'Que fazer com esta televisão?' ou... 'Pode o que nasce torto endireitar-se?'

Sem dúvida, esta é uma boa altura para reler o texto de Diana Andringa "Que fazer com esta televisão?". Cito uma passagem que relembra os pareceres de alguns membros da AACS relativamente ao facto da primeira atribuição de alvarás ter sido feita sem o estabelecimento de cadernos de encargos (lamentavelmente, 15 anos depois, a situação é exactamente a mesma e a demissão do Estado nesta matéria continua a ser de bradar aos céus):

"(...) E como a AACS não apresentou parecer desfavorável sobre nenhum dos concorrentes, o Governo presidido por Cavaco Silva passou sobre as dúvidas levantadas por Lídia Jorge, António Reis e José Garibaldi e atribuiu as licenças - pelo prazo de 15 anos - à SIC e à TVI.

"A televisão privada nascia assim em Portugal de um parto sem garantias. E a realidade encarregar-se-ia de provar a justeza das dúvidas de Lídia Jorge, António Reis e José Garibaldi.

"Pode o que nasce torto endireitar-se?" (...)