22.12.04

da RAI ao Pacto de Estabilidade

Manuela Paixão, no DN de ontem, refere que o Presidente italiano, Carlo Ciampi, «apelou ao Governo para não destruir o serviço público de radiotelevisão e para salvaguardar a missão da RAI, não permitindo que sejam comercializados os conteúdos dos programas» (…) e defendendo que deve ser melhorada «a qualidade nos conteúdos editoriais e culturais, na informação e no estilo, seguindo as indicações da UE para as questões dos serviços públicos radiotelevisivos».

Em causa está a lei de privatização parcial da RAI , que deverá permitir a venda de 25 a 30% da estação, sendo que se prevê que 75% dos resultados serão destinados aos fundos de amortização das acções do Tesouro e 25% ao financiamento dos incentivos para a recepção do sistema digital terrestre.

Ou de como ainda poderemos ver as televisões públicas europeias a ajudarem a União Europeia e os seus Estados-membros a cumprir o Pacto de Estabilidade…

Ora aqui está uma boa razão para explicar a existência de Serviços Públicos de Televisão que nunca o foram, ou que o tendo sido, aqui e ali, acabaram por desrespeitar o que afinal deram do melhor de si.

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