Réseaux nº 126, Ed.Hermes Science/Lavoisier
Paris, Novembre de 2004
Com coordenação de duas investigadoras francesas, Dominique Mehl e Dominique Pasquier, do CEMS - Centre d’Étude des Mouvements Sociaux, do CNRS, acaba de sair o último número da revista Réseaux, dedicado ao tema dos públicos dos media de massa… «(…) sondeurs, sociologues, ethnologues, anthropologues, politistes rivalisent d’inventivité pour le décrire, l’autopsier, évaluer son activité et ses engagements, soupeser son poids dans la communication audiovisuelle, esquisser son role dans l’espace public».
Procurando actualizar todo um conjunto de reflexões desenvolvidas, designadamente em França e no Reino Unido, sobre esta temática, este dossier é importante precisamente pelo reforço que faz da complexidade do tema, recusando todos os simplismos e a dualidade da velha lógica que opõe o telespectador 'activo' ao ‘passivo’.
Desde logo, uma certeza, aliás como há muito dizia sabiamente Michel Souchon: não há apenas o ‘público’, mas públicos; não há uma figura, mas figuras do público.
Face à crença na chamada ‘audiência’ enquanto entidade também ela como massa, emerge o conceito de diversidade de públicos, de pluralidades compósitas, de culturas complexas e também «cívicas», como referem nesta revista Sonia Livingstone, da London School of Economics and Political Sciences e também a própria Dominique Mehl: «(…) de ce monde protestataire emerge très nettement la figure du spectateur civique, vigilant dans l´espace public, mais aussi emporté par les passions interethniques et déchiré par les fractures des sociétés contemporaines».
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