguma coisa (por si próprios), pela Ideia de Europa (e pela UE):

“Se os jovens ingleses escolhem classificar David Beckham acima de Shakespeare e Darwin na lista de tesouros nacionais, se as instituições culturais, as livrarias e as salas de concertos e teatro lutam pela sobrevivência numa Europa que é fundamentalmente próspera e onde a riqueza nunca falou tão alto, a culpa é muito simplesmente nossa. Assim como o poderia ser a reorientação do ensino secundário e dos meios de comunicação social, por forma a corrigir esse erro.

(…)

“Com a queda do marxismo na tirania bárbara e na nulidade económica, perdeu-se um grande sonho de - como Trotsky proclamou – o homem comum seguir as pisadas de Aristóteles e Goethe. Liberto de uma ideologia falida, o sonho pode, e deve, ser sonhado novamente. É porventura apenas na Europa que as fundações necessárias de literacia e o sentido da vulnerabilidade trágica da condition humaine poderiam constituir-se como base. É entre os filhos frequentemente cansados, divididos e confundidos de Atenas e de Jerusalém que poderíamos regressar à convicção de que «a vida não reflectida» não é efectivamente digna de ser vivida.”


George Steiner, A Ideia de Europa, Gradiva, Lisboa, 2005



“Para a comunicação jornalística, amplamente centrada sobre as questões nacionais em geral, a Comunidade [a UE] é ainda mais notícia que mensagem”.

Francisco Lucas Pires, A Imprensa e a Europa, Edição de Autor, Lisboa, 1992.

La imagen de la juventud en la publicidad televisiva

Síntese das conclusões do estudo sobre La imagen de la juventud en la publicidad televisiva, de Xavier Bringué, Alejandro Navas e José Javier Sánchez Aranda (Profesores de la Facultad de Comunicación de la Universidad de Navarra), Consejo Audiovisual de Navarra, 2005:

1. La insistencia de la publicidad televisiva en lo juvenil y en el atractivo físico pueden ser perjudiciales.

2. Existe el peligro de que la publicidad televisiva produzca una insatisfacción en la audiencia de efectos perniciosos.

3. La publicidad televisiva recibida acríticamente instala al público juvenil en la superficialidad vital.

4. Puede ser nocivo que los anuncios televisivos vistos por la juventud den excesiva importancia a los elementos de entretenimiento y ocio de la vida humana.

5. Los estereotipos sexuales empleados por los anuncios televisivos resultan inadecuados y no fomentan una cultura de la igualdad y la cooperación entre los jóvenes.

6. Para mejorar la imagen de la juventud en la publicidad televisiva debería haber un compromiso entre los agentes sociales para actuar conjuntamente y fomentar los valores que están ahora seriamente amenazados por los mensajes que se emiten.

Concentração dos Media em França (Rapport Lancelot)

Le Professeur Alain LANCELOT a transmis au Premier ministre, M. Dominique de VILLEPIN, le rapport de la commission chargée d’examiner les problèmes de concentration dans le domaine des médias. Le rapport indique que le paysage médiatique n’a pas atteint un degré de concentration alarmant et propose néanmoins un certain nombre d’aménagements. Le Gouvernement se prononcera sur ceux-ci après une vaste consultation menée jusqu’à fin avril, par M. Renaud DONNEDIEU DE VABRES, Ministre de la culture et de la communication, visant à concilier la défense du pluralisme et la nécessité de constituer des entreprises pluri média puissantes.

Les problèmes de concentration dans le domaine des médias, rapport de la commission Lancelot.

Remise du rapport Lancelot, communiqué de presse sur le site du Premier-ministre, 13 janvier 2006.

La concentration dans les médias me fait peur (sondagem NouvelOBS): (80.8%); m'indiffère: (8.7%); est inévitable (10.6%). Nombre de votants : 6505.

16.1.06

'Modernizações' do Audiovisual europeu, ou a cegueira endémica da União Europeia

Modernising the TV without Frontiers directive; TV without Frontiers: Commission proposes modernised rules for digital era TV and TV-like services. Full text of the proposed Directive (English, German, French).

A verdade é que enquanto a UE não der inequívoca prioridade à qualidade dos conteúdos e a uma estratégia para a Cidadania europeia nos media, no audiovisual em particular, isto é, enquanto a sua obsessão for, como tem sido de há 20 anos a esta parte, dar prioridade ao 'económico' remetendo o 'cultural' para um obscuro e falso protagonismo, coloca o próprio projecto europeu eu causa (a prova tem estado à vista, aliás). As graves crises que a União Europeia tem vivido nos últimos anos, pode agradecê-las muito em particular às Televisões públicas dos Estados membros, que precisam que se lhes comece por explicar, por exemplo, e mesmo com 20 anos de atraso, o que é isso da 'Ideia de Europa'... O problema é que não é apenas isso que lhes é preciso explicar...

15.1.06

'Serviço Público', em Euros

O esplendor da RTP, João Lopes, no DN; Teatro, Televisão, Memória (só assinantes), Eduardo Cintra Torres, no Público.

Bocage, a RTP e a questão do 'Serviço Público'

Titula o CM: "Azar em noite de sexta-feira, 13. Bocage estreia fora do top": "‘Bocage’ teve azar na noite de estreia, anteontem, sexta-feira, 13. O primeiro episódio da série histórica, protagonizada por Miguel Guilherme, não conseguiu posicionar-se entre os 20 programas mais vistos do dia: apenas cerca de 440 mil pessoas assistiram à estreia na RTP 1, registando-se um ‘share’ de 15,9%."

Comparando com as audiências das séries da TVI, este parece um valor menor. Mas se compararmos com as melhores 'audiências' de sempre do cinema português, em sala, 440 mil telespectadores é quase o dobro dos mais altos valores de sempre...

De facto, há uma certa 'paranóia' quando se fala neste país de audiências e de serviço público de televisão. Em vez de se exigir qualidade e rigor à RTP pede-se, de certa maneira, o seu contrário: mais e mais público. Se há uma margem nessa relação que é possível conquistar, a verdade é que o serviço público existe acima disso, para ser uma referência para a Cidadania. E quanto mais se afirmar consistentemente e coerentemente nessa matéria, mais e mais público ganhará. O problema é que a RTP tem 50 anos de história de inconsistência e de incoerências graves em matéria de serviço público de televisão, e não pode querer que o Milhão de telespectadores que tem com O Preço Certo em Euros (um programa que não tem nada de 'Serviço Público', bem pelo contrário) passe depois para a série histórica da noite, ainda por cima com Bocage a começar às 22h59! (horário anunciado pela RTP: 22h15, já de si muito tardio).

Trocando por miúdos: ou a RTP começa dedicada e humildemente a formar Cidadãos neste país, com um Serviço Público de qualidade, reconhecido por um Regulador forte e exigente e por uma opinião pública competente nesta matéria - e identificar-se-á com o que todos ambicionamos para o futuro deste país -, ou prefere manter, diariamente, num slot fundamental para a afirmação da estratégia de qualidade e de diversidade da programação (a que, aliás, o Contrato de Concessão obriga), uma grelha 'comercial' que começa no Preço Certo em Euros, prossegue com um Telejornal-'mealheiro' de 1 hora de duração e continua com um suporífero 'Cofre', todas elas razões que 'tilintam', mas que não cumprem a lei e a concessão de serviço público de televisão.

Informação da TVI a 'entrar nos eixos'?

"A sobriedade fica melhor", texto de Paulo Miguel Madeira, a propósito da nova informação da TVI, no Público de sábado (não editado online): "(...) além da apresentação percepcionam-se outras alterações. O noticiário de tragédias pessoais está mais ausente. E os assuntos de interesse mais geral - também ditos 'sérios' - passaram a comandar."

Concentração dos media em França

'Serviço público ou não?'

Perguntas de Emídio Rangel no CM.

BT lança TV móvel

O CSA e a discriminação na TV francesa

CSA: (...) "les conventions des chaînes privées de télévision comportent désormais une stipulation aux termes de laquelle les éditeurs s'engagent 'à ne pas encourager des comportements discriminatoires en raison de la race, du sexe, de la religion ou de la nationalité ; à promouvoir les valeurs d'intégration et de solidarité qui sont celles de la République ; à prendre en considération, dans la représentation à l'antenne, la diversité des origines et des cultures de la communauté nationale'. (...) "Compte tenu de la nature de leurs programmes, il (CSA) veille notamment à ce que la programmation des services de radio et de télévision reflète la diversité de la société française, étant observé que le terme de 'programmation' devrait être entendu dans son sens le plus large, comme incluant notamment les politiques d'achat et de production de programmes".

14.1.06

'Adolescentes percepcionam realidade através da televisão'

JN noticia tese de mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade Católica de Lisboa, de Sónia Carrilho. Em inquérito a 1093 alunos, concluiu que 78% têm conhecimento do mundo por este meio de comunicação.

13.1.06

RTP1 não emitiu Comunicação ao País do PR porque tinha no ar essa tristeza chamada O Preço Certo em Euros!

Jorge Sampaio falou ao país às 19h50 (sobre o caso do dia - PGR vs. 24 Horas), mas a RTP1, ao contrário da SIC, por exemplo, não emitiu em directo esta Comunicação. Estava no ar O PREÇO CERTO EM EUROS - um programa que, como todos sabemos, nada tem a ver com 'Serviço Público de Televisão'. Deve ser qualquer coisa muito superior para a RTP1, para se sobrepor à Comunicação ao país do Presidente da República... Muito lamentável - e absolutamente inaceitável - esta RTP1.

SOPCOM: 'Erros graves do CRUP'

DN: "(...) Contestando a divisão que é efectuada nos estudos especializados em áreas ligadas às Ciências da Comunicação - como é o caso do Multimédia e Cinema que ficaria adstrito às Artes e Humanidades - os responsáveis da SOPCOM garantem que o projecto de designações "origina alguns erros graves de apreciação, que comprometem seriamente o interesse da proposta, um vez que é em diferentes aspectos nociva às Ciências da Comunicação e ao seu desenvolvimento futuro". Se é assim, assino por baixo. Ver também "Bolonha e o desvario no Ensino Superior", no blogue Jornalismo e Comunicação.

Descobrir a necessidade (em Portugal, claro) de um Conselho Audiovisual

E em Espanha: Razones (de Victoria Camps) para un consejo audiovisual: "En el año 1993 fui elegida senadora y se me nombró presidenta de una comisión para el estudio de los contenidos televisivos. La comisión se creó a instancias de una moción presentada por el Partido Popular, especialmente preocupado entonces por la violencia en la televisión. El fruto de nuestro trabajo fue un informe en el que se instaba a la urgente creación en España de un Consejo Audiovisual. Habíamos descubierto: primero, que los consejos audiovisuales existían; segundo, que España era el único país europeo que carecía de un organismo de ese género."

'Two-thirds of TV viewers cut the sound during commercials'

Television: Counting The Eyeballs: "In the TiVo Age, Mad Ave is turning to services that explain which ads work By some estimates , channel-surf, or skip them altogether because they are annoying or irrelevant. In fact, if TV commercials were subjected to ratings the way TV programs are, most would be canceled faster than Martha Stewart's The Apprentice."

Rangel 'Acorrentado'

Emídio Rangel ao Semanário Económico: "(...) A Globo negociou com a Endemol o programa B.B. para o Brasil e, no mesmo pacote, negociou mais reality shows que pudessem ser usados em Portugal (na SIC). Um deles foi os “Acorrentados”. A partir daí o ciclo foi de conflito e culminou com a minha saída." (...)

E sobre as acusações de Mário Soares à comunicação social: "Já vi coisas na SIC, em termos de tratamento jornalístico estrito, que me deixam dúvidas. Comparo as notícias de um acontecimento sobre Mário Soares na RTP e na TVI e houve ocasiões em que vi que o assunto foi mal tratado pela SIC. Custa-me dizer isto, porque não tenho os dados suficientes para fazer um juízo definitivo sobre esta matéria, mas pude constatar isso antes mesmo de Soares se ter queixado. E não é nada que me cause admiração quando me ponho a especular politicamente sobre esses assuntos. Portanto, penso, em última instância, que alguma coisa se passa."

Anatel fará consulta pública sobre TV a cabo

O Globo: "A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União, consulta Pública com a 'Proposta de Planejamento do Serviço de TV a Cabo e Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS)' - por microondas. As contribuições poderão ser enviadas a agência até o dia 27 de março."

Report on Television Access Services (Ofcom)

A revisão da Directiva TSF e o VOD

"Vidéo « à la demande » et vidéo « quasi à la demande » : quelle différence ? Ces deux modes de diffusion font partie intégrante du vocabulaire du législateur européen, qui tâche de les distinguer au sein de deux textes : la directive 89/552/CE du 3 octobre 1989 dite « télévision sans frontières »1 et la directive 98/34/CE du 22 juin 1998 dite « transparence »2. À la lecture de ces directives, la distinction entre vidéo « à la demande » et « vidéo quasi à la demande » n'est cependant pas toujours aisée." Para especialistas em matéria jurídica: «La vidéo 'quasi à la demande' : plutôt 'pas à la demande' qu' 'à la demande', de Anne-Catherine Lorrain (ver Juriscom).

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La langue à la télévision québécoise: aspects sociophonétiques

«Suivi de la situation linguistique », estudo de Kristin Reinke (Université technique de Berlin), em colaboração com Luc Ostiguy (Département de français de l’Université du Québec à Trois-Rivières). "L’étude cherche à décrire les comportements linguistiques réels observés dans ce média au Québec et à vérifier dans quelle mesure la télévision québécoise diffuse un modèle de français standard."

Boicote na RTC de Cabo Verde

La télévision capverdienne boycotte la campagne électorale. Praia, Cap-Vert, 11/01 - Les journalistes et cameramen de la Radio-Télévision du Cap-Vert (RTC) ont décidé de boycotter la campagne actuelle pour les élections législatives du 22 janvier afin de réclamer le paiement d`un supplément financier spécial.

12.1.06

TV's que elevam o volume de som dos anúncios...

AE (Brasil): Projeto quer multar TV que elevar volume em comerciais: "Sua TV aumenta o volume durante os intervalos comerciais? Apesar de muitas redes negarem qualquer oscilação no som da transmissão durante o intervalo comercial, acaba de chegar à Câmara projeto de lei que pretende acabar com isso. Segundo a proposta, de autoria do deputado Ivo José (PT-MG), as emissoras de rádio e TV que elevarem o volume de suas transmissões durante os comerciais poderão ser cassadas."

Uma área que necessita também de enquadramento específico em termos de Lei da TV e de Código da Publicidade, com a devida monitorização em Portugal, onde é patente este abuso.

Ofcom shores up indie TV quotas

BBC News: "Media watchdog Ofcom has said it will continue to regulate independent TV production as the area will not be ready to run itself in the medium term".

As TV's também se 'deslocalizam'

11.1.06

Les "psys" peu convaincus des vertus de la télévision pour bébés

Le Monde: "L'argument selon lequel on offre aux petits des programmes spécialement conçus pour eux me semble assez pervers. Cela ne fait que leur rendre la drogue encore meilleure", souligne Stéphane Clerget".

Latinoamerica Television no DirecTV (USA)

DirecTV: "Latinoamerica Television (LTV), the first channel designed for South American Hispanics living in the United States, will make its debut on the DIRECTV PARA TODOS® programming service on Jan. 10, 2006. New Channel Offered by DIRECTV and ALTERNA'TV Brings Country-of-Origin Content to South Americans Living in the U.S."

Pode ser que as TV's generalistas aprendam qualquer coisa com as TV's online...

CM sobre a TV online do Alentejo: "(...) jornalismo imparcial e plural marcado por postura positiva e enérgica sobre as nossas coisas será a principal 'obsessão' da TV Alentejo."

A SIC promete um grande salto qualitativo na informação

Diz Alcides Vieira ao DE que a SIC promete um grande salto qualitativo na informação. Bem precisa, de facto, e nós estamos cá todos para apoiar...

Soares e Cavaco: 'não' a debates na Rádio...

10.1.06

A AACS e a discriminação da pré-campanha para a Presidência da República

Comunicado muito 'soft' da AACS, de 4 de Janeiro de 2006, sobre a cobertura da pré-campanha para a Presidência da República: "Tendo verificado que, concluído o processo de oficialização das candidaturas a Presidente da República se regista uma manifesta discriminação retrospectiva da cobertura dada aos diferentes projectos eleitorais em presença, a Alta Autoridade para a Comunicação Social entendeu dever chamar a atenção dos operadores de televisão para a necessidade de criarem condições que permitam ao candidato António Garcia Pereira expor, de forma mais detalhada, o seu projecto eleitoral, e para a conveniência em adequar a informação eleitoral, na presente fase, ao desiderato de cobertura equilibrada das candidaturas presidenciais." Nem coima, nem sanção específica, apenas uma leve advertência perante factos graves. É por essas e por outras...

O Acordo discriminador (para memória futura)

Acordo a que chegaram as televisões RTP, SIC e TVI e as candidaturas Alegre, Cavaco, Jerónimo, Louçã e Soares quanto aos debates televisivos de Pré-Campanha das Eleições Presidenciais 2006 (de 2005-11-25)

1- Em cada debate participam 2 candidatos e, no conjunto, é dada igualdade de tratamento a todos os candidatos (num total de 10 debates);

2- A distribuição dos vários debates pelas 3 televisões generalistas é da responsabilidade dos respectivos directores de informação;

3- Compete aos mesmos a calendarização dos debates, de acordo com critérios jornalísticos e de programação, e atendendo às posições assumidas pelas candidaturas;

4- Os debates duram 60 minutos úteis em duas partes com intervalo;

5- O início das transmissões ocorre entre as 20H30 e as 20H45 dos dias agendados;

6- Não serão programados comentários nos intervalos;

7- A televisão que realiza um dado debate cede o sinal e os seus direitos gratuitos para eventual retransmissão em directo de rádios e canais internacionais e diferida das outras televisões;

8- Os direitos, com excepção da utilização da imagem dos jornalistas entrevistadores, são igualmente cedidos e nas mesmas condições às candidaturas. As televisões disponibilizam gravações em Betacam SP para todas as candidaturas no dia seguinte a cada debate;

9- O modelo é idêntico em todos os debates, independentemente da televisão que os realiza;

10- Em cada debate intervêm 2 jornalistas e a eles é dada a condução das duplas entrevistas;

11- Compete às televisões a escolha dos jornalistas sendo interditas sugestões por parte das candidaturas. Em princípio, os entrevistadores são: RTP – Judite Sousa e José Alberto Carvalho; SIC – Ricardo Costa e Rodrigo Guedes Carvalho; TVI – Constança Cunha Sá e Miguel Sousa Tavares;

12- Os candidatos são colocados de frente para os jornalistas e a uma distância razoável entre eles e em mesas autónomas;

13- As perguntas são feitas pelos jornalistas;

14- Compete aos jornalistas a selecção dos temas de cada debate, naturalmente relacionados com as eleições presidenciais;

15- Os jornalistas abstêm-se de fazer comentários ou apartes;

16- Os candidatos apenas podem ser interrompidos pelos jornalistas, sem prejuízo do direito a uma réplica da parte do candidato oponente no debate;

17- É feita uma distribuição de tempos para que, em cada uma das 2 partes, seja atribuído um tempo semelhante a cada candidato. Se tal for tecnicamente possível, as televisões disponibilizam nas mesas dos candidatos 2 relógios com os tempos;

18- A gestão do tempo é feita pelos jornalistas segundo o princípio de igualdade de oportunidades para cada candidato;

19- É acordado previamente o candidato a quem é feita a primeira pergunta (ponto 26), assim como a disposição dos candidatos em estúdio (ponto 27);

20- Na 2ª parte a primeira pergunta será feita ao outro candidato;

21- No final do debate, é dada a possibilidade a cada candidato de fazer uma intervenção de fecho, no máximo de 1 minuto de duração, sendo apresentada pela ordem inversa do início do programa;

22- A realização focará sempre, excepto em planos de corte, o candidato que está a intervir e pela totalidade da sua intervenção;

23- A realização pode apresentar planos sobrepostos (em écran dividido) do candidato que não está a falar desde que seja acautelada a igualdade de tempo, nestas circunstâncias, dos dois candidatos em debate;

24- Os cenários dos debates são de conceitos semelhantes independentemente das televisões que os realizam;

25- (seguia-se o) Calendário dos debates (de 5 a 20/12)

26- Em sorteio realizado ficou determinado que a primeira pergunta de cada debate seja feita ao candidato sentado à direita do écran;

27- Ficou também determinado que os candidatos se sentarão nas posições indicadas (direita e esquerda do écran).

Tribunal revoga multa da Alta-Autoridade à SIC

É uma notícia do Público de hoje, embora não seja clara a decisão da revogação: "O Tribunal Judicial de Oeiras revogou uma decisão da Alta-Autoridade para a Comunicação Social (AACS), que, em Agosto do ano passado, aplicou à SIC uma multa de 150 mil euros por causa da emissão do programa O Bar da TV de 15 de Maio de 2001." Já nem nos vale o regulador, nas (poucas) coimas aplicadas...

Soares volta a atacar TV's

Soares volta a atacar capitalismo e comunicação social: "Soares precisou ainda que a prova da falta de isenção da comunicação social são os alinhamentos dos telejornais e «quem se chama para comentador», algo que o fez falar no caso de Silvio Berlusconi, que segundo as suas palavras, conquistou o poder em Itália após dominar a comunicação social." (TSF)

Pela segunda vez (ontem em Setúbal), vi imagens na SIC Notícias e da RTP1 que mostravam um Mário Soares fora de si, muito agressivo para com os media, dizendo agora falar em defesa de todos os candidatos de esquerda. Tenho para mim, sobre quase trinta anos de observação e investigação sobre a TV, que os telejornais não são hoje muito diferentes do que foram no passado, mesmo dum passado em que Soares (ele próprio o reconheceu) os instrumentalizou. A actual agressividade de Soares para com os telejornais, em particular, até se compreende, embora por razões que não exactamente as suas. Soares afirmou, quase colérico, que "de uma maneira geral (os media) não têm sido imparciais - não estou a queixar-me por mim, mas por todos os candidatos de esquerda que têm sido prejudicados".

O facto é que o regime, os líderes políticos e os governantes do pós-25 de Abril não se podem eximir, por um lado, da instrumentalização regular dos media feita ao longo das últimas décadas, e, por outro lado, da falta de monitorização técnico-científica sobretudo dos conteúdos das TV's face à Lei e às atribuições e competèncias em particular do serviço público. A verdade é que a actual campanha que temos nas TV's, a discriminação anti-democrática subscrita por candidatos e operadores, o tom de 'reality-tv' de muitas das peças editadas, o fait-divers, o infotainment predominante e a discriminação negativa do acontecimento, mergulham as suas raízes precisamente nas prácticas políticas do passado e na ineficácia dos reguladores sectoriais que fomos tendo. Soares, nesta matéria, tem certamente responsabilidades que agora, porventura, se voltam contra ele próprio.

¿A quién perjudica una televisión digna?

A ler, a crítica de TV de Jordi Balló (La Vanguardia): "(...) Pero insistir en el momento clave de este proceso en los índices de audiencia como un termómetro fiable de su bondad roza ya la frivolidad más absoluta."

Futebol e serviço público

Almerindo Marques ao DN, desassombrando uma ideia feita: "É evidente que os jogos de futebol são de interesse público, mas não se inscrevem no conceito de serviço público que um operador como a RTP tem de respeitar."

Television habits must change

Telejornal -‘112’

Que melhor abertura do que mais um crime ou mais um acidente? O Portugal-trágico está bem vigiado pelos telejornais. E de tal modo o está, que, depois, não restam repórteres para o que é importante. Ontem, por exemplo, o Jornal da Tarde arrancou com o caso dos GNR’s atingidos a tiro na região de Aveiro (12 horas depois dos factos o JT manda um repórter ao local para filmar a paisagem e meter os pés pelas mãos), continuou com um naufrágio de uma pequena embarcação na zona da Nazaré, idem idem. Provavelmente, se mais fossem as equipas na rua, maior seria o requisitório destes ‘telejornais-112’. Estas peças e estes ‘directos’, que em regra caiem no ridículo, constituem curiosamente a melhor formação para editores e jornalistas. Deveriam vê-las umas poucas de vezes, como que por castigo. Talvez assim se ‘libertassem’ mais rapidamente do plantão de polícia, do sensacionalismo e da actualidade trágica.

Quand le PC aura eu la peau de la télévision

E de novo a famigerada convergência. Libé: "L'édition 2006 du CES (Consumers Electronic Show), le grand salon high-tech de Las Vegas a consacré l'avènement d'une convergence numérique longtemps annoncée".

CES 2006: All about television

tvsquad: A few highlights

9.1.06

Novo e importante alerta sobre os efeitos da TV nas crianças e na sua educação

Importante estudo da Universidade de Otago (Nova Zelândia), intitulado Association of television viewing during childhood with poor educational achievement, realizado ao longo de 30 anos, conclui: "An interesting finding was that although teenage viewing was strongly linked to leaving school without any qualifications, it was earlier childhood viewing that had the greatest impact on getting a degree. This suggests that excessive television in younger children has a long-lasting adverse effect on educational performance".

The Dunedin Multidisciplinary Health & Development Research Unit conducts the long-running cohort study of approximately 1,000 babies born in Dunedin in 1972-73. The Study members have been assessed at birth, at age three, then every two years up to age 15, and again at age 18, 21 and 26 years. The age 32 assessments (2003-2005) have recently been completed, and included a broad range of studies in the psychosocial, behavioural medicine and biomedical research areas. To date over 940 publications and reports have been generated from this ongoing study. The Unit is part of the Department of Preventive and Social Medicine at the University of Otago, and is primarily funded by the Health Research Council of New Zealand.

The study was authored by Dr Robert Hancox, Mr Barry Milne and Associate Professor Richie Poulton of the Dunedin Multidisciplinary Health & Development Research Unit and is published in this month's issue of Archives of Pediatric and Adolescent Medicine.

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