Quando um ex-administrador da RTP...
Etiquetas: Jornalismo TV, Serviço Público
da liberdade de se ver e de se não ver a ausência das coisas que a televisão dá a contemplar
Etiquetas: Jornalismo TV, Serviço Público
posted by F. Rui Cádima at 10:49
As Imagens Que Fazem Tropeçar a História Também São Arquivo
A Televisão e a Ditadura (1957-1974)
Para um debate em torno do dispositivo televisivo (*)
Televisão-drama ou o Anestésico Pós-laboral
Videocultura, Memória e Esquecimento
A Televisão Digital (DVB-T) e as Políticas do Audiovisual no Contexto da SI
Mitos e Realidades das Indústrias da Convergência
O Desenvolvimento Científico e Tecnológico Português Face as Indústrias da Convergência
Redes à Beira de um Ataque de Conteúdos
A União Europeia e os Media em Portugal: os casos do Diário de Notícias e do Público
Os media regionais face à TV Local
Os media regionais e o desenvolvimento
2 Comments:
Caro Rui Cádima:
Primeiro que tudo, aqui estou a saudá-lo. Há muito que não nos vemos e é interessante que seja a blogosfera a proporcionar este encontro. Depois, gostava de lhe dizer do nosso regozijo por ter visitado o 4R-Quarta República e ter citado o blog. Ficamos honrados!...
Se bem interpretei o seu texto, pareceu-me que concordou com o teor do meu post, ao referir, creio que sem ironia, que ele constituía um serviço público. Nem tanto, caro Rui Cádima!... Mas é bom ir insistindo nestas coisas...
O facto levou-me a recordar várias intervenções públicas (conferências, palestras, seminários, escritos vários) que em tempos fiz sobre o Serviço Público de Televisão. Respigo, por ter sido o primeiro que encontrei, o seguinte excerto de um artigo publicado no Anuário da Economia Portuguesa de 1992, a páginas 136, com o título O Modelo Audiovisual Português.
Nele dizia que para possibilitar o serviço público de televisão seria necessário ter como referência os seguintes vectores fundamentais:
1. o aprofundamento do conceito de coexistência entre televisão de serviço público e televisão privada, reservando-se o conceito de concorrência para os operadores privados
2. a eliminação do conceito de concorrência entre serviço público e televisão privada, dado que os seus objectivos só por excepção, poderiam ser coincidentes. Caso, por regra, o fossem, não haveria razão para manter o serviço público.
Divagava ainda sobre a definição do serviço público de televisão, que deveria compreender uma política e filosofia de programação que encontrasse outros critérios aferidores da qualidade dos programas, que não os derivados das exigências da publicidade e das audiências, embora as tivesse em atenção.
Pouco disto aconteceu e parece acontecer. Talcomo as coisas estão, gera-se o enorme paradoxo, que é o de manter uma estação de serviço público sem marca distintiva em relação às privadas.
Sem valor acrescentado, no plano cultural traduz-se no adormecimento dos nossos valores, no plano industrial, traduz-se no empobrecimento da nossa produção audiovisual, e no plano económico traduz-se na drenagem acrescida de fundos para o exterior, como contrapartida da compra de programas que, por razões emergentes de uma idêntica política de programação, não poderão deixar de ser importados. Como é, por exemplo, a importação de formatos de concursos que poderiam muito bem ser criados em Portugal.
E por aqui me fico. Desculpe-me o espaço que lhe consumi!...
Meu caro António Pinho Cardão, agradeço o seu comentário. Eu só ironizava, no fundo, subscrevendo as suas palavras, dizendo que essas sim são "serviço público" ao contrário de muitos dos conteúdos da RTP1. Acho que estamos basicamente de acordo. Um grande abraço! FRC
Enviar um comentário
<< Home