6.2.09

5º Canal: "Em causa pode estar o pluralismo" (act.)

«Mais uma voz crítica em relação ao 5.º canal generalista (...). Luís Mergulhão, presidente da OmnicomMediaGroup Portugal, um dos maiores grupos de compra espaço publicitário nos media no nosso país e que produz dados que são referência para o mercado, defendeu ontem num encontro com jornalistas que um novo canal aéreo será "muito negativo", "um elemento disruptivo e desregulador do mercado", "um verdadeiro desastre no equilíbrio no que é a comunicação em Portugal", num ano de crise económica e financeira que afecta os grupos de media. (...) "Em causa pode estar o pluralismo", diz.» (DN, 5.º canal será "negativo", 5/2)

«Luís Mergulhão esclarece que o mercado que vai ser disputado pelas quatro televisões está longe do valor apregoado pelos "decisores políticos que se baseiam em valores de tabela". De acordo com as estimativas da Omnicom, o investimento absorvido pelas televisões a preços de tabela atingiu os três mil milhões de euros em 2008. Valor este muito acima do montante realmente investido: 379,7 milhões de euros, de acordo com a mesma fonte.» (Projecto da Telecinco faz mais danos ao mercado que o da Zon, negociosonline, 5/2)

Ainda: «(...) Apesar de se dizer que este sector representa investimentos de 4.500 milhões de euros em publicidade, esses valores são de tabela e na realidade não vão além dos 800 milhões de euros. “É um perigo enorme tomar decisões com base em preços de tabela”, alertou Luís Mergulhão. Além do mais, numa altura que se discutem temas como o 5º canal e a TDT, há que ficar claro, segundo este profissional, que por exemplo o meio televisão não representa 71% do mercado (sendo este o valor com investimentos de tabela), mas sim cerca de 50%, com valores de investimento reais.» (“Um quinto canal forte vai empobrecer os canais existentes”, Meios e Publicidade, 5/2)

Curiosamente, a APIT, consegue ver no 5º canal uma "tábua de salvação" para o marasmo em que o sector se encontra. É uma perspectiva, mas não se pense que é por aí... "Grelhas televisivas são cada vez mais iguais", acusa APIT (Público online, 5/2): «A Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT) (...) defendeu hoje que o lançamento do quinto canal de TV em sinal aberto é vital para o futuro desta indústria e acusou as três estações televisivas generalistas de terem uma grelha cada vez mais igual.

«O desinvestimento publicitário dos anunciantes no meio televisão deve-se em muito "à estratégia de programação desenvolvida pelos três operadores nacionais", acusou a APIT, em comunicado. Em causa está uma "total falta de diversidade de conteúdos, apresentando grelhas muito idênticas e sem grande margem de escolha para o espectador", acrescentou a mesma associação. (...) A secretária-geral da associação, Susana Gato Ribeiro, disse que em causa está a maior ênfase que é dada "à diversidade, à produção independente e à produção nacional de conteúdos".»

Ainda: Balsemão admite preferir que Zon ganhe quinto canal (Expresso online, 6/2): «"Estou muitas vezes de acordo com o dr.Luís Mergulhão e posso dizer que esta também é uma delas", afirmou Pinto Balsemão, comentando a posição defendida quarta-feira pelo presidente do grupo Omnicom Media. (...) Uma posição a que os responsáveis do Telecinco responderam, acusando Luís Mergulhão de querer que "fique tudo na mesma". As palavras "lamentáveis e rasteiras de Luís Mergulhão sobre o 'desastre do quinto canal' são um declaração assumida da defesa dos interesses instalados e evidenciam gato escondido com rabo de fora", refere o site da Telecinco num texto de "Última Hora" assinado pelo jornalista Vítor Fonseca.»

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