16.2.09

Corrupção e Ética em Democracia: O Caso de Portugal

Corrupção e Ética em Democracia: O Caso de Portugal [Luís de Sousa e João Triães, (POCI/CPO/60031/2004]. (...) Notas Finais: «Tal como pudemos constatar, os portugueses apoiam-se fortemente nos media para a construção dos seus julgamentos sobre o fenómeno da corrupção. A morosidade e dificuldade da justiça em mostrar resultados e a opacidade dos próprios actos corruptos, acabam por conferir uma importância acrescida ao papel dos media nesta matéria, não só pelos escândalos que pontualmente revelam, mas também pela manutenção do tema na agenda pública. A condenação social abstracta da corrupção, expressa em inquéritos nacionais e internacionais, é também ela em parte consequência da tematização da corrupção na agenda pública e, posteriormente, na agenda política. Todavia, não devemos pensar que os media produzem uma homogeneização total dos julgamentos, dado que a instrução, a idade, a classe social e o próprio contexto profissional influenciam a descodificação dos seus conteúdos e, como tal, podem alargar ou restringir o que os indivíduos entendem por corrupção. O que é certo é que a centralidade conferida aos media deveria ser acompanhada por um aumento na qualidade do seu trabalho nesta matéria, nomeadamente através da aposta de um jornalismo de investigação em detrimento do recurso continuado a cabeçalhos sensacionalistas.»

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