O jornal televisivo, o editor, o incendiário e o psiquiatra deles
Na mesma reportagem, Louçã recordava a idosa na zona da Serra da Estrela que deitou fogo à floresta para o ‘circo’ da TV ir à sua aldeia e para que esta viesse depois no Telejornal...
De uma maneira geral, as imagens violentas devem ser alvo de tratamento editorial sensível, e em geral devem ser retiradas do pequeno écran – seja o assassínio de um homem, seja o assassínio de uma floresta.
Em Portugal, grande parte do mal está feito. O que as televisões fabricaram nos últimos anos nesta matéria, é absolutamente lamentável.
Tudo o que se possa fazer para travar os ‘fogos televisivos’ ajuda a travar a demência. E a primeira medida, antes de qualquer auto-regulação, é certamente um curso de formação, na área psiquiátrica, justamente, para directores e editores de informação televisiva começarem a perceber a dimensão e os potenciais impactos daquilo que todos os dias estão a meter no ar, julgando estar a prestar o melhor serviço ao país.
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