13.5.05

Do 'melhor' TJ (RTP) ao tablóide (TVI) passando pelo dos fretes políticos (SIC)

Novos espantos de Emídio Rangel na revista de TV do CM, novo registo: «Julgo ser consensual que o melhor ‘telejornal’ é, nos dias de hoje, o da RTP1. É um serviço credível feito com uma enorme preocupação de isenção e equilíbrio, sem recursos a sensacionalismos baratos. Toda a actualidade está ali tratada com acabamentos cuidados e, em regra, com acertada hierarquização das notícias. Oferece uma imagem de modernidade e uma boa equipa de apresentadores com o destaque óbvio de José Alberto Carvalho que mantém uma postura de seriedade e respeitabilidade inigualáveis.

«O noticiário da SIC o que tem de melhor é Rodrigo Guedes de Carvalho. Boa presença, bons textos de rodapé, escritos ou improvisados, bons lançamentos das notícias. Apesar de ter sofrido modificações recentes, o cenário do ‘Jornal da Noite’ continua sem grandeza. Falta espaço para permitir uma boa realização. Está condicionado num lugar exíguo, apesar dos melhoramentos, e deixa poucas opções ao realizador. As peças jornalísticas são irregulares. Umas são boas outras são más. Falta maturidade à redacção. Falta inspiração e inovação no tratamento das notícias. E, por vezes, falta capacidade para entrar em directo. É o telejornal mais permeável aos fretes políticos.

«O ‘telejornal’ da TVI é uma lotaria, onde raramente sai um primeiro prémio. Um estilo popularucho, tablóide, às vezes panfletário. É o pior dos três jornais. Falta credibilidade. Manuela Moura Guedes está muito mal na apresentação do serviço de notícias. É difícil levá-la a sério. Os outros apresentadores realizam muito melhor trabalho. As notícias e as não notícias misturam-se como se tudo fosse a mesma coisa. A informação é, de facto, a zona mais pobre da TVI.»
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