14.5.08

Ou se dignifica o Serviço Público ou então concordo que se feche a loja

Mais um no PSD a defender o fim do Estado na Comunicação Social. Agostinho Branquinho quer Estado sem canais generalistas de rádio e televisão (RTP online/Lusa, 9/5).

«O deputado do PSD Agostinho Branquinho defendeu hoje que o Estado deve deixar de ter canais generalistas de rádio e televisão, limitando a sua presença no meio audiovisual à promoção da língua e cultura portuguesas.

«Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Agostinho Branquinho defendeu que "os avanços tecnológicos e a nova sociedade de participação em que vivemos não justificam a existência de serviços públicos de rádio e de televisão de carácter generalista".

«O deputado do PSD referiu que o Estado tem "sete canais de rádio em Portugal" e considerou que o canal 1 da RTP "não faz coisa diferente" da SIC e da TVI.

«"Há áreas para a intervenção do serviço público, quer na rádio, quer na televisão, nomeadamente no que diz respeito aos canais internacionais, à divulgação e promoção da língua e da cultura portuguesa no mundo e sobretudo no auxílio à produção de audiovisual em português", advogou.»

Recorde-se recentes declarações de Pedro Passos Coelho: "Acho que não se justifica o Estado deter os canais de televisão que hoje detém" (31/3)

A verdade é que Serviço Público de Televisão, verdadeiramente, salvo numa ou noutra situação, nunca existiu em Portugal ao longo de mais de 50 anos. Tal como está e esteve no passado recente, não se justifica (quando era monopólio ainda se podia dizer que não havia alternativa...). Apliquem-se os milhares de milhões de euros no 'restauro' da Escola Pública e seguramente que Portugal e os portugueses beneficiarão incomensuravelmente mais com isso. Ou então faça-se Serviço Público digno desse nome. A começar, naturalmente, na RTP1.

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