31.12.08

A "contra-regulação" é o melhor que a ERC sabe fazer (defeito de nascença)

Rui Rangel (CM, 31.12): "Sinto muito, mas a entrevista dada ao ‘Expresso’ por Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, não pode deixar ninguém indiferente, muito menos os senhores jornalistas. Mas, mais uma vez, a única voz que se ouviu foi a do silêncio. Não sei se foi por terem medo deste ‘patrão’, se foi por subserviência ou falta de consciência profissional e social.

"A transparência e a qualidade da Democracia exigem mais destes actores que exercem uma profissão que, sendo nobre, não pode ficar condicionada na sua actividade nem ‘algemada’ no seu espírito crítico. O que se passou foi grave aos olhos do Estatuto dos Jornalista e das legis arte desta profissão, não tanto pela substância da entrevista, que não trouxe nada de novo, mas pela circunstância do entrevistado se ter dado ao luxo de vetar a presença de um jornalista do ‘Expresso’. O direito de informar e de ser informado, em suma a liberdade de expressão, mereciam mais respeito de Azeredo Lopes, quer enquanto cidadão, quer, sobretudo, enquanto presidente da Entidade que regula este sector."

José Pacheco Pereira, O CONTROLO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PÚBLICA (Abrupto, 31/12): "Continua impante e impune como mostra, se outros exemplos não houvesse, o modo como o governo e o Primeiro-ministro são tratados nos noticiários da RTP. A ERC encarregou-se de encontar “metodologias” científicas que tornam invisível a manipulação, pelo que o benefício do infractor é total."

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