TV digital abranda nos EUA
Nos EUA, a distribuição por cabo é predominante, atingindo uma penetração de cerca de 70 por cento dos lares, enquanto a distribuição por satélite não chega aos 15 por cento, sendo que a restante é ainda hertziana.
Pelo Telecom Act, de 1996, a FCC comprometia-se a ceder a todos os canais hertzianos, automaticamente, uma frequência digital, desde que estes prescindissem da analógica. A evolução da cobertura digital tem-se feito progressivamente, estimando-se hoje que a quase totalidade dos lares esteja coberta pelo digital, muito embora apenas cerca de 10 por cento dos lares possam receber o sinal digital. Repare-se que em 1748 estações de TV que existem nos EUA (sendo 382 da rede educativa), 1344 (77%) já emitem com sinal digital.
O switch-over está, no entanto, dependente da capacidade dos diferentes lares para receberem ou não, as emissões digitais. Inicialmente, a FCC mantinha o final de 2006 como o momento previsível para o fim do analógico, desde que 85% dos lares tivessem alcançado essa capacidade. Hoje, no entanto, crê-se que esse objectivo estará mais longe de alcançar do que se pensava, muito embora a NAB insista junto do regulador para que o problema seja resolvido quanto antes.
Veja-se que a FCC impôs agora à indústria de equipamentos que todos os televisores passem a integrar sintonizadores digitais (com bloqueadores de redistribuição para a Net, de forma a reduzir a pirataria de conteúdos) até Julho de 2007.
O facto é que o fim do analógico é uma prioridade nos EUA. A questão está associada à necessidade de libertar frequências designadamente para serviços de segurança e de protecção civil – polícia, bombeiros e outros ‘first responders’ em casos de urgência – tendo sido esta uma recomendação da ‘9/11 Commission’.
É assim previsível que a FCC adie o switch-over para mais tarde, falando-se da probabilidade da futura data ser Janeiro de 2009 – um atraso de mais de dois anos face ao inicialmente previsto.
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