30.11.05

CO + Provedor = ?

Diário Digital: Conselho de Opinião da RTP quer parceria activa com provedores. Espera-se que desta interacção resulte uma clara melhoria da qualidade da programação da RTP e um mais completo cumprimento do Contrato de Concessão da RTP.

"El peor 'late night' jamás visto"

"Parece mentira, pero ya está aquí"...

Penim: Herman tem convidados que 'não interessam nem ao menino Jesus'...

Penim apresentou a opção estratégica da SIC para 2006. Colocou Herman em sentido (ruptura à vista) : ele, Herman, tem 'convidados que não interessam nem ao menino Jesus'... e aposta no futebol. Até aqui, Penim aparenta querer limpar a casa... mas corre o risco de mandar o lixo porta fora e ele entrar-lhe pela janela... A ver vamos.

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29.11.05

The Internet of Things

ITU Internet Reports - The Internet of Things (November 2005): The first chapter, Introducing the Internet of Things, explains the technical visions underlying the Internet of Things in ubiquitous networks, next-generation networks and ubiquitous computing. Chapter two, Enabling Technologies, examines the technologies that will drive the future Internet of Things, including radio-frequency identification (RFID), sensor technologies, smart things and nanotechnology and miniaturization. Chapter three, Shaping the Market, explores the market potential of these technologies, as well as factors inhibiting their market growth, and illustrates changing business models in three representative industries. Chapter four, Emerging Challenges, considers the wider implications of the Internet of Things for society, in standardization, privacy and socio-ethical challenges. Chapter five, Opportunities for the Developing World, examines the benefits these technologies offer to developing countries to address their concerns. Chapter six, The Big Picture, concludes by describing how a user might conduct their life in 2020 and summarizes the key interactions described in the book.

Alerta 'Amber'

Os media franceses e o 'Alerta Amber' num contexto de raptos de crianças.

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28.11.05

Nómadas-tecno

Howard Rheingold e as tecnologias emergentes: 'Dans dix ans, la vie privée telle qu'on la définit n'existera plus'.

Pela qualidade, contra o 'telelixo'

Na sequência do colóquio de Huelva, o blog 'Jornalismo e Comunicação' avança dois posts: Plataforma por uma televisão de qualidade; TV de qualidade: dois desafios, dois dilemas, um problema.

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Perigos graves da 'baby-sitter' electrónica

Ainda a propósito do novo canal Baby TV, da TV Cabo, aconselha-se sobretudo aos pais a leitura de estudos sobre PHDA (Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção).

Por exemplo: Study Finds Link Between Television Viewing and Attention Problems in Children
Um extracto do press release: "Seattle, Wash.: April 5, 2004 – Early television exposure in children ages 1-3 is associated with attention problems at age 7, according to a study from Children’s Hospital and Regional Medical Center in Seattle. The study, published in the April issue of PEDIATRICS revealed that each hour of television watched per day at ages 1-3 increases the risk of attention problems, such as ADHD, at age 7 by almost 10%. These results control for other attributes of the home environment including cognitive stimulation and emotional support.

"The findings also suggest that preventive action can be taken to minimize the risk of attention problems in children. Limiting young children’s exposure to television during the formative years of brain development consistent with the American Academy of Pediatrics’ (AAP) recommendations may reduce a child’s subsequent risk of developing ADHD. The AAP recommends parents avoid letting their children under the age of 2 years watch television and that caution be exerted in children over the age of 2." (...)

Ver também: TV, Computers and the Internet: Limiting Screen Time

Em Portugal há um pequeno livro sobre as prováveis consequências de uma exposição continuada à TV: PHDA - Um guia para professores, da autoria de Carla Maia (Psiquiatra) e Catarina Varejão (Psicóloga Clínica), do Departamento de Psiquiatria do Hospital de S. Gonçalo - Amarante.

Ler ainda o excelente artigo de Carla Viana «O Cérebro deles está a mudar?», Pública, de 26 de Setembro de 2004.

Outras informações: Associação Portuguesa da Criança Hiperactiva

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27.11.05

ATENÇÃO: PERIGO!

A rede de televisão a cabo TV Cabo, do grupo Portugal Telecom (PT), colocou no ar um canal com uma programação destinada exclusivamente a bebés de 0 a 3 anos. Sabendo-se dos estudos científicos que alertam para perigos graves na exposição de bebés aos fluxos de imagens de TV, esta notícia só pode ser vista no quadro de um alerta sobre saúde pública. É mesmo disso que se poderá tratar (voltaremos ao tema).

Crise no Audiovisual

O torpor e o 'reality'

João Lopes e a 1ª Companhia: "O problema está em que aqueles patéticos 'famosos' estejam a esvaziar toda a simbologia histórica que convocam. Que isto aconteça perante o imenso silêncio de militares e políticos, eis o que diz bem do entorpecimento social que a televisão instalou."

O CSA e a revisão da Directiva do Audiovisual

Posições do CSA francês face à revisão da Directiva TSF, apresentadas pelo seu Presidente, Dominique Baudis, no Colóquio Télévision Sans Frontières : quelles règles pour l’audiovisuel européen ?: «(…) Il est essentiel que la réglementation européenne continue à défendre les principes d'intérêt général qui fondent le droit de l'audiovisuel européen afin de protéger le public et d'éviter les distorsions de concurrence. Les services non linéaires doivent être assujettis à des obligations de contenu comme les autres services audiovisuels, telles que la protection des mineurs, le respect de la dignité humaine, l'identification des communications commerciales, le droit de réponse... Autre objectif fondamental de la directive : la promotion du contenu européen pour garantir la diversité culturelle. Il est donc primordial que les Etats membres puissent prendre des mesures nationales plus contraignantes adaptées à la spécificité de leurs industries et imposer des obligations de diffusion et de production d'oeuvres indépendantes et européennes. Elles devront être, bien sur, adaptées à la nature et à l'état de développement de chaque catégorie de service.. Quant au dispositif actuel des quotas qui s'applique aux chaînes de télévision traditionnelles, il fait consensus. Ce système a en effet démontré son efficacité. Le maintien de ces dispositions au bénéfice du secteur de la création audiovisuelle en Europe va dans le bons sens. (…) Quant à la reconnaissance juridique de la technique du placement de produit réclamée par bon nombre d'acteurs de l'audiovisuel, elle doit être examinée avec prudence. Cette pratique est certes déjà tolérée pour les oeuvres cinématographiques mais la question de sa généralisation à l'ensemble des programmes comporte des risques pour l'intégrité des oeuvres et la liberté de création. Afin d'éviter que l'apparition trop ostentatoire et récurrente d'une marque dénature une oeuvre audiovisuelle, le Conseil estime que le critère de " proéminence indue " devrait au minimum être consacré dans la directive. L'introduction de ce paramètre permettrait d'identifier plus aisément ce qui relève de la publicité clandestine. De même, le Conseil a rappelé que l'absence d'influence du contenu commercial sur le contenu éditorial est un principe fondamental de la directive.

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TV na Web a crescer

TEK: «Um estudo divulgado recentemente pela empresa Screen Digest prevê que um total de 8,7 milhões de europeus irá subscrever o serviço de televisão através da Internet até 2009, representando 9,4 por cento de um mercado que é actualmente dominado pelas operadoras de cabo e de satélite. »

Free culture & big media

26.11.05

'RTP testa projecto inovador'

RTP testa Sistema Integrado de Gestão e Difusão de Conteúdos (SIGDIC), «projecto que facultará a optimização do trabalho jornalístico nos diferentes meios de difusão, como, por exemplo, em versão WEB, Wap, teletexto e infografismo. Ou seja, poderá permitir que os conteúdos da informação da RTP possam chegar automaticamente ao teletexto, à Internet e aos telemóveis.»

Guerra RTL/Prisa na TVI

'Hostilidade', (não) dizem eles

Deliberação da AACS sobre o caso do 'arrastão de Carcavelos', aprovada por maioria, teve a abstenção de três dos seus membros que consideraram o texto «extrema e inadequadamente agressivo para com os media, parecendo designadamente atenuar a responsabilidade das autoridades na divulgação inicial das notícias que deram conta do alegado arrastão», e o tom da deliberação «marcadamente hostil em relação à comunicação social».

Viviane Reding: 'Citizens first'

'Citizens first' - seria um bom título para a revisão da Directiva TSF... Mas não... Não confundir... Aqui trata-se do eGovernment e não da Televisão (que é assunto, aparentemente, menor...) : Europe’s citizens demand better services, better democracy (...) Listening to the citizens, delivering real benefits for all, working in partnership for Europe: this is my agenda for eGovernment.

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25.11.05

Na TV é ainda pior...

UE como ‘obstáculo’ à Cidadania... Recupere-se um artigo despercebido no Público de 23/11 e pense-se bem no que ali está (é também o que está nas TV's europeias): «Director da revista de ciência política Pôle Sud - cujo próximo número será precisamente dedicado a Portugal -, Paul Alliès, defendeu ontem, na Universidade de Coimbra, que a União Europeia poderá vir a ser responsável pela afirmação de uma nova forma de cidadania, alternativa à instituída pelo Estado-nação. Mas também observou que, "paradoxalmente", as instituições da UE abstêm-se de promover, quando não se constituem como obstáculo, a concretização do "modelo inédito de cidadania" implícito no projecto europeu.» Pois é… Mas na TV é pior ainda...

Ficção abre guerra SIC/TVI

Atílio Riccó abandona a NBP/TVI e ‘assina’ pela SIC: cinco anos e várias séries depois (entre outras ‘Nunca Digas Adeus’, ‘Sonhos Traídos’, ‘Morangos com Açúcar’ e ‘Inspector Max’) o realizador brasileiro Atílio Riccó aceita o convite de Teresa Guilherme para fazer ficção na SIC. Uma novela, uma série e novos formatos de origem espanhola estão a caminho de Carnaxide. Guerra aberta na ficção portuguesa, portanto.

'Alfabetização audiovisual'

Esther Hamburger, crítica de TV e professora de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo: “Acredito que deveria haver uma disciplina obrigatória no currículo escolar que visasse a algo como uma ‘alfabetização audiovisual’ e que incluísse teoria e prática”.

Igreja argentina lança canal de TV

A Igreja Católica argentina terá, a partir de Janeiro, um canal de televisão - o Canal 21 - em Buenos Aires, cuja programação terá um carácter mais solidário e de entretenimento do que confessional, antecipam seus criadores. Espera-se que não siga o exemplo português…

24.11.05

A questão da independência dos Provedores da RTP e RDP

Diz o Público que em aberto está a decisão sobre quem nomeará os Provedores. Não ficará 'ensombrada' a sua independência face às empresas e aos seus conteúdos se a sua nomeação for feita por indicação da Administração das mesmas? Era preferível outra solução. De qualquer modo, se se confirmar, como diz também o Público, que 'a sua nomeação depende de parecer favorável e vinculativo do Conselho de Opinião da RTP SGPS', estará atenuada a questão.

AOL aposta na Web TV

Diário Económico: A AOL aposta decididamente na“Web TV” e investe na distribuição da televisão ‘online’. A empresa do grupo Time Warner definiu a “Web TV” como prioridade e está a liderar uma ‘start-up’, a Brightcove, que desenvolve tecnologia para acelerar o crescimento da TV online.

O mistério da multiplicação dos candidatos a licenças

Depois de Paulo Fernandes, da Cofina, Joaquim Oliveira, da Lusomundo, garantiu 'estar «atento» à possibilidade de concorrer a uma licença para uma estação televisiva'. Não chega para todos (nem para os que já cá estão), mas não faltam interessados... Um mistério.

'Herman SIC precisa de purga'

«‘Herman SIC’, apresentado por Herman José, terá de passar por uma fase de limpeza – estreou, anteontem, um formato dedicado a toda a família. “É um bocado difícil endireitar, mas é preferível fazê-lo a deixar como estava. Era um beco do qual não conseguiria sair. Quem desce tão baixo, depois é difícil levantar voo. Precisa de fazer uma purga”, diz E. Cintra Torres». Comentário-retrato-robot no CM: '- Vladek: Eu até achava piada à Linda Reis e ao Helder do Kuduro, eram uma dupla bastante engraçada. O programa atingiu o fundo com o desfilar constante de pornógrafos, travestis, transsexuais, prostitutas e o Jaimão...'

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23.11.05

Soares destacado em nº de notícias nas TV's

Segundo a Marktest, na semana de 14 a 20 de Novembro de 2005 foram 150 as notícias dos serviços regulares de informação da RTP1, 2:, SIC e TVI protagonizadas pelos candidatos à eleições Presidenciais. A RTP1, com 46 notícias, foi o canal que mais peças difundiu. Mário Soares protagonizou o maior número de notícias, com 44 matérias. Cavaco Silva e Francisco Louçã, com 24 peças, foram os menos referidos nos noticiários destes canais. Mário Soares protagonizou também notícias de maior duração, com um total superior a 1 hora e 39 minutos.

Kléber só na TVI...

JN titula Rede TV! suspende mais um programa de João Kléber: "A estação brasileira Rede TV! decidiu cancelar as emissões de Eu vi na TV, o outro programa de João Kléber nesta emissora. (...) "Eu vi na TV" teve de ser retirado da grelha por causa das situações de apanhados. Sem estas, alegou a emissora, pouco conteúdo sobrou para transmitir um programa com uma hora de duração."

A UE e a Cimeira de Túnis

22.11.05

Report on the Digital Divide

The digital divide between nations is significant - at around twice the average levels of income inequality. There are signs, however, that it is gradually narrowing, according to a new UNCTAD (The United Nations Conference on Trade and Development) report on The Digital Divide: ICT Development Indices 2004. (...) Other UNCTAD work on the measurement of Internet and ICT usage is to be found in its annual report on e-commerce and development, published every November (www.unctad.org/ecdr2004 ).

'Por um debate da televisão de qualidade no espaço público'

(Ó Público, liberta lá estes textos, de que nem pagas os direitos...).

Na sequência do artigo publicado por colegas da Universidade do Minho no Público, lançando um debate sobre a televisão no espaço público, colegas da Universidade do Algarve (Vítor Reia Baptista, Gabriela Borges e Samantha Mendes) introduzem no debate a questão da Qualidade, ou seja, "a televisão de qualidade no espaço público". A ler (só assinantes).

Herman, a autocensura e o autolixo

Herman José ao JN : "Tenho todo o ano de 2006 para perceber se tenho alguma utilidade para a SIC e perceber também se a SIC me é útil". "(...) Um dos exemplos usados por Herman José para validar a ausência de "baixaria" no programa é precisamente a evolução dos "realitys-shows" da TVI"...

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21.11.05

No Dia Mundial da Televisão, a TV portuguesa no seu melhor...

Hoje, Dia Mundial da Televisão, é um blog (que é uma blogonovela), eleito o melhor blog do mundo, que está em destaque - sinal dos tempos que correm: Más respeto, que soy tu madre. De Espanha vem um Feliz día de la televisión e uma mais prosaica atribuição de prémios de TV da Academia de las Ciencias y las Artes de Televisión (ATV).

Em Portugal 'comemorou-se' o dia com o sorteio dos debates televisivos: o calendário dos dez debates televisivos entre os cinco candidatos a Presidente da República - Cavaco Silva, Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã - foi hoje sorteado, ao final da manhã. Para já ficaram, pelos menos 3 de fora: Manuela Magno, professora da Universidade de Évora, Luis Ribeiro, professor da Universidade do Minho e Garcia Pereira, advogado. Ou seja, no seu dia, a TV portuguesa está ao seu melhor nível... E viva o Dia Mundial da Televisão!

The Internet of Things

20.11.05

'Televisão Étnica'

Televisão Étnica - à procura do 'real' esquecido, censurado, ou a metáfora da própria televisão?... Quantas televisões mais serão precisas para que a virtude civil, a experiência social e o diferendo ascendam à 'dignidade' mediática? «Cinquenta e cinco anos de história da televisão no Brasil, o mesmo tempo de massificação de uma imagem que não representa a diversidade étnica deste País.» (...)

O 'real' bastardo

João Lopes no DN: "Não surpreende que os documentários sejam quase sempre empurrados para horários plebeus, menosprezados na sua qualidade de via possível para o conhecimento do mundo em que vivemos. Em boa verdade, não poderia ser de outro modo quando telenovelas e reality shows são promovidos à condição de modelos dominantes de relação com o presente (e o passado), deixa de haver lugar para a exigência do olhar documental. O naturalismo televisivo é normativo e redutor, procura satisfazer formatos. O realismo documental tem a paixão do real. "

Penim varre mais lixo

CM: «Penim propôs alterar, consideravelmente, o formato de ‘Herman SIC’, dando primazia aos espaços de humor em detrimento do ‘talk-show’». Comentários à notícia: 'Obrigado, sr. Penim, força para continuar a contribuir para a reposição do bom gosto nos programas de entretenimento da TV!' (...). ' Finalmente alguém chamou Herman à razão. Penim mostrou o cartão amarelo ao "artista". Temos Homem!' (...) 'Volta Herman, traz o Nelo, o Diacono, a Maximiana e estás perdoado'... Ler também no JN 'Herman SIC inaugura nova era sem bolinha'.

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Portugal prepara TV móvel

AOL e Timer Warner lançam TV na Net

«TV 'mata a democracia'»

Diário Digital: O candidato independente Luís Botelho Ribeiro considerou sábado que as televisões estão a «matar a democracia», ao limitar a participação nos seus debates aos «candidatos do regime».

18.11.05

Soares contra Soares e TV's contra a Democracia

"Não é a televisão que elege presidentes da República, mas o povo português", diz Mário Soares. E a SIC Online titula: «Soares contra comunicação social - O candidato acusa media de 'campanha unilateral'». Sendo óbvio que é M.S. que tem estado permanentemente nas televisões, dizendo e fazendo o que bem lhe dá na 'real' gana (a que tem todo o direito, aliás), o que seria necessário os jornalistas fazerem para que as suas afirmações fossem favoráveis aos média?

TVI: «Mário Soares critica aquilo que chamou de campanha unilateral de alguns meios de comunicação social. «Há muita gente que julga que se pode eleger um Presidente da República e fazer um Presidente da República porque tem uma boa televisão ou uma televisão favorável (...) Sabemos ler as entrelinhas e se julgam que enganam os portugueses fazendo uma campanha unilateral num certo sentido, enganam-se. Os portugueses não são estúpidos, sabem o que querem e sabem ter a sua vontade e manifestá-la», realçou o candidato socialista. (...) Soares não especificou o sentido da campanha eleitoral mas disse acreditar que as suas ideias vão começar a ter mais espaço na comunicação social.»

Entretanto as televisões aparentam estar contra a Democracia - o que não é novo, dado que estão, em regra, contra a Cidadania: Garcia Pereira queixa-se a Sampaio, CNE e Alta Autoridade e acusa televisões de discriminação.

'EUA podem perder o controle da Internet'

'EUA podem perder o controle da Internet', um ponto de vista algo optimista no contexto da Cimeira de Túnis, mas que não deixa de ter o seu quê de verdade a prazo. Paradoxal: a Tunísia, onde, para além do resto, se bloqueiam sites e portais (e onde, curiosamente, se realiza a Cimeira), aspira à 'comunidade planetária'... Ler 'Países emergentes defendem inclusão digital em Cúpula Mundial'.

'Google News' em português

Aí está o 'Google News' em português, com mais de 200 fontes, de Portugal e do Brasil.

17.11.05

Cebrián, sim. Moniz, não

Cebrián trocaria Kléber pelas ONG? Sim, talvez... Moniz não, definitivamente. Um caso a seguir, para ver o que vale efectivamente a entrada da Prisa na TVI. DN: Rede TV! troca Kléber pelas ONG

Na cama com...

16.11.05

'Nojo’, numa televisão perto de si.

Ricardo Dias Felner, no Público: "Há 'apanhados' inofensivos e bem-humorados, em que 'quem apanha' toma a iniciativa de se colocar numa situação ridícula ou cómica. Nada contra. Acontece que dentro do mesmo género existe um outro modelo aviltante onde a ideia é achincalhar o 'apanhado', gozar com pessoas anónimas, fazê-las ruborizar até ao limite com armadilhas básicas e sem graça. É o caso de Flagrante Delírio, transmitido à segunda-feira na SIC, em horário nobre - que eleva ainda mais a fasquia da humilhação televisionada (…) No fim, nem o tom de brincadeira com que se assumia a tramóia (…) conseguia disfarçar a tensão dos "apanhados”, todos de origem africana. Nojento».

Será que Kléber passa impune em Portugal?

'Fiel ou Infiel' com regras apertadas no Brasil, escreve o DN. Por sua vez o JN adianta: (...)situação inédita no Brasil por determinação judicial, o sinal da antena de transmissão da RedeTV! foi bloqueado anteontem (...)». Se o sinal da TVI fosse suspenso até ser retirado aquele atentado à dignidade humana, não era nada do outro mundo... Mas nem isso, nem nada...

15.11.05

Quando a comunicação dissimula a informação...

Um comunidado da AACS, que necessitaria dos respectivos estudos, se possível com relatórios de progresso ainda durante a campanha: «... uma pré-campanha e uma campanha eleitorais corporizam um acontecimento de natureza política e não um evento mediático. Os "media" têm de transmitir, mostrar, ajudar a compreender, mas não devem procurar substituir o seu protagonismo ao das candidaturas...».

SIC sem juízo

O comunicado 'anti-SIC' da AACS convertido em 245 mil Euros de penalização.

14.11.05

Narrativa hipermédia

Helder Bastos aborda a narrativa hipermédia no texto Ciberjornalismo e Narrativa Hipermédia, editado na prisma.com.

Comunicar Ciência na TV

A ler "Os Processos de Mediação de Ciência em Televisão: Efeitos sobre a sua eficácia comunicativa" de José Azevedo, Luísa Aires e Ana Isabel Couto, investigadores da Universidade do Porto e da Universidade Aberta.

12.11.05

‘Usar la televisión para acercar la política a los ciudadanos europeos’

O '11 de Novembro' da AACS (ou o Expresso manda e a gente obedece)

O Expresso manda: "Em resposta oficial ao pedido de esclarecimento das duas televisões generalistas, a AACS decidiu que ontem, 11 de Novembro, é o dia a partir do qual começa a contar o prazo de 90 dias úteis para a entidade reguladora decidir se renova ou não por mais 15 anos as licenças aos dois canais privados de televisão. (…) significa que será já o novo regulador a concluir o polémico processo. (…) A AACS fundamentou a escolha deste prazo na anterior experiência de atribuição de licenças de televisão aos canais privados. Em 1992, aquando do concurso para o terceiro e quatro canais, o prazo foi de 104 dias. «Desta vez não podia ser um tempo superior», explicou ao EXPRESSO, o presidente da AACS. Como o prazo-limite para a SIC e a TVI pedirem a renovação dos alvarás terminaria a 22 de Fevereiro de 2006, a AACS contou 104 dias para trás para encontrar o dia de ontem, 11de Novembro. Com esta decisão, começa a clarificar-se o imbróglio em tomo da renovação das licenças de televisão. Recorde-se que a confusão se instalou no início deste Verão, quando a SIC e a TVI decidiram antecipar os pedidos de renovação de licença. Sem um calendário definido, ninguém sabia que regulador, nem quando, nem como se fecharia o dossiê."

Para quê então a Lei da Televisão, a famosa repristinação e a sua autenticação pelo Tribunal Constitucional, a regulamentação da atribuição de alvarás, os pareceres jurídicos, os imbróglios, os vazios jurídicos, a não regulamentação da renovação das licenças, a não existência de cadernos de ancargos, etc., etc... 'No problem!'... afinal a LEI está ao alcance da pequena contabilidade - quem de 22/2/06 tira 104 dias... fica a 11 de Novembro! Simples. Será que a pequena contabilidade faz já precedente normativo para a renovação de 2021? Se calhar já nem precisamos de novo regulador...

Trocando por miúdos: ao contrário do que diz o Expresso, saber se a entidade reguladora «renova ou não por mais 15 anos as licenças aos dois canais privados de televisão» não está, definitivamente, em causa. E isto porque, em última instância, se os operadores televisivos assim quiserem, terão já hoje as licenças na mão face ao articulado do repristinado Decreto-Lei n.º 237/98...

Volta Miguel Gaspar, estás perdoado...

O DN diz que não encontra telelixo televisivo ... mas curiosamente esqueceu-se de ler a notícia mesmo ao lado que diz que a SIC foi multada pela AACS em 245 mil Euros... Podia ter lido também as notícias de ontem que falavam em 3 programas varridos por Francisco Penim da SIC... e podia ver o Kléber na TVI, e podia ver as aberturas de telejornais, e podia, e podia...

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‘Sem TV há menos vandalismo’

Sem dúvida, este é um paradoxo da comunicação em tempos de crise… Ana Navarro Pedro, no Público de hoje: "Os jornalistas voltaram?", ironiza um dos pais num tom pouco ameno: "Com os atentados na Jordânia, as televisões desapareceram de Seine-Saint-Denis. É bom. Sem plateia, há menos vandalismo." As explosões mortíferas nos hotéis de Amã, ao fim da tarde, monopolizam os noticiários. Às 22h30, a prefeitura de Bobigny desactivou a célula de crise que desde há 14 noites centralizava e geria as violências no distrito. Não há uma relação de causalidade entre a acalmia dos actos de violência urbana à volta de Paris e o novo drama: As equipas de televisão, sobretudo norte-americanas e britânicas, aproveitaram apenas para folgar, anulando as saídas ao terreno nessa noite. Mas o tratamento sensacionalista e pouco rigoroso dos distúrbios em França pela CNN e a BBC já tinham inspirado reportagens irritadas nos media franceses”…

8 em cada 10 usam...SEX

Diário Digital: «As cenas de cariz sexual são cada vez mais frequentes nas programações das cadeias de televisão norte-americanas. Um estudo divulgado esta semana veio revelar que nos últimos sete anos assistiu-se a uma duplicação destes conteúdos. As «maiores doses» de sexo coincidem com as horas de maior audiência e cerca de oito em 10 das emissões incluem alusões à sexualidade ou mostram algum tipo de relação sexual.»

«O estudo, elaborado por professores de comunicação da Universidade do Arizona, baseia-se numa análise a 1.154 programas, tendo sido encomendado pela Kaiser Family Foundation, um grupo privado com sede na Califórnia. Emitidos em 2004 e 2005 pelas principais cadeias do país – ABC, CBS, NBC e Fox, entre outras -, esses programas abarcavam todos os géneros televisivos, à excepção dos informativos, transmissões desportivas e programas infantis. O estudo revela que as cenas com maior conteúdo sexual estão nos filmes: 92% mostram relações amorosas ou algum tipo de referência verbal ao sexo, e as séries, tanto humorísticas como dramáticas (87%). Os «reality shows» são, pelo contrário, os programas de entretenimento com menor presença de conteúdos sexuais (28%). O relatório realça que em 1998 as referências ao sexo eram cerca de três por cada hora, quando actualmente situam-se nos seis. »

10.11.05

Será que os media estão a aprender a lição?

Cobertura dos motins em França é discutível, titula o JN... A verdade é que os media, perdidos entre contenção e excesso, não têm tempo para olhar para trás e verem no seu arquivo das últimas décadas um ensurdecedor silêncio sobre a construção, dia-a-dia, pedra-a-pedra, dos 'ghettos' de Paris. À imagem, aliás, do alheamento e/ou das cumplicidades do próprio sistema político-administrativo. Mas será que os media têm mesmo capacidade para aprender alguma lição?

Penim varre telelixo da SIC: nota máxima

"Depois de ter acabado com o ‘reality show’ “Senhora Dona Lady”, Francisco Penim, novo director de programas da SIC, decidiu reformular o horário das manhãs e tardes da estação. O “SIC 10 Horas”, apresentado por Fátima Lopes, e o “Às 2 por 3”, com José Figueiras, vão terminar para dar lugar a dois novos formatos", noticia o DE. Para já, Penim está no caminho certo. Varreu muito do telelixo da SIC. Parabéns!

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Público da TV generalista: mais velhos e mais pobres

Entidade Reguladora para a Comunicação Social no DR

A nova entidade reguladora tem já a sua lei publicada em Diário da República e os novos membros deverão ser eleitos em Dezembro. Até ao final do ano, a nova entidade deverá estar em funções. Segundo o DE, no artigo 2º da lei , existe uma cláusula, a pedido do PSD, que implica que as licenças de televisão só sejam atribuidas por volta de Março de 2006. “Todos os procedimentos administrativos que não se encontrem concluídos à data da tomada de posse dos membros do conselho regulador e do fiscal único, transitam para a ERC, fixando-se uma suspensão de quaisquer prazos legais para a prática de actos ou tomada de decisões por um período de 60 dias”, refere a nova lei.

Portugal tem a maior disparidade no uso da Net na UE

9.11.05

Voltar a Mattelart

É sempre bom voltar a Armand Mattelart e à sua visão crítica da comunicação: ler na Revista de Economia Politica de las Tecnologias de la Información y Comunicación, Vol. VIII, n. 6, Sep. – Dic. 2005 "Passé et présent de la 'société de l’information': entre le nouvel ordre mondial de l’information et de la communication et le sommet mondial sur la société de l'information".

Direito à Comunicação (no Brasil)

Do Boletim Prometeus, do jornalista brasileiro Gustavo Gindre:

«Foi lançada, em São Paulo, durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, uma carta-compromisso assinada por diversas entidades assumindo o compromisso de incorporar as suas lutas numa plataforma comum em defesa do direito humano à comunicação. Abaixo reproduzimos a carta.»

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação

Na sociedade atual, os grandes meios de comunicação são os principais veículos de informação, entretenimento, difusão da cultura e formação de valores. TV, jornais, rádios, revistas e a internet são hoje um espaço de debate com fortíssima influência sobre o cotidiano dos brasileiros e brasileiras.
No entanto, hoje essa arena de debate é completamente controlada por poucas empresas familiares, por conglomerados transnacionais e políticos. Das manchetes dos telejornais às capas das revistas e histórias das novelas, eles decidem o que será visível ou não para o grande público, que entende a comunicação hoje como um mero serviço, e a informação, o conhecimento e a cultura como mercadorias a serem consumidas.
Seguindo esta lógica, cada vez mais os meios de comunicação vêm se constituindo como aparelhos ideológicos das classes dominantes, atuando pra naturalizar este modelo de sociedade desigual que subjuga a maioria da população aos interesses de poucos.
Para que a diversidade e pluralidade características da nossa sociedade se reflitam nos meios de comunicação e para que este passe a ser um espaço ocupado por todos e todas, se faz urgente a democratização da comunicação no Brasil, visando à plena efetivação do direito humano à comunicação.
Para defender esta idéia, diversas associações, movimentos sociais e ONGs se reuniram em São Paulo durante a III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Agora, assumem o compromisso de incorporar a suas lutas essa bandeira, como parte integrante da luta por uma sociedade mais democrática e igualitária.
Acreditamos que:
- a democratização da comunicação é uma luta fundamentalmente conectada às lutas populares, à luta pela reforma agrária e urbana, pelo fim da desigualdade de classe e ao combate ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de opressão;
- a busca pela pluralidade de sujeitos e opiniões na mídia, componente essencial de um regime realmente democrático, é central para mostrar que não existem porta-vozes eleitos, mas que todas as pessoas têm direito de expressar suas opiniões;
- a garantia da diversidade, seja de gênero, étnica, religiosa, sexual, etária ou outra, é pressuposto para a garantia da igualdade nos meios de comunicação;
- a isenção e a imparcialidade dos meios de comunicação são mitos a serem desconstruídos; trata-se de veículos que têm seus próprios interesses, que apesar de legítimos, geralmente não representam o interesse público;
- as violações dos direitos humanos cometidas pelos meios de comunicação devem ser combatidas sistematicamente, assim como a criminalização dos movimentos sociais por parte da mídia;
- a implantação de instrumentos de controle público sobre a mídia comercial, de forma a garantir que o interesse público não seja contrariado, deve ser uma luta de toda a sociedade;
- é necessária a criação, por parte do Estado, em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal acerca da existência de um sistema público de comunicação, de espaços de comunicação públicos e de gestão participativa, que possibilitem a plena apropriação da comunicação por parte de todos os sujeitos sociais. O Estado Brasileiro tem um papel a cumprir neste processo de garantia dos direitos humanos e de plena realização da democracia;
- movimentos sociais, ONGs e indivíduos devem ser solidários e se posicionar contra a repressão a todas as formas de comunicação, sobretudo às rádios comunitárias e livres, instrumentos legítimos de comunicação de interesse público;
- modelos flexíveis de gestão da propriedade intelectual, assim como ferramentas e tecnologias livres e colaborativas devem ser adotadas como forma de estímulo ao desenvolvimento pleno e ao aumento do acesso aos benefícios do conhecimento humano.

Carta-compromisso pela Democratização da Comunicação São Paulo, 22 de outubro de 2005
Assinam a presente carta:

• Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros – ABGLT • Campanha Pela Ética na TV • Central dos Movimentos Populares – CMP • Centro Acadêmico Benevides Paixão – PUC/SP • Centro Acadêmico de Biologia – USP • Centro Acadêmico Emílio Ribas – Nutrição/USP • Centro Acadêmico FOFITO/USP • Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP • Centro Acadêmico de Matemática, Estatística e Computação – IME/USP • Centro Acadêmico Professor Paulo Freire – Pedagogia/USP • Centro Acadêmico Vladimir Herzog – Faculdade Cásper Líbero • Centro de Direitos Humanos – CDH • Centro de Imprensa Alternativa • Coletivo Digital • ComunicaBem – Comunicação para Educação e Cidadania • Conectas Direitos Humanos • CRIS Brasil – Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação • Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie • Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vannucchi Leme – USP • ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social • Fórum GLTTB • Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero • ILGA-LAC – International Lesbian and Gay Association for Latin America and the Caribbean • Instituto Edson Neris • Instituto Pro Bono • Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social • Instituto Pólis • Jornal Brasil de Fato • Jovens Feministas • Mídia Étnica • Movimento Negro Unificado/SP - MNU/SP • MUCCA - Mudança com Conhecimento, Cinema e Arte • Ondas Paranóicas – oficina de rádio • Projeto Arrastão • Projeto Cala-boca Já Morreu • Revista Viração • RITS – Rede de Informações para o Terceiro Setor • SINERC – Sindicato Nacional das Emissoras de Radiodifusão Comunitária • Sociedade Cultural Dombali • União Cristã Brasileira de Comunicação Social – UCBC • União dos Movimentos de Moradia – UMM • Vídeo: Cultura e Trabalho/Ação Educativa

7.11.05

O que escreveria Roland Barthes, hoje, nas novas barricadas de Paris?

O El Mundo dava, a 4.11, notícia dos incêndios de Paris e arredores (titulada NO QUIEREN ECHAR MÁS LEÑA AL FUEGO) através de um despacho da AFP:

(…)

"El problema es saber cuántos minutos de imágenes podemos emitir para no ser instrumentalizados", señaló en declaraciones a France Presse Paul Nahon, director general adjunto de la cadena de televisión pública France 3, quien estaba a cargo de la información. "Mostramos lo mínimo indispensable. Mostramos unas imágenes solamente cuando se registran importantes cambios en la evolución de los acontecimientos, como el pasado jueves por la noche, cuando no hubo enfrentamientos, pero se causaron daños muy graves", añadió Nahon.

“Robert Namias, director de información de TF1, la primera cadena televisiva privada del país, expresó el mismo deseo de encontrar la justa medida, explicando la necesidad de tener mucho cuidado para no enardecer "unas situaciones que ya conllevan muchas dificultades y peligrosidad".

"Para Arlette Chabot, directora de información de la cadena pública France 2, es preciso ‘no pisar demasiado el acelerador para no publicitar acciones que son evidentemente condenables’ ".

(…)

Maio de 1968, Paris. Escreve Roland Barthes («L' écriture de l'événement», Communications, nº 12, Paris, EHESS, 1968): “«Ia parole devient l'événement même» (…) «La parole informative (du reporter) a été si étroitement mêlée à l'événement, à l'opacité même de son présent (il suffit de songer à certaines nuits de barricades), qu'elle était son sens immédiat et consubstantiel, sa façon d'accéder à un intelligible instantané; cela veut dire que, dans les termes de Ia culture occidentale, où rien ne peut être perçu privé de sens, elle était l'événement même.»

Paris, 2005 (AFP, via El Mundo) : «Los mismos periodistas que están cubriendo los acontecimientos están siendo víctimas de la violencia de los manifestantes de las zonas periféricas más pobres, donde viven importantes comunidades de origen inmigrante que se sienten excluidas por la sociedad gala».

O que escreveria Roland Barthes, hoje?

O mais certo era estar do lado de lá, em Seine-Saint Denis, explicando a um qualquer canal de televisão que de 1968 para cá, nestes quase 40 anos passados, a Televisão não tinha ainda aprendido a escolher os enquadramentos apropriados nas suas reportagens… Não tinha sequer aprendido a fazer as perguntas certas… Não tinha, enfim, descoberto a Cidadania. E isto porque existe uma espécie de censura que leva a não ser reconhecido que as novas e velhas representações mediáticas do acontecimento e do quotidiano, não fazem mais do que fantasmar e dissimular o real latente, os diferendos e a virtude civil, em troca por um real manifesto e pelas manifestações de superfície de uma realidade construída a soldo do 'people-meter'.

Recorde-se, a propósito, a peça do Jornal da Tarde da RTP1, dia 30.9.05, vista aqui no Irreal TV no post «Jornalismo (e autarquias) do Fim do Mundo»: «Ontem, o Jornal da Tarde da RTP abria com mais uma tragédia (no Bairro do Fim do Mundo) - aparato policial no local, uma barraca ardida, uma família de emigrantes atingida, crianças entre as vítimas, etc. Pergunta do jornalista para a câmara, em directo: «Como é que é possível que em Cascais exista um bairro destes?» ??????

«Pois, exactamente, essa é a pergunta que nós, telespectadores, fazemos, para que os jornalistas nos consigam dar resposta...»

Mas, afinal, onde está (onde esteve) a resposta do jornalismo? Ailleurs, ailleurs..

Cadernos de encargos da SIC e da TVI: em 2021 lá chegaremos...

Em relação ao texto dos colegas da UM (ver posto anterior) recorde-se que Augusto Santos Silva tinha dado a 'deixa' nesse sentido (à AACS), no Congresso da Sopcom, mas até agora sem qualquer efeito institucional.

Na altura, o ministro da tutela defendeu também que o acto de regular é uma prática quotidiana, não se circunscrevendo à acção pontual de renovação, considerando que, nessa medida, nada de grave ocorreria no acto em si... O que não deixa de ser só muito parcialmente verdade, dado que é precisamente na altura da renovação que se vincula o concessionado a um caderno de encargos, delimitado pelo princípio geral, mas mais específico e objectivado nas suas atribuições. E essa é uma das questões essenciais quando se atribui uma licença (só há duas, é um bem escasso e de enorme impacte social) a um operador privado de TV.

15 anos depois o Estado está em vias de voltar a cometer o mesmo erro de há 15 anos atrás... Em 2021 lá chegaremos...

'Por um debate da televisão no espaço público'

Um grupo de colegas da Universidade do Minho (Moisés Martins, Manuel Pinto, Helena Sousa, Felisbela Lopes, Joaquim Fidalgo e outros) assinam hoje, no Público, um importante 'manifesto' pelo debate e a discussão pública sobre a questão da renovação das licenças aos operadores privados de televisão. Segundo os investigadores da UM "o processo de renovação das licenças de televisão que está em curso não pode limitar-se a uma decisão meramente administrativa".

No blogue dos colegas da UM, referência ainda ao colóquio de Navarra sobre 'Os desafios da televisão pública na Europa'.

6.11.05

O que aguardará o novo regulador e o provedor...

Regulador primeiro, provedor do serviço público depois. Um dia que se cruzem com o Contrato de Concessão da RTP e as respectivas 'obrigações de programação' (Cláusula 6ª) vão ter imensas surpresas...

Invicta (e indomável) TV

A Invicta TV (canal distribuído pela TvTel no Grande Porto), quer começar invicta e indomável, até na lei: «A administração da Invicta TV anunciou que vai avançar "com as transmissões" do canal regional criticando o atraso da deliberação da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) sobre o projecto televisivo.» Se calhar estão cheios de razão...

3.11.05

Que quer dizer 'RTP1 passa SIC'?

A imprensa faz ampla referência ao facto de, desde 1995, a RTP1 não passar do 3º lugar em audiências, tendo conseguido agora, no mês de Outubro, superar a SIC. Veja-se o DE e o DN, por exemplo. O facto, em si, não deverá fazer 'embandeirar em arco' o Serviço Público de Televisão. Só um barómetro qualitativo, fundado em análises regulares dos conteúdos e na apreciação qualitativa dos públicos poderá suportar o bom desempenho da RTP1. Fazer a apreciação do desempenho do operador público só com dados de audimetria é falsear toda a lógica do sistema público/privado em matéria da Audiovisual.

2.11.05

O MUNDO É UM GRANDE ASILO

CICLO DE CINEMA e VÍDEO na sala de cinema do IFP, de 7 de Novembro a 14 de Dezembro 2005, às 19h00; COLÓQUIO INTERNACIONAL: MICHEL FOUCAULT- Lei, Segurança e Disciplina. Trinta anos depois de Vigiar e Punir - 23, 24 e 25 de NOVEMBRO, IFP; INSTALAÇÕES VÍDEO no INSTITUTO-FRANCO-PORTUGUÊS (Av. Luís Bívar, 91 – Lisboa) www.ifp-lisboa.com

1.11.05

Estratégias de programação

Nuno Santos (RTP) ao Diário Económico: - «O ‘prime time’ vai ter novidades? - Sim, vamos organizá-lo de forma diferente. Os concursos vão manter-se, mas a preocupação é ter um horário nobre com diversidade na oferta: cinema, magazines, programas de informação, séries portuguesas e internacionais. Ou seja, não apenas uma linha monocromática, como acontece noutros canais.»

Emídio Rangel (ex- RTP; ex-SIC), ao JN: «A procura do máximo denominador é sempre uma característica das generalistas. Isto já não se passa com o telemóvel, a televisão por cabo, a digital terrestre, ou pela Internet. Serão canais segmentados, muito segmentados, sempre na busca de públicos particulares. Devem até excluir aqueles que não se integram no grupo (…). A RTP pode perfeitamente posicionar-se na conquista de públicos, porque eu não admito que exista uma estação sem espectadores, uma rádio sem ouvintes ou jornais sem leitores. Mas deve ser uma alternativa. Se as privadas passam "reality-shows" em simultâneo, a RTP deve pôr outra coisa qualquer.»
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