18.12.04

canal Rangel

Numa entrevista ao Clube dos Jornalistas da RTP2, na quinta-feira passada – numa espécie de provas académicas do actual confesso guionista, tendo como júri Estrela Serrano, Mário Crespo e Ribeiro Cardoso – Emídio Rangel declarou a sua estranheza pela decisão de Durão Barroso em colocá-lo fora da RTP.

Confessou que para ele, o percurso de Morais Sarmento demonstra a vontade deste governo «em controlar as estações de televisão».

E que as conversações do ministro da Presidência com os operadores privados «conduziram a um entendimento que dava garantia de tranquilidade ao governo» (…) «o que ajuda a perceber fenómenos como o caso Marcelo Rebelo de Sousa».

Também disse que hoje, em Portugal, se revê sobretudo num projecto de Serviço Público, o que significa que a trabalhar, trabalharia de preferência na RTP.

A sua passagem na RTP fica, no entanto, marcada por uma estratégia de informação típica de um canal comercial, bem como por ter lançado programas, como o Prós e Contras, com um cariz fortemente sensacionalista (na altura, o que, felizmente, não sucede agora).

De qualquer modo, este Clube dos Jornalistas bem merecia ter passado no prime-time da RTP1.

Isso chamar-se-ia «prestar Serviço Público».

(ver post
«fidelização horizontal e vertical na grelha da RTP1»)
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