29.5.06

Jornalistas vs. propagandistas: período de nojo ou cortar o mal pela raiz?

[Recordando, com a devida vénia, a ilustração de José Carlos Fernandes ao texto de João Miguel Tavares, O pecado mora aqui, no Diário de Notícias do passado dia 26].

Hoje no DN o ex-jornalista Luis Paixão Martins, líder da LPM (agência de comunicação), defende que a "assessoria mediática deve ser feita por ex-jornalistas", pensamento que parece comum às empresas desse sector. Percebe-se porque é que pensam assim... Desde logo porque o Estatuto dos Jornalistas permite o sistema de porta aberta na profissão aos 'ex-jornalistas' que querem regressar às redacções. Depois, porque essa é a forma que permite contratar 'ex-jornalistas', editores, chefes de redacção, etc., que mantêm depois nas assessorias contactos privilegiados com anteriores subordinados nas redacções...

Mas pergunta-se: afinal onde é que esses senhores colocam os jovens licenciados que são formados nessas áreas, em Comunicação Institucional, Organizacional, Empresarial e Política? Quando acaba esta fraude? Quando acaba esta promiscuidade entre jornalistas e propagandistas?

Reler, a propósito, José Mário Costa (via Clube dos Jornalistas):

Cortar o mal pela raiz

E recordar também:

Ponto Media

ContraFactos & Argumentos

Blogouve-se

Bloguitica

E não perder o dossier temático do Clube dos Jornalistas:

As agências de comunicação e o poder

E ainda:

Como retratar no Estatuto dos Jornalistas a incompatibilidade entre o jornalismo e a propaganda?

Estatuto dos Jornalistas: a cláusula da vergonha

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1 Comments:

Blogger Klatuu o embuçado said...

Se é necessário cortar alguma coisa... é só requererem os meus serviços!

4:10 da tarde  

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