17.1.06

Para que os Media possam fazer (ainda) alguma coisa pela Ideia de Europa (e pela UE)

Amanhã, no ISCTE, pelas 11 horas, na Ala Autónoma, Auditório António Silva Leal, defesa da tese de mestrado "A Imagem da Administração Europeia na Imprensa Escrita Portuguesa - um estudo de caso sobre o Alargamento ds UE". Para se perceber um pouco melhor as razões da crise da Europa e das crises da Cidadania.

Duas citações para que os Media possam fazer (ainda) alguma coisa (por si próprios), pela Ideia de Europa (e pela UE):

“Se os jovens ingleses escolhem classificar David Beckham acima de Shakespeare e Darwin na lista de tesouros nacionais, se as instituições culturais, as livrarias e as salas de concertos e teatro lutam pela sobrevivência numa Europa que é fundamentalmente próspera e onde a riqueza nunca falou tão alto, a culpa é muito simplesmente nossa. Assim como o poderia ser a reorientação do ensino secundário e dos meios de comunicação social, por forma a corrigir esse erro.

(…)

“Com a queda do marxismo na tirania bárbara e na nulidade económica, perdeu-se um grande sonho de - como Trotsky proclamou – o homem comum seguir as pisadas de Aristóteles e Goethe. Liberto de uma ideologia falida, o sonho pode, e deve, ser sonhado novamente. É porventura apenas na Europa que as fundações necessárias de literacia e o sentido da vulnerabilidade trágica da condition humaine poderiam constituir-se como base. É entre os filhos frequentemente cansados, divididos e confundidos de Atenas e de Jerusalém que poderíamos regressar à convicção de que «a vida não reflectida» não é efectivamente digna de ser vivida.”


George Steiner, A Ideia de Europa, Gradiva, Lisboa, 2005



“Para a comunicação jornalística, amplamente centrada sobre as questões nacionais em geral, a Comunidade [a UE] é ainda mais notícia que mensagem”.

Francisco Lucas Pires, A Imprensa e a Europa, Edição de Autor, Lisboa, 1992.
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