13.1.07

RTP1: 'tempo de antena' certo em euros

Na questão do 'desvio' dos tempos de antena para as 19h, que é também um 'desvio' da ética, da política e da própria prestação do serviço público, o que espanta é que a indignação apareça, agora, como se a grelha de programação da RTP1 não fosse ela própria a naturalização do conceito que subjaz a esta antecipação 'comercial' dos tempos de antena.

Se o conceito de cidadania, de serviço público e de 'televisão de acesso' fizesse um pouco de sentido na história e na cultura da RTP, os tempos de antena teriam há muito um enquadramento de produção e de edição - como por exemplo tem o programa do Provedor - o que seria um verdadeiro 'serviço público' prestado à cidadania neste país e faria dos 'tempos de antena' qualquer coisa mais adaptada à linguagem televisiva e mais ajustada aos destinatários dessas mensagens.

Governo concorda com decisão da RTP de mudar horário dos tempos de antena (Lusa/Público online 12.01.2007)

PSD entrega projecto-lei para colar tempos antena ao Telejornal (Diário Digital / Lusa 12-01-2007)

ERC quer resolver diferendo sobre tempos de antena da RTP (DD, 12-01-2007)

RTP: Alteração de tempos de antena «cria igualdade» (DD, 09-01-2007)

Alteração tempos antena: BE quer ouvir director programas RTP (DD, 08-01-2007)

RTP reduz visibilidade dos partidos (CJ/Expresso 6.01.07)

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A mudança de horário dos tempos de antena foi muito bem feito.
Colocar esse monstro de amadorismo televisivo imediatamente antes do Telejornal era assassinar a grelha de programação da RTP e descapitalizar uma conquista recente: um milhão e duzentos mil espectadores que diariamente vêm o telejornal.

Obviamente, e por força do refrendo nas próximas semanas, os telejornais irão mostrar conteúdos sobre os movimentos do sim e do não, sobre o aborto em espanha, em itália e na Manchúria ...

Se os tempos de antena fossem colocados antes do Telejornal, imagina o nível de saturação do espectador em apenas 1 hora? Cruzes credo ...

Há falhas a apontar à actual programação da rtp, como houve e haverá. Mas não deixo de notar que há uma certa tendência de todos para colocar a pata em cima da rtp.
São, afinal, tiques de um portugal que não deveria existir...

Ps- não deixa de ser curioso que muitos dos partidos com assento parlamentar não usaram o dito DIREITO em 2006. ah ah ah

9:29 da manhã  

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