Negar o negro
Jornalismo de ficção e democracia racial: mentiras da Globo (Vermelho online, 12/5): «Um pesadelo aterroriza a alta cúpula da "Fábrica de Sonhos". Se aprovado o Estatuto da Igualdade Racial, todas as empresas de comunicação - inclusive as Organizações Globo - serão obrigadas a abrir 20% de seus postos de trabalho aos afrodescendentes. É possível que as telenovelas não comportem tamanha oferta de mão-de-obra. Afinal, não há tantos banheiros a serem lavados nem tanta grama a ser aparada no setor de figuração.
(…)
«A prepotência das Organizações Globo atingiu um nível tão "elevado" que o ilusionista e chefe de jornalismo Ali Kamel tenta, por meio de um trabalho especulatório, refutar o que o cineasta Joel Zito Araújo prova cientificamente. O primeiro lançou uma coletânea de artigos publicados no jornal O Globo na qual ataca e tenta desqualificar toda tentativa de se promover a inclusão social de negros por meio da ação afirmativa. Ironicamente, Não Somos Racistas é o título do livro.
«No campo da Ciência, Joel Zito Araújo - em sua pesquisa de doutorado em Ciências da Comunicação que virou livro - prova (usando estatísticas e fatos concretos) que os negros têm sido ignorados na televisão brasileira ou são retratados de maneira estereotipada. A Negação do Brasil - O Negro na Telenovela Brasileira mostra que, num período de duas décadas, apenas 29 das 98 tramas exibidas possuíam personagens negros.
«Zito dá destaque a uma das maiores violências morais já sofridas pela população afrodescendente do país. No ano de
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