3.11.06
(CM, 1.11.06): RTP 1 - ‘Paixões Proibidas’ com muitas surpresas. Leonor Seixas entra em cenas de sexo: "A exibição de uma cena de sexo protagonizada pela portuguesa e pelo brasileiro Leonardo Carvalho foi recebida com surpresa pelos 120 jornalistas que assistiam ao ‘trailer’ promocional da telenovela que junta a TV Bandeirantes, RTP e NBP." O Irreal TV vem humildemente recordar à RTP que SEXO (mesmo de Serviço Público) só depois das 23 horas e não das 22 horas, como diz Nuno Santos ao CM... Regista-se, de qualquer modo, a pronunciada folga financeira da RTP para gastar milhões de euros no horário pós-23h da RTP1... Assim anda o serviço público de televisão.
Flash back
- Do Terceiro Mundo
- Agit-prop (ainda jornalismo e propaganda)
- "A incontrolável selva televisiva"
- Indignado
- Mau serviço (público, para não variar)
- Da informação ao infotainment: "Critério não pode ...
- "Chove no telejornal"
- Hoje até reuni a família...
- Abertura do Telejornal foge a 'grand vitesse' de t...
- Do Terceiro Mundo
- Agit-prop (ainda jornalismo e propaganda)
- "A incontrolável selva televisiva"
- Indignado
- Mau serviço (público, para não variar)
- Da informação ao infotainment: "Critério não pode ...
- "Chove no telejornal"
- Hoje até reuni a família...
- Abertura do Telejornal foge a 'grand vitesse' de t...
O Serviço público de televisão que nunca existiu
"Pensando na nobreza de serviço que (a RTP) poderia prestar ao país"
Para a história do pluralismo na RTP
observatório do serviço público de televisão
Televisão, serviço público e qualidade
O serviço público de televisão na perspectiva de fim de século (Texto de 1989)
Vai-jornalista-vem-assessor, ou quando o "jornalismo" vai nu
Do Audiovisual Europeu à Europa dos Cidadãos
A Comunicação Social em Portugal no Século XX
ERC: regulação, contra-regulação ou governamentalização?
Formas de Censura em Portugal no Pós-25 de Abril
Sobre a crise da Televisão Europeia
2006-tele(re)visto
TV'2005: desencontros com a ética de antena, com a Cidadania e o Desenvolvimento do país
Observatório da Desregulação da Televisão
Renovação de licenças de TV e monitorização da ética de antena'
Como e porquê desmembrar a 'ditadura' da PT?
A Televisão e a Criança
O fogo é a linguagem
Por uma Alta Autoridade para o Audiovisual
o audiovisual dos pequeninos
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Esquizofrenia Audiovisual
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as pechas do jornalismo
Livros de F. Rui Cádima
Artigos de F. Rui Cádima
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Para um debate em torno do dispositivo televisivo (*)
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O Desenvolvimento Científico e Tecnológico Português Face as Indústrias da Convergência
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Lições das políticas europeias dos anos 80/90, ou para onde vai o Audiovisual europeu?
Tendências e Contradições no Sistema Televisivo: Da Televisão Interactiva à Televisão em Rede.
Desafios da Televisão Digital: da TDT à iTV
4 Comments:
Caro Prof. Cádima, a ligeireza que marca os seus comentários começa a ser preocupante - tanto mais vinda de um investigador com provas dadas. Eu, no Brasil, não anunciei o horário da novela. Eu, no Brasil, reiterei -- e aprece em alguma imprensa portuguesa -- que a temática "sexual" não é uma marca dominante da novela, antes pelo contrário. Eu sei que para os jornais, designadamente os populares ou tabloides só algumas coisas interessam e o facto de se tratar de uma adaptação de Camilo Castelo Branco não será uma delas. Eu, no Brasil, juntamente com o meu colega da Band explicámos detalhadamente em que contexto surgiam cenas mais violentas (no tratamento dos escravos, por exemplo) ou mais "picantes" (nas relações amorosas, algumas extraconjugais. Também é fácil perceber porquê, no segundo caso, conhecendo a obra de Camilo Castelo Branco e evitando a tentação de a comparar com de um qualquer argumentista chileno autor do Jura. Simplificar isto tudo não será má fé, quero acreditar, mas talvez uma precipitação.Finalmente acredite que a RTP não tem, para a sua programação, nem o dinheiro que os privados insinuam nem o que os comentadores imaginam. E é fácil fazer as contas. Ora, esta novela - de época, com um número siginificativo de actores portugueses e uma direcção comum, o que nunca tinha sucedido, fica mais barata que um episódio de uma adaptação argentina ou um "original" português. Sabe porquê: é um co-produção logo o custo é repartido. Se fosse integralmente paga pela RTP é claro que isto não sucederia. Ao mesmo tempo cumpre uma das missões do Serviço Público de Televisão: cooperar e co produzir com os países de Língua Portuguesa. Estamos aliás a fazê-lo também com Angola, através da série o Testamento. Acha que a RTP pode ser penalizada pela existência de dez horas de novela por dia em alguns canais privados? Muitas delas brasileiras? É necessário estabelecer um novo paradigma na relação audiovisual Brasil/Portugal e eu sei que isso é um longo caminho cheio de obstaculos. Da qualidade do trabalho não vou falar: tenho a minha (suspeita) opinião e espero pela sua que tenho por qualificada.
Cumprimentos
Nuno Santos
Director de Programas da RTP
P.S. A sua clássica queixa da sanduiche concurso-novela-concurso já está fora de prazo há algum tempo. Mas vejo, em escritos recentes, que insiste na ideia.
Caro Nuno Santos, percebe-se que a sua direcção procura introduzir novidade na ligeireza com que a RTP1 ao longo de décadas tem malbaratado o erário público, copiando as estratégias dos privados e metendo os contratos de concessão na gaveta. Veja que desde 1991, só em indemnizações compensatórias os sucessivos governos deram à RTP cerca de 1.100 milhões de Euros (cerca de 220 milhões de contos), para a RTP supostamente cumprir a sua missão de serviço público, sem que alguma vez tivesse sido feito o escrutínio, através de estudos qualitativos independentes, do cumprimento dessa missão, sobretudo em relação à programação do canal de maior audiência – a RTP1.
Mas a verdade é que apesar de alguns novos programas distintos da oferta dos privados, a actual direcção de programas ainda tem muito que 'penar' para que a RTP1 deixe de ser, como o é ainda hoje na maior parte dos dias e designadamente no acesso ao prime time e no prime time, uma espécie de ‘anestésico’ pós-laboral...
Cumprimentos,
FRC
Caro Prof. Cádima, não é mais crítico do que eu em relação à forma como a RTP tem sido, em muitas ocasiões, financiada. Em 1991 e 92 vivi esse problema a partir de um operador privado literalmente espartilhado por um Serviço Publico (esse sim) de luxo. Julgo que reconhecerá que a gestão da RTP mudou. Como qualquer responsável de conteúdos gostaria de ter mais meios para produzir progrmas mas essa pretensão tem que ser enquadrada na estratégia geral da empresa. Se esta mudança não tivesse ocorrido hoje, talvez fosse um investigador mais feliz: não havia RTP. Os relatórios estão publicados e é fácil ver quanto gastava e quanto gasta hoje a RTP. Também nos programas! Quanto ao "penar" eu prefiro dizer que tenho é muito que trabalhar para melhorar a nossa oferta embora considere que um mimetismo que durante anos existiu entre a RTP e os privados acabou. Eles ajudam mas algum mérito teremos. Quanto ao contrato de concessão ele não impede, nem sequer inibe, a emissão dos amaldiçoados concursos ou outros formatos de entretenimento ligeiro. O Prof.Cádima não gosta, o que é diferente. Talvez não seja também apreciador do Affare Tuoi da RAI ou do Eastenders da BBC. Na realidade eles são, em formato de concurso ou ficção, linhas diárias de programação que fazem parte da diversidade que se pede a uma televisão generalista - não apenas pública.
Quanto às Paixões Proíbidas fará a seu tempo o juízo que entender. Em relação à referência inicial do seu post só confesso a minha desilusão pela maneira apressada e "moralista" como caiu na armadilha do sexo.
Finalmente não tenho ilusões quanto à análise feita ao trabalho na RTP. O grau de exigência é compreensivelmente maior. Há quem diga absurdo. Nunca nada está bem e quase tudo vai mal. E assim se faz Portugal...
Cumprimentos
Nuno Santos
Cara, eu acho q esse blog deveria ser colocado em sites de busca, pois é muito bom, valeuuuuuuuu
Eliel Edson de Sirinhaém-PE
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