11.4.07

Oxalá...

O nosso destino, tac!, Vasco Graça Moura (DN, 11.4.07): "Oxalá pois tudo fique esclarecido a favor de Sócrates. Há muito tempo, um primeiro-ministro, Sá Carneiro, violentamente acossado pela esquerda na célebre questão das suas hipotéticas dívidas à banca, saiu claramente vencedor, tanto na televisão como nos tribunais. Para já, Sócrates (que, ao contrário de Sá Carneiro, geriu mal a situação) não é acossado por acusações graves, mas por um conjunto de perguntas legítimas a que pode responder honestamente.

"Mas, se não o fizer com clareza, neste país um tanto ou quanto surrealista e dado a inexplicáveis singularidades, ocorre-me que o Alexandre O'Neill, se fosse vivo, murmuraria então com um brilho irónico a faiscar-lhe por detrás dos óculos de aro grosso, estes dois versos do seu poema "Se...", talvez substituindo nele a palavra "rapariga" pela palavra "democracia": "Se o engenheiro sempre não era engenheiro / E a rapariga ficou com uma engenhoca nos braços..."

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