31.5.09

A RTPi vista de Bruxelas

Que canais de televisão vê? Que apreciação faz da RTP Internacional? (Público, 30/5):

Ana Gomes (PS):
«SIC-Notícias e demais portugueses, depois de ter conseguido instalar cabo em casa. CNN, BBC-World e Al Jazeera. A RTPi podia ser muito melhor.»

Assunção Esteves (PSD) :
«Às vezes, dava para espreitar o France3. A televisão portuguesa que passa para o estrangeiro não vale a pena. Está longe de ter a qualidade mínima necessária.»

Carlos Coelho (PSD):
«É raro ver televisão em Bruxelas e quando o faço é para ver telejornais (da RTP e estrangeiros).»

Edite Estrela (PS):
«Em relação à RTPi, a minha avaliação é negativa. Quanto aos demais, há de tudo.»

Elisa Ferreira (PS):
«Através de uma parabólica - complexa de instalar -, conseguia ver todos os principais canais nacionais. A RTPi é um veículo importantíssimo de ligação às comunidades portuguesas no estrangeiro e merecia ter uma programação mais cuidada.»

Ilda Figueiredo (CDU):
«O que mais via era a RTPi, canais belgas e franceses. Lamento que a RTPi não transmita mais programas de debate político e de cultura sobre Portugal, a horas acessíveis à generalidade dos emigrantes.»

Jamila Madeira (PS) :
«Os canais locais, para ter uma noção da realidade do país em que estava. Naturalmente, que também acompanhei as noticias portuguesas pela RTPi, que ainda tem uma vertente muito vincada de entretenimento e pouco de actualidade.»

José Ribeiro e Castro (CDS-PP):
«Via sobretudo os canais portugueses e a programação geral da TV Cabo. Depois, nos últimos meses, tive que cortar essa ligação e fiquei apenas dependente da RTPi. É verdadeiramente lamentável o pouco cuidado que a RTP dedica à sua grelha internacional e que já se reflecte também inclusive numa lamentável decadência da RTP-África.»

Miguel Portas (BE):
«Via as notícias da meia-noite. Confirmei a ideia que tinha da RTPi, que dá uma visão da emigração portuguesa parada no tempo, apesar de ser um elo de ligação entre as comunidades e o país. Precisava de levar uma volta radical.»

Paulo Casaca (PS):
«Não vejo muita televisão e quando vejo opto pela BBC e CNN.»

Vasco Graça Moura (PSD):
«Via a RTPi para os noticiários. Não se pode ver mais nada, de tão má que é a programação. E via a TF1, a BBC e a CNN.»

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29.5.09

Thoughts from Robert W. McChesney

My Media Studies - Thoughts from Robert W. McChesney, Television & New Media, Volume 10, Number 1, January 2009, Sage Publications:

«In my new book Communication Revolution (New Press, 2007), I argue that our media and communication systems are in a critical juncture, that the policy decisions and institutional structure put in place in the next few years will likely establish a system that will last for decades, if not generations. I base this argument on an assessment of the history of media, technology, and media policy making, especially in the United States but applicable with conditions elsewhere. Historic moments like these are rare, maybe happening two or three times per century, if that.

«Critical junctures occur when at least two of three developments occur: (a) a revolutionary communication technology that upends the existing media regime; (b) a crisis in legitimacy for media content, especially journalism; and (c) an overall crisis in legitimacy for the social order in which all dominant institutions are subject to heightened criticism and subject to unusually strong and sweeping reform efforts. We certainly have the first two with the digital revolution and the disintegration of journalism. Whether we have a broad period of social upheaval is unclear, but in view of the dramatic increase in social inequality, such a period leading to significant social change is long overdue.

(...)

«We need to genuinely understand media markets — not the irrelevant Milton Friedman nonsense about heroic entrepreneurs in competitive markets with perfect information but the real world of corporations, advertising, government subsidies, corruption, financial speculation, and oligopoly. We need to understand the real world of a political system with woeful public participation and an economy that sucks on the teat of militarism and empire while generating a massive increase in inequality over the past three decades as the infrastructure crumbles. We have to have the courage to go where the truth lies even if it antagonizes powerful people and institutions.

«And most important, we have to think boldly and proactively about what a sane, humane, and democratic media system would look like. We have to come up with proposals, debate them, give and take criticism. We need to study and research alternative models. We need to work across national lines and regard this as a global problem. If we do not take up this challenge, new systems will be built without our input, and probably without much informed public input either. It will be a lost opportunity for our field and for our nation. Not a prospect any of us should wish to consider.»

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28.5.09

Inventários do não-situacionismo

Para verla mejor...

Apagar la TV para verla mejor (El Mundo, 24/5)

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"Babysitter" perigosa

Dos jornalistas que (não) calam

Quem tem medo de Manuela Moura Guedes? (João Miguel Tavares, DN/26 Maio): «As intervenções histriónicas de Manuela Moura Guedes estão à vista de todos, e por isso ela está sujeita a ser criticada da mesma forma que critica. O que não está à vista de todos - e por isso é bastante mais perverso - são os jornalistas que calam, que não arriscam, que se retraem com medo das consequências. O Jornal Nacional tem muitos defeitos, mas pelo menos tem uma independência e uma capacidade de incomodar que advém da mais preciosa das liberdades.»

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25.5.09

David Merrill demos Siftables

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Prémio ZON Criatividade em Multimédia

É o maior Prémio monetário atribuído em Portugal, num concurso multidisciplinar, com o valor global de 200 mil euros, distribuído por três categorias: Aplicações, Conteúdos Multimédia e Curtas-Metragens. O primeiro classificado de cada categoria recebe ainda uma Bolsa de investigação na Universidade de Austin, Texas. Lançado em 2008, numa parceria público-privada entre a ZON Multimédia, a FCT e o ICA, o Prémio revelou-se um verdadeiro sucesso na primeira edição, com mais de 100 candidaturas. O objectivo é continuar promover a inovação e premiar a excelência, contribuindo para o desenvolvimento das indústrias multimédia e audiovisual em Portugal. A ZON visa ainda distinguir trabalhos que reflictam os valores da empresa, nomeadamente, agilidade, inovação, competência, proximidade e diversidade. Candidaturas até 2 de Outubro.

The main threats to Pluralism (or... Pluralism is a virus)

The main threats that were identified (by Independent Study on Indicators for Media Pluralism in the Member States – Towards a Risk-Based Approach) in several domains from a legal/regulatory perspective are:


Basic Domain:


• insufficient legal safeguards to protect freedom of expression;

• the regulatory system contains rules restricting free speech to such an extent that media pluralism is threatened;

• insufficient legal safeguards to protect freedom of information;

• the regulatory system contains restrictions on access to official information;

• when access to the journalistic profession is not open, the regulatory system that prescribes who may practice journalism contains requirements that are not transparent, subjective, disproportionate and discriminatory;

• the regulatory system does not contain guarantees against compulsory disclosure of journalists’ sources;

• the regulatory system cannot guarantee the editorial independence of the media;

• in case of change of ownership, the regulatory system does not grant journalists social protection;

• the regulatory system cannot guarantee access to events for news reporting for journalists;

• the regulatory framework does not sufficiently guarantee the independence of the regulatory and/or competition authorities;

• the media regulator has no effective monitoring and sanctioning power;

• there is no (representative) press council or comparable body monitoring journalistic activities;

• the Member State does not take active measures to promote media literacy among different groups of population.


Pluralism of Media Ownership and Control:


• the regulatory framework cannot prevent undue concentration of ownership and/or control in media (of various kinds);

• the regulatory framework cannot prevent undue forms of cooperation between media companies;

• the competition rules do not take into account specificities of the media sector to the detriment of media pluralism;

• there is no effective monitoring and sanctioning of anti-concentration rules;

• the regulatory framework cannot ensure transparency of ownership/control of media;

• the regulatory and institutional system creates high entry barriers, hampering the entry and impeding the growth of potential new entrants, thereby stifling the market and innovation.


Pluralism of Media Types and Genres:


• absence of or insufficient protection of certain media types;

• absence of or insufficient protection of certain media genres;

• disappearance of some media genres from the free-to-air TV;

• absent or insufficient funding of PSM;

• insufficient engagement of PSM in new media;

• lack of, or unclear, definition in law of the PSM’s remit.


Political Pluralism in the Media:


• the regulatory framework cannot prevent excessive or exclusive representation or promotion of the political beliefs and ideology of the governing party (-ies) in the media;

• the regulatory framework cannot prevent excessive journalist and editorial preference and positive/propagandistic coverage of selected political parties and ideological opinions;

• the regulatory framework system cannot prevent absent or insufficient media representation of particular political or ideological opinions and positions in society, including minority or legal but extremist ideas on the political spectrum;

• the regulatory framework does not guarantee fair allocation of media space to political opposition groupings,

• the regulatory framework does not provide adequate remedies to react against misrepresentation in the media (such as a right of reply);

• the regulatory framework cannot prevent excessive presence of media financially dominated and managed by political figures, political parties;

• the regulatory framework cannot prevent excessive political pressure on programming due to political ownership and/or pressure on specific media outlets at national /local level;

• the regulatory and institutional system cannot prevent the absence of particular political groups and ideological communities from public debate and elections (voting) resulting from underserved and underrepresented minority points of view in the media.


Cultural Pluralism in the Media:


• the regulatory framework contains insufficient guarantees for a fair representation of the different national, European and world cultures;

• the regulatory framework contains insufficient guarantees for original programming (in-house and/or independent production), which is considered to contribute to cultural diversity;

• the regulatory framework contains insufficient guarantees for a fair representation in the mainstream media of the various cultural and social groups (religious, linguistic, ethnic minorities, as well as communities based on gender, age, disabilities, sexual orientation), in particular in PSM, both in its governing bodies and in the programmes;

• the regulatory framework contains insufficient incentives for the creation and viability of alternative media, in particular minority and community media, serving ethnic, religious, linguistic and other special interest groups in society;

• the regulatory framework does not remedy entry barriers for minority and community media arising from denial of access to infrastructure, marginal reach; there are no specific policies endorsing investment in minority and community media, nor public support measures aiming at compensation of disadvantaged position of minorities as

media producers and media users;

• there are no policies to enhance access to media content by groups with special needs in society.


Geographical Pluralism in the Media:


• the regulatory framework contains insufficient guarantees to prevent underrepresentation in the media of certain local and regional communities;

• the regulatory framework is too weak to safeguard and/or support the presence of local and regional media (by ensuring the presence of independent media outlets serving local and regional communities, by ensuring the local and regional character of these media by prohibiting or limiting networking or affiliation arrangements;

supporting investment in local and regional media, remedying bottlenecks or barriers for local and regional media to access cable networks or other platforms);

• insufficient access to media and distribution systems due to geographic factors, for example: absence of universal coverage of PSM channels and services;

• the regulatory framework does not contain any safeguards for the existence and/or functioning of journalists and media executives from local and regional communities;

• the regulatory framework does not contain any safeguards for the representation of local and regional communities in public service media;

• the regulatory framework does not contain any safeguards for local and regional production.


Distribution:


• there are no regulatory safeguards to ensure that the public has access, via electronic communications networks, to broadcast channels that are considered to be in the general interest;

• the regulation/competition laws cannot prevent abusive behaviour, cannot remedy a lack of competition in electronic communications markets and cannot prevent the abuse of control over digital bottlenecks;

• there are no effective regulatory safeguards to solve severe interoperability problems;

• there are no special policies to promote the wide distribution of media and lower the threshold for citizens to consume these media, e.g. via libraries;

• there are no special measures promoting internet/broadband access in underdeveloped/remote areas or for citizens not served under normal market conditions;

• there are no special measures to prevent that certain segments of the population (e.g. in remote areas) are not served by the distribution systems under normal market conditions.

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23.5.09

Indicators for Media Pluralism

Independent Study on Indicators for Media Pluralism in the Member States - towards a Risk-Based Approach.

Step Two of the Commission's three-step approach for advancing the debate on media pluralism within the European Union is about to reach completion. The preliminary draft final report of the study is now available. It will be followed by a stakeholder workshop on 8th June 2009.

The study consists of the following files:

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Mais pressões

22.5.09

Se...

Juan Luís Cebrián (TVI24, 28/4): «Se refundase o El País seria na Internet»

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Provedores, "espécie ameaçada"...

Provedores do leitor são espécie ameaçada, alerta provedor do “Washington Post” (Público online, 22/5): «Os provedores do leitor são uma espécie ameaçada no contexto de crise da imprensa, alerta o provedor do leitor do “Washington Post”, Andrew Alexander. Nos EUA, pelo menos 14 provedores de jornais foram demitidos desde o início de 2008. E Alexander questiona-se: será que faz sentido o papel do representante dos interesses do leitor na era da web 2.0, quando todos podem fazer ecoar bem alto as suas críticas?

(...)

«“A blogosfera é hoje uma ferramenta adicional para tornar os media mais credíveis mas também ali proliferam os autoproclamados críticos de imprensa que poder para ridicularizar a imprensa e atacar qualquer provedor que não deixa um rasto de sangue ao longo do seu trabalho”. Não é fácil actualmente o trabalho do provedor, reconhece Alexander, que lembra que no início deste ano, quando chegou ao “Washington Post”, a sua antecessora tinha-lhe deixado em cima da secretária um capacete, uma granada (“falsa, acho eu”), e uma mensagem que dizia: “Prepara-te para a guerra”.»

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21.5.09

Journalism in the Vanguard of Change

Journalism in the Vanguard of Change - Varna Declaration of the European Federation of Journalists: «The dramatic restructuring of the media economy across the world and particularly in Europe poses serious questions for all in journalism and the media industry.»

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IFJ Accuses Governments

IFJ Accuses Governments of "Hypocrisy and Neglect" Over Press Freedom (IFJ, 29/4): «Governments guilty of "censorship, hypocrisy, and neglect" are putting press freedom to the sword world-wide, says the International Federation of Journalists(IFJ) in its statement to mark World Press Freedom Day on May 3rd.

«"Governments around the world are failing to defend press freedom and the rights of journalists," says Jim Boumelha, IFJ President, "and in the process they endanger civil liberties and democracy."

«In the name of security and counter-terrorism journalists have become the targets of police and state authorities. "Even democratic states are putting in place laws that constrain the exercise of journalism," says Boumelha. "Snooping on investigative reporters and forcing journalists to reveal sources of information is increasing. As a result, media work in an intimidating atmosphere in which censorship, direct and indirect is becoming routine."

«The IFJ says that its decision not to attend press freedom celebrations this weekend organised by UNESCO with the Government of Qatar reflects this concern because the event is held in a country which supports an international media freedom centre, but which refuses to allow local journalists to form their own independent union or association.

«The IFJ has written to UNESCO expressing concern over the event in Doha, which it says highlights the hypocrisy of governments that preach democracy abroad, but deny fundamental rights at home.»

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Fusiones entre televisiones.es

El Congreso aprueba la ley que permite las fusiones entre televisiones (El Mundo 21/5): «Las televisiones ya pueden formalizar sus compromisos. La Comisión de Industria del Congreso, que ha actuado con competencia legislativa plena, ha aprobado el proyecto de ley que permite las participaciones de un operador de televisión en otra cadena, es decir, fusiones entre cadenas de televisión. (...)

«La nueva norma suprime el límite actual del 5% en las participaciones cruzadas entre compañías siempre que la audiencia media acumulada de los operadores no supere el 27% de audiencia total. También se permitirá la fusión de dos operadores del sector de la televisión si no superan esta cuota de audiencia y siempre que se garantice la existencia como mínimo de tres compañías privadas de ámbito estatal con dirección editorial distinta.»

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20.5.09

PR volta a chumbar lei do Pluralismo "raquítico"

Naturalmente, deverão existir limites à propriedade e à concentração dos media, mas esses limites, só por si, não são suficientes nem para legitimar a existência de pluralismo num determinado sistema de media, nem, muito menos, para possibilitar a identificação de um qualquer órgão de comunicação social como sendo inequivocamente pluralista.

O pluralismo nos media servirá tanto mais e melhor a opinião pública e a cidadania – e portanto a experiência democrática –, quanto mais amplo for o seu espectro. Quando escrutinado apenas do ponto de vista da posição dominante de mercado ou das “vozes” do tradicional sistema político-partidário isso significa que estamos perante uma noção de pluralismo muito redutora do próprio processo democrático e da experiência da cidadania.

Cavaco veta pela segunda vez lei do pluralismo e de concentração dos media (Público, 20/5)

Na mensagem à Assembleia da República (de 20/5/09), o PR considera, nomeadamente, que «A mera substituição da expressão “instrumentos de aferição reconhecidos no meio” pela frase “instrumentos de medição utilizados no meio” não resolve os problemas suscitados pela articulação dos artigos 20º e 21º, relativos às condições de início de um procedimento administrativo de averiguação de poderes de influência sobre a opinião pública. Mantendo-se, no essencial, os critérios relativos aos limites de audiências, a partir dos quais deverá ser iniciado um procedimento administrativo de averiguação, e sem uma maior densificação dos conceitos expressos nestes artigos, manter-se-ão igualmente quer as objecções relativas à fidedignidade da aferição quer as respeitantes à avaliação e escrutínio público do poder decisório conferido à ERC.»

Na anterior mensagem à AR (2/3/09), o PR referia que a lei em causa poderia estar desadequada basicamente por três ordens de razões: i) porque decorria no âmbito da Comissão Europeia um estudo sobre o problema do pluralismo e da sua monitorização na Europa; ii) porque se tratava de uma matéria atinente ao domínio da liberdade de expressão que deveria estar consensualizada no quadro parlamentar numa dimensão idêntica à da própria entidade reguladora, na base do voto favorável de 2/3 dos deputados; iii) também a questão da densidade e fiabilidade dos indicadores: “daí que uma medida deste género só devesse ser aplicada após se ter obtido um reconhecimento generalizado dos instrumentos de aferição”. O PR referia ainda que uma das debilidades estruturais do mecanismo de assenta no modo de “averiguação dos poderes de influência” dado que se pretende “aferir um elemento qualitativo, difuso e algo intangível (a “influência”) através de padrões quantitativos que são aferidos por procedimentos técnicos que, nesta fase, ainda não possuem uma fiabilidade completa, necessitando de ser ‘reconhecidos pelo meio’.”

No citado documento, o PR aproxima-se da verdadeira questão crítica da monitorização do pluralismo, sem contudo a identificar de forma cabal. A questão está, de facto, no poder de influência e nos instrumentos de medição, mas deve ser vista e regulamentada fundamentalmente através da análise do discurso dos media, bem como através da análise da pluralidade e diversidade das vozes dos sujeitos de enunciação no largo espectro das múltiplas vozes da sociedade portuguesa e não apenas no espectro redutor político-partidário.

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19.5.09

Democracia em Portugal está a piorar

Qualidade da democracia em Portugal está a piorar (DN, 19/5): «Portugal perdeu seis posições, de 2006 para 2008, no 'Democracy Index' feito pelos especialistas da revista 'The Economist'. Passou de 19.º lugar para 25.º. Entre os 27 países da União Europeia, Portugal encontra--se na segunda metade do pelotão. Na verdade, sem os países do alargamento, poderia ser considerado um dos com pior vivência democrática.

«A democracia portuguesa está a perder qualidade. O Democracy Index mundial relativo a 2008 feito pela revista britânica The Economist revela que Portugal perdeu seis posições face ao mesmo relatório de 2006 (o documento tem periodicidade bianual). Agora está em 25.º lugar da tabela mundial (167 países no total). Em 2006 estava em 19.º.

«O que fez Portugal baixar seis posições foi o item da "participação política" (que mede a participação popular nos actos eleitorais). A classificação (numa pontuação máxima de 10) era, em 2006, de 6,11, tendo baixado no Democracy Index de 2008 para 5,56.

«O que poderá ter feito baixar esta avaliação da participação política foi o referendo à despenalização do aborto, realizado em Fevereiro de 2007. A abstenção - tal como em todos os outros referendos nacionais já realizados - foi superior a 50% (mais precisamente, 56,39%). Em todos os outros critérios (ver caixa em baixo) a avaliação portuguesa manteve-se inalterada.»

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16.5.09

A capa e o embargo dela

Polémica entre o 'Expresso' e a TVI (DN/5): «O director do semanário Expresso, Henrique Monteiro, acusou ontem o Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes na TVI de fazer jornalismo "miserável", porque mostrou a capa da edição de hoje do semanário. Monteiro escreveu no Twitter (uma rede social online) que só enviou a capa do jornal para a TVI com o embargo de só ser exibida às 24.00, no programa sobre os jornais do dia seguinte. "O que a TVI fez qualifica o seu jornalismo", escreveu Henrique Monteiro, acrescentando no post seguinte: "Confesso que achei mto [muito] estranho. De facto é miserável..." O Expresso dá destaque na primeira página à entrevista com o primo de Sócrates envolvido no caso Freeport (invocou o nome e a intervenção do então ministro do Ambiente para ganhar um concurso), que está na China.»

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Onde é que eu já ouvi isto?

Chávez reitera ameaças contra canal privado de televisão venezuelano (AFP, 15/5): «O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a ameaçar quinta-feira os meios de comunicação privados, mais especificamente o canal de televisão Globovisión, e prometeu que "não permitirá" que continue fazendo terrorismo diário e acreditando que está "acima da lei".»

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La implantación de la TDT en España

La implantación de la TDT en España. Transformaciones en la publicidad televisiva, Andreu Casero Ripollés (TELOS, Abril-Junio 2009).

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Publicidad Interactiva: call for papers (TELOS)

TELOS abre su convocatoria a propuestas de artículos para el Dossier central de un próximo número de este año 2009 sobre la Publicidad Interactiva, de acuerdo con el abstract y las líneas preferentes de desarrollo abajo recogidas. Los artículos serán aprobados de forma anónima por su consejo de Redacción, y seleccionados para este Dossier (en caso de exceso de materiales se editarán en sucesivos números). Los textos propuestos no pueden exceder de 6.000 palabras en total (incluyendo notas y cuadros o gráficos), y tienen que cumplir estrictamente las normas para colaboraciones publicadas en la edición impresa de la revista o en su versión on line (www.telos.es). En folio aparte, deberán incluir: autor, dirección electrónica y postal, y CV (tres líneas). Dossier: La Publicidad Interactiva. Coordinador: Julián Bravo. Autor invitado: Eduardo Madinabeitia

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13.5.09

Com pub, sem pub, não deverá ter cura...

Impresa avança mais de 5% com expectativa de eliminação da publicidade no canal público (JNegócios, 13/5): «As acções da Impresa seguiam a negociar em forte alta na sessão de hoje, avançando mais de 5%, animada pela notícia avançada hoje pelo Negócios de que os canais privados pretendem que o governo elimine a publicidade da RTP, o canal público de televisão, segundo os analistas e operadores contactados.

«O Negócios avança, na sua edição de hoje, que o final da publicidade na RTP voltou a ser discutido, depois do governo espanhol ter decidido aplicar esta receita no seu canal público, a TVE. Os operadores privados de televisão nacionais pretendem que o executivo de José Sócrates siga o exemplo do seu homólogo espanhol.»

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12.5.09

Altas e baixas pressões

Ricardo Costa (SIC Notícias, 12/5): «No quadro da nossa actividade profissional já sofremos pressões que são brincadeiras ao pé disto» ("isto", quer dizer, caso Eurojust/Freeport/Lopes da Mota).

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"Crise está a apertar com televisão privada"

"Em Março, José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, assumia o programa 'Caia Quem Caia' como uma grande aposta pessoal da qual não queria desistir, mas há três semanas foi obrigado a suspender o programa." (Sol, 12/5)

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9.5.09

Digital Media: Summer Institute na FCSH

Summer Institute, em parceria com a Universidade de Austin, de regresso à FCSH: Bryan Sebok ministrará o Curso Convergent Hollywood, entre 25 de Maio e 5 de Junho, Rosental Alves será responsável pelo Curso de Online Journalism, entre 25 e 29 de Maio. Já Richard Lewis terá a seu cargo a condução do Curso de Screenwriting, entre 25 de Maio e 5 de Junho, Craig Watkins estará encarregue do Curso Technology and Culture, entre 8 e 19 de Junho, e Nancy Schiesari conduzirá o Curso Intro to Digital Documentary Production, entre 8 e 19 de Junho. A participação nos cursos é feita através de candidatura para o email utaustinportugal@fct.mctes.pt.

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Perigos da TDT

L'arrêt de la diffusion de Canal J met en péril l'avenir de la TNT payante (Le Monde, 6/5): «Jeudi 30 avril, la chaîne pour la jeunesse Canal J a arrêté sa diffusion sur la partie payante de la télévision numérique terrestre (TNT). La chaîne détenue par le groupe Lagardère a rendu sa fréquence au Conseil supérieur de l'audiovisuel (CSA). Avant Canal J, la chaîne AB1, elle aussi diffusée sur la TNT payante, avait, dès l'automne, renoncé à sa fréquence (Le Monde du 8 octobre 2008).»

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Europa, Europa...

«The Muses are the traditional custodians of the Idea of Europa. It is (or was?) impossible to be European without the knowledge of the Muses, as representing the only real European lingua franca, European art: Dante and Cervantes, Michelangelo and Vincent van Gogh, Mozart and Schönberg, Kafka and Pessoa, Fellini and Kieslowsky, Maria Callas and John Lennon, etc. Whatever doubts may exist about what is and is not European, there can be no such doubts about our history and culture.» (The Sound of Europe)

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8.5.09

Serviço público vs. "televisão de qualidade"

"El Gobierno da el primer paso para suprimir la publicidad en RTVE" (El Mundo, 8/5): De la Vega asegura que se toma esta decisión después de escuchar a todos los sectores y para tener "un modelo de televisión de calidad"

Las privadas consideran 'normal' la tasa a las telecos para financiar TVE (El Mundo, 8/5).
Las 'telecos' amenazan con subir las tarifas si tienen que financiar RTVE (El Mundo, 7/5).

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5.5.09

"A vida badalhoca de Salazar"

Os Contemporâneos regressaram em grande forma e estão claramente a fazer o humor do seu tempo, como o Herman de O Tal Canal. O sketch "A vida badalhoca" teria de fazer vítimas e logo os telefones tocaram no gabinete do Provedor. O que é interessante na notícia Rábula sobre Salazar suscita reclamações (JN, 5/5), é o facto das queixas irem todas para o provedor Paquete de Oliveira e nenhuma para o regulador Azeredo Lopes... Porque será?

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4.5.09

Pub e Media no centro do furacão

Agências de publicidade apanham com a culpa da crise (DN, 4/5): «Dois terços dos norte-americanos atribuem às agências de publicidade a responsabilidade na crise global, pois incentivam ao consumo de produtos que a maioria não pode comprar. Nos media, especificamente os jornais e revistas.

«66% dos norte-americanos acreditam que as agências de publicidade têm uma quota de responsabilidade na actual crise porque - defendem estes dois terços de inquiridos num estudo recente da auditora Harris Interactive - levam as pessoas a comprar produtos para os quais não têm dinheiro.

«Os media, concretamente os jornais e as revistas, vêm logo a seguir. Perto de três em cinco americanos (59%) dizem que estes meios têm esta responsabilidade, enquanto 59% aponta as culpas aos sites de informação.»

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2.5.09

Sobe e desce

Consumo de TV aumenta em várias plataformas (DN, 2/5) «Accenture revela que, apesar da crise, os telespectadores estão a ver mais televisão, já que as novas plataformas (computador pessoal e telemóvel) estão a ganhar terreno, sobretudo nos países menos desenvolvidos e entre os mais velhos

«O número de telespectadores aumentou no conjunto dos que vêem televisão através do televisor clássico e dos que usam as novas plataformas, refere a auditora Accenture, que alerta para uma consequente fragmentação das au- diências. Isto mesmo apesar da crise (ver caixa).

«Na 2.ª edição do seu estudo, junto de 14 mil consumidores em 13 países (para aferir diferentes mercados), a Accenture concluiu que os consumidores de televisão viram seis vezes mais canais de televisão (40%) este ano do que em 2008 (35%) e viram oito vezes mais programas por semana (39% este ano contra 33%, em 2008).

Mas... e há sempre um mas... Segundo o relatório Europe Logs On - European Internet Trends of Today and Tomorrow, publicado pela Microsoft, «o consumo de Internet em 2010 será, em média, de 14,2 horas por semana ou mais de 2,5 dias por mês, em comparação às 11,5 horas por semana ou 2 dias por mês, para a TV(3). Estas estimativas reflectem as constantes mudanças na forma como utilizamos o conteúdo de TV. A televisão deixou de ser uma experiência de transmissão unidireccional, passando a ser uma experiência de ligação bidireccional e fornecida através de banda larga para vários ecrãs: TV, PC e telemóvel.»«O número de inquiridos que referiu ver conteúdos de TV noutros dispositivos também aumentou este ano face ao anterior (13%), com a Accenture a indicar que este aumento se verificou nos computadores pessoais (74% este ano, contra 61% em 2008) e nos telemóveis (45% este ano, contra 32%, em 2008).»

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1.5.09

TDT procura-se

Alguém viu por aí esta TDT? TDT: “principal porta de entrada nos lares do comércio electrónico e da maioria dos conteúdos on-line” [«Princípios e Orientações para a Política Audiovisual da Comunidade na Era Digital», CCE, Bruxelas, 14.12.1999, COM (1999) 657 final, p. 6].

A televisão digital(DVB-T) e as políticas do audiovisual no contexto da Sociedade de Informação (F. Rui Cádima, Observatório, nº 1, Maio de 2000)

Desafios e impactos da TDT para Portugal num contexto de desenvolvimento da Sociedade de Informação (F. Rui Cádima, Conferência "A Sociedade da Informação e os Desafios da Televisão Digital Terrestre", APDSI, 27 de Novembro de 2007, Reitoria da Universidade Nova de Lisboa)

Um pouco de história: "Ferro Rodrigues marca data de início de concurso para DVB-T" (Casa dos Bits, 2001-04-02): «Ferro Rodrigues, Ministro do Equipamento Social, afirmou hoje de manhã que o concurso de atribuição de uma licença para a exploração da plataforma da Televisão Digital Terrestre (DVB-T) será lançado no final desta semana pelo governo português. (...) A data final para o início do concurso, anteriormente previsto para Março, foi anunciada durante a sessão de abertura da conferência anual European Broadband Communications, organizada pela European Cable Communications Association (ECCA) - associação que reúne os operadores europeus de cabo, que se realiza no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de 2 a 4 de Abril e é subordinada ao tema "Conteúdos Locais e Interactividade na Era da Globalização".
«Segundo Ferro Rodrigues, os dois concursos representam mais um passo para a concretização pelo governo português dos objectivos fixados na Cimeira de Lisboa, no ano passado, e reafirmados em Março deste ano em Estocolmo, com o objectivo de tornar a União Europeia a economia de informação e conhecimento mais dinâmica e bem sucedida do mundo.
«"A Televisão Digital Terrestre representa uma grande oportunidade para o acesso alargado dos cidadãos portugueses e europeus à Internet. A fraca penetração dos computadores pessoais e a clara preferência dos consumidores pela televisão poderão levar a um elevado crescimento da TV digital", acrescentou o Ministro do Equipamento Social.»

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