"Jornalismo" e promiscuidades
"Solicitei esclarecimentos (diz Rui Araújo) a José Manuel Fernandes."
"PROVEDOR: Há ex-assessores de gabinetes de Relações Públicas a escrever notícias sobre as instituições onde trabalharam. Qual é a política editorial do PÚBLICO?
"DIRECTOR: A política do PÚBLICO é clara: não podem fazê-lo. Não podem fazê-lo nunca? Não podem pelo menos durante um período suficientemente largo de tempo para que deixe de haver qualquer potencial conflito de interesses, o que pode significar vários anos. Por princípio o jornal não aceita conceder licenças sem vencimento a jornalistas para irem desempenhar cargos de assessoria: quem opta por aceitar um convite desse tipo tem de pedir a rescisão do seu contrato de trabalho. A única vez em que um jornalista do quadro do jornal, depois de ter sido assessor num partido político, pôde regressar ao jornal foi colocado numa secção sem qualquer relação com a secção de Política. Mesmo assim a experiência não foi boa e não tencionamos repeti-la."
Pois é...
Entretanto, soube-se via DN (8.4.07), que um dos assessores de Sócrates, David Damião, ex-jornalista da RDP e da RR, ex-assessor de Guterres, pretendeu voltar à RR no fim do guterrismo, mas "aparentemente, a estação tem a tradição de não aceitar de volta jornalistas que foram para assessores". E bem, se é realmente assim. Uma regra que deveria ser inscrita no próprio Estatuto dos Jornalistas, para uma maior transparência no sector dos media.
Etiquetas: Controlo dos Media, Vai-jornalista-vem-assessor
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